"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Capítulo 75: Eu demorei tanto para te encontrar.

Capítulo Anterior:
Passei novamente na cozinha e fiz dois sanduíches para mim, e peguei mais um copo de suco de uva. Antes de subir, passei na sala e vi meu pai e Joe xingando os jogadores, falando palavrões aos montes e Carmem apenas rindo. Subi a escada lentamente e cheguei ao meu quarto, deixando a porta entreaberta. Coloquei a bandeja, com os sanduíches e o copo de suco em cima do criado-mudo.


Demi’s POV                             
Antes de comer, caminhei até a gaveta de minha escrivaninha e de lá tirei meu diário, caneta, maço de cigarro e isqueiro. Eu já não fumava a um bom tempo, mas sentia que precisava daquilo, me acalmaria... E também fazia bastante tempo que não escrevia no diário.
Passei pela porta de vidro e sentei na cadeira de estofado fofo, que tinha na varanda. Acendi o cigarro e o coloquei em minha boca, apoiei o diário em minha perna e antes de começar a escrever dei duas tragadas em meu cigarro.

“Ei Alex, estou com saudades! Me desculpe por não ter escrito muito para você, não pense que eu te esqueci ou que eu te troquei por Joe, isso nunca vai acontecer.
É meio difícil de explicar o porquê de eu ter parado de te escrever. Eu sempre senti que esse diário fosse um refúgio de meus medos, um lugar onde só eu e você pudéssemos saber o que, realmente, se passa por minha mente. Um lugar onde eu possa escrever para você. Tudo o que está escrito nesse diário, cada palavra, tudo isso foi um modo para que eu não explodisse. Eu sempre achei que esse diário, fosse a única coisa que me acalmasse. Aqui, eu não tinha medo de nada, eu escrevia o que estava sentindo, pensando e o que eu queria, e ninguém me julgaria. Até que eu conheci Joe, até que eu descobri que eu o amo e parece que, ele se tornou meu refúgio. Parece que quando eu estou com ele, eu não preciso de diário nenhum, não preciso de cigarros e muito menos de navalhas. Parece que eu só preciso estar com ele. Sentir o cheiro dele, sentir o corpo dele, sentir seus braços envolta de meu corpo. Só preciso ouvir sua voz, ver seus lindos olhos e aquele sorriso magnifico que só ele tem. É só disso que eu preciso... Mas agora Alex, eu sinto medo, muito medo. Medo porque esse tal de Trace voltou e só de pensar no mal que ele possa fazer contra Joe, meu coração se contorce de dor. Não quero nem imaginar Joe sofrendo, do jeito que ele sofreu no passado. Eu havia jurado para mim mesma, que faria Joe feliz. Faria ele sentir toda a felicidade, que ele nunca sentiu quando estava com Blanda. E eu não me perdoaria se o visse sofrendo. O problema é que só de pensar em Trace, em falar, ou até mesmo escrever seu nome, me dá medo. Eu quero que ele fique longe de Joe, mas eu sinto que a última coisa que ele quer fazer é ficar longe de Joe. E depois da ligação de hoje, eu sinto que os problemas estão por vir.
Sinto que falta pouco para o Sol ser substituído pela chuva indesejada. Alex, me deseje sorte, mas muita sorte. Não esqueça que eu amo você, irmão.”

