"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Capítulo 93: Quem cuidará de Demetria?

Capítulo Anterior:
Suspirei contente e um sorriso se abriu em meu rosto logo em seguida. Estava feliz e esperançosa por finalmente ter começado minha fisioterapia. Estava feliz por ter Nicholas ao meu lado. E estava mais feliz por ver que as coisas estavam finalmente dando certo.



Nick’s POV

Assim que deixei o quarto de Demetria, caminhei lentamente pelo corredor até a escada; desci a escada rapidamente afim de seguir meu caminho para fora da casa e evitar Dianna. Ainda não queria falar com ela e sabia que se o fizesse não seria nada bom para mim, para ela e muito menos para Demetria. Finalmente agora que ela parecia animada com tudo, não podia fazer algo que deixasse minha menina triste.

Porém, como o destino gosta de rir da minha cara, no momento em que eu coloquei minha mão sobre a maçaneta da porta para sair, ouvi aquela voz muito bem conhecida me chamar e em seguida Dianna apareceu limpando as mãos num pano de prato.

- Não quer ficar para o jantar? – Perguntou simpática.                         
- Preciso trabalhar, não tenho tempo. – Respondi sem encara-la.
- Só queria que você soubesse que agradeço por tudo isso que está fazendo por Demetria. – Falou de repente. Ri sarcástico e a encarei.
- Não estou fazendo nada disso para você, por você ou para que você agradeça. Estou fazendo isso por ela, Demetria. Porque a amo e quero vê-la bem. – Retruquei ríspido.
- É, eu sei. Ou pelo menos acho que sei. Tenho conversado sobre isso com Demetria, sobre a relação de vocês e estou disposta a tentar aceitar... Quer dizer, estou disposta a ir aos poucos. – Falou calma. Ela realmente parecia sincera.
- Dianna, me poupe dos seus discursos. Você fala isso agora que Demetria está nesta situação, mas e depois? Se pensa que vou me afastar de Demetria, quando ela melhorar, você está muito enganada. Porque eu realmente não vou. Eu a amo e nem que eu tenha que esperar ela se tornar legalmente maior de idade para ficarmos juntos, eu esperarei. Não deixarei que você faça o que fez com nós novamente. – Falei frio, encarando-a seriamente.
- Eu acredito que você irá espere-la. De verdade, acredito. – Falou calma, mas convicta. Ela não se abalou em nenhum momento com o que eu disse.
- Ótimo. Boa noite. – Falei e abri a porta.

Saí da casa, fechando a porta atrás de mim e não olhei para trás em momento nenhum. Caminhei em direção ao meu carro, onde destranquei a porta e entrei no mesmo, colocando a chave na ignição e dando partida.

O trânsito até minha casa foi um inferno por conta do horário, o que acabou me deixando ainda mais irritado do que já estava. O que me irritava era a atitude de Dianna – e um pouco da minha também. Ela falava com tanta sinceridade e eu realmente estava me odiando por não saber se deveria ou não acreditar nela. Não sei se é apenas uma fase por causa do momento em que todos nós estamos vivendo ou se ela realmente está sendo sincera. Mesmo com Demetria me dizendo que ela estava disposta a nos aceitar, eu não conseguia acreditar. Depois de tudo o que aconteceu seria difícil para eu acreditar nela novamente.

Pensar em Dianna desta maneira me faz com que eu me sinta estranho e entristecido, pois Dianna era uma das poucas pessoas em que eu mais confiava. Eu a considerava parte da minha família e agora tudo o que eu consigo sentir por ela é ódio, revolta. Um sentimento terrível de rancor, que eu desejo arrancar de mim mais do que qualquer coisa, mas simplesmente não consigo. Só de pensar em tudo o que eu e Demetria passamos, tudo o sofremos, isso me deixa com raiva. Lembrar que Demetria estava grávida de um filho meu, mas acabou perdendo-o por causa da ignorância de Dianna, por medo de contar a verdade á sua mãe e ser rejeitada. Tudo isso me deixa com raiva. Minha mente se tornou uma bagunça, um completo caos; uma mistura de ódio e revolta e a única coisa que me traz paz, aliás, a única pessoa que me traz paz é Demetria e eu mal posso vê-la. Aceitei vê-la para sessões de fisioterapias para que nós pudéssemos passar mais tempo com ela, mas isso acaba consumindo minhas energias, pois eu preciso trabalhar o dobro.
O meu único e verdadeiro desejo agora é ver Demetria cem por cento boa, para que nós possamos ficar juntos e em paz. Sem Dianna ou qualquer outro problema querendo acabar com a nossa relação.

Cheguei ao meu prédio e estacionei meu carro na minha garagem interna. Saí do carro, trancando-o e segui meu caminho até o elevador, onde entrei e apertei o botão de minha cobertura.

O elevador parou onde eu queria e saí; abri a porta e entrei. Estava tudo em silêncio, acho que Edith já havia ido embora. Sua filha tinha ficado doente novamente e eu dei permissão a ela para que saísse mais cedo para cuidar da garotinha.
Caminhei em direção á cozinha, onde entrei e fui até o micro-ondas, abrindo-o e vendo que tinha uma maravilhosa lasanha. Fechei a porta do micro-ondas e programei-o para esquentar a comida, enquanto a comida esquentava enchi um copo com limonada, bebendo um grande gole e voltando a encher novamente. Assim que o micro-ondas apitou, informando que a comida já estava pronta, abri o mesmo e peguei meu prato com lasanha.

Peguei talheres e me sentei na banqueta de frente para o balcão de mármore, onde deixei meu prato e copo. Quando engoli o primeiro pedaço de lasanha meu estômago agradeceu por eu finalmente estar comendo. Estava tão preocupado com Demetria e a empresa que acabei esquecendo de cuidar de mim mesmo e isso não pode acontecer, pois se eu ficar doente quem cuidará de Demetria? Quem cuidará da minha empresa do jeito que eu cuido?

Comi mais três pedaços grandes de lasanhas, deixando o enorme prato de vidro quase vazio, e me senti totalmente satisfeito e revigorado. 

Deitei-me em minha cama e senti meus músculos amolecerem, fazendo todo meu corpo relaxar. Só agora pude perceber o quão tenso eu estava. Estava pressionando eu mesmo e isso não podia ocorrer. Tudo o que precisava agora era uma boa noite de sono e, com certeza, estaria cem por cento para o dia de amanhã. 

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Tive muitos imprevistos e não pude postar os capítulos nos dias que queria, assim como não tive tempo pra escreve-los. Depois que eu finalmente me formei e entrei, de fato, em férias tirei um tempo pra mim e dei um tempo na escrita - confesso até que realmente abandonei o blog e cogitei a ideia de não terminar TWC, mas acabei não fazendo-o. Nesses últimos dias tenho focado em escrever Connected, que é o que está mais me prendendo, mas terminarei, sim, TWC. Semana que vem, se eu tiver escrito tudo, posto os dois últimos capítulos e daí em diante o blog estará inativo. O capítulo está curto, mas espero que gostem. Beijocas! 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

AVISÃO!

Amores, é primeiramente: essa semana eu não vou postar TWC novamente e talvez, quem sabe, eu poste CC. TWC eu vou reescrever os capítulos finais, que ficaram uma verdadeira bosta, pois eu escrevi na maior preguiça, e quando eu termina-los vou postar tudo de uma vez só, tipo uma maratona, e isso acontecerá, provavelmente, semana que vem. Mas sem datas por enquanto. Em segundo lugar: talvez eu não poste CC, pois eu estou meio sem tempo; essa semana é a semana da minha viagem de formatura e eu tenho que me preparar, arrumar minhas coisas e etc. E terceiro, mas não menos importante: estou pensamento seriamente em cancelar BB. Sei que todos vocês estavam animadas