- Joe: Achei que tinha parado de fumar... – Falou bravo. Olhei para trás e ele estava parado na porta de vidro, enquanto me olhava seriamente.
- Demi: Eu parei, mas estava precisando disso... Não fique bravo. – Falei, me sentindo culpada.
- Joe: Isso te ajuda na sua dor de cabeça? – Perguntou sarcástico. Peguei minhas coisas, levantei e caminhei em sua direção.
- Demi: Talvez... – Falei sarcástica. Se ele queria ser assim, seríamos assim.
Passei por ele, entrando dentro do quarto. Caminhei até escrivaninha guardando o diário e as outras coisas.
Sentei em minha cama, com as pernas para cima e cruzadas. Peguei a bandeja e a coloquei em cima da cama, á minha frente. Comecei a comer. Joe ficou mais alguns segundos parado na porta, escutei-o bufar e depois ele veio até mim, se sentando na ponta cama e me olhando sério.
- Joe: Sabe que eu não quero brigar com você, não sabe? – Perguntou, com um tom de voz culposo.
- Demi: Eu sei Joe, eu sei. Mas você fica agindo desse jeito e quer que eu te trate como? Não vou passar a mão na tua cabeça o tempo todo! – Falei, após mastigar.
- Joe: Eu estou assim, porque eu sei que tem algo errado e você não quer me contar. Eu só não sei o porque disso. Eu confio em você e acredito que você também confia em mim... – Falou entristecido.
- Demi: Sim, eu confio em você...
- Joe: Então, qual é o problema? – Perguntou.
- Demi: Trace me ligou... – Falei desviando o olhar. 
- Joe: E VOCÊ NÃO IRIA ME FALAR ISSO? – Perguntou alto. Ele se levantou.
- Demi: Não, Joe! Para! – Pedi, me levantando. Ele deu alguns passos para trás, chegando até a porta do banheiro e se encostando na mesma.
- Joe: Então por que não me disse isso antes? Por que, Demi? – Perguntou bravo.
- Demi: Porque eu sabia que você ia ficar assim... Não queria estragar esse momento seu e do meu pai, porra! Você não sabe o quanto eu fico feliz em ver vocês dois se dando bem e eu não queria que esse tal Trace estragasse tudo, por uma simples ligação. – Falei, o olhando. Caminhei até ele. Peguei em suas mãos e entrelacei nossos dedos.
Joe fechou os olhos e os apertou, em seguida abriu novamente. Seus olhos estavam meio avermelhados. Ele estava tentando não chorar.
- Joe: Eu não quero que esse filho da puta estrague o que nós temos... Eu demorei tanto para te encontrar e agora não quero te perder... Não posso! – Falou, soltando suas mãos das minhas e me abraçando forte em seguida.
- Demi: Você não vai me perder! Nunca, nunca! – Falei, segurando seu rosto e fazendo com que ele olhasse para mim. – Para de falar besteira, seu jogador de futebol de merda. – Falei encostando meus lábios aos seus. Ele riu baixinho.
- Joe: Rebelzinha de bosta! – Falou e rimos. Joe me puxou mais para si e em seguida apertou meu corpo contra o seu.
Abri um pouco minha boca e isso já foi o suficiente para que a língua dele entrasse em minha boca, procurando minha língua e quando a encontrando, fazendo contato com ela.
Nossas línguas se entrelaçaram e desentrelaçaram em movimentos rápidos, frenéticos e viciosos. Senti Joe agarrando minhas pernas e me suspendendo do chão. Entrelacei minhas pernas em sua cintura. Ele me carregou até a cama e sem desgrudar sua boca da minha, me colocou com delicadeza em cima da mesma, ficando entre minhas pernas. 
Suas mãos que estavam em minhas coxas, subiram para minha virilha, fazendo-me suspirar.
- Demi: Não... – Falei com dificuldade. – Meu pai e Carmem estão em casa...
- Joe: Shiu... Vai ser uma “rapidinha”... – Falou e soltou uma risadinha maliciosa.
Senti as mãos de Joe entrarem em minha calça de pijama e nessa mesma hora, ouvimos três batidas na porta, fazendo com que eu empurrasse Joe para o chão.
- Patrick: Joseph, a propaganda já acabou! – Falou do outro lado da porta.
Olhei para Joe, que estava sentado no chão, com um largo sorriso divertido no rosto e sua respiração estava um tanto ofegante, assim como a minha.
- Demi: Parece que a sua “rapidinha”, não vai rolar hoje, garanhão! – Falei divertida.
- Joe: Você não vai se safar assim... – Falou rindo malicioso, enquanto levantava.
- Demi: É, talvez depois do seu jogo... E quando eu não estiver no meu quinto sono! – Falei rindo.
- Joe: Não me importo, eu vou dormir aqui mesmo! – Falou, sorrindo vitorioso.
- Demi: E quando você pretendia me contar isso? – Perguntei, erguendo uma das sobrancelhas.
- Joe: Quando você me visse de calça de pijama e deitado na sua cama. – Falou e eu gargalhei alto.
- Demi: Certo, Joseph, vai assistir seu jogo, antes que você perca.
- Joe: Tá, mas só mais uma coisa. – Falou rindo. Antes que eu perguntasse o que, Joe me prensou na porta e me deu um beijo rápido.


Ao invés de ir dormir, enquanto Joe assistia o jogo com meu pai, eu fiquei conversando pelo celular com Miley, afinal estava sendo impossível dormir, pois Joe e meu pai não paravam de gritar e chamar palavrões. Quando o jogo finalmente acabou, só escutei mais gritaria e mais palavrões, o time deles havia ganho e então, meu pai resolveu fazer um churrasco. Carmem e eu os ajudamos, e depois quando estava tudo pronto, comemos.
Enquanto comíamos, eu percebia como eu estava feliz. Estava com pessoas que amava, e muito, e mesmo que sentisse falta de Alex em momentos como este, não me sentia triste, não me sentia sufocada e nem revoltada, apenas sentia saudades. Eu via os sorrisos estampados nos rostos deles e escutava suas risadas gostosas, e me sentia bem, muito bem, como nunca havia me sentia desde que Alex tinha partido. Porém, mesmo estando feliz, com as pessoas que amo, eu sentia que algo estava errado. Sabe aquela sensação de que você não pode cantar vitória antes da hora, pois muita coisa ruim estava pra acontecer? Pois é, eu sentia aquilo e não gostava nenhum pouco desta sensação.
Mais tarde, Joe dormiu aqui em casa e nada rolou, pois ele alegou estar muito cansado. Eu ri com aquilo. Dormimos abraçados e só de sentir a respiração de Joe em meu ouvido, seus braços em torno de meu corpo, eu já me sentia mais calma, porém, aquela sensação não saía de meu peito.  
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Fiquei feliz e ao mesmo tempo triste com os comentários do último capítulo. Triste, porque eu tenho que ameaçar parar com a história para que vocês comentem. E feliz, porque teve alguns comentários muito sinceros e eu adorei lê-los, de verdade. Vou tentar seguir as dicas que vocês me deram. Capítulo 75 postado e eu espero que vocês gostem. :D
Comentem! 


P.S: Excluí meu fc, se vocês quiserem falar comigo, falem por aqui: @delfffino ou pelo @kissmquick

9 comentários:

  1. joe e demi são um casal tão amável! vai ser doloroso ver estes dois separados quando a "tempestade" aka trace agir -_- enfim, posta logo!

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  2. O trace vai aprontar pro Joe pegar a Demi numa fria?
    Bom eu fui o anônimo. Espero que não tenha me entendido mal, foi o meu ponto de vista e prefiro me manter assim pois n quero que tenham pensamentos errados dos meus comentários. A fic esta acabando? :(

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  3. Se puder desativa a caixinha de confirmação de comentários rs

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  4. ameeeeeeeeeeeei .... Jemi é tão fofo

    possta logoooo

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  5. Omg amei. Posta mais, aposto que o Trace vai aprontar!

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  6. As vezes é bom (ouvir) o que as pessoas pensam. Fico contente de que vá continuar com o blog! Realmente gosto dele!
    Beijos

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  7. Perfeitooooo ai eu to com medo do Trace kkk :c

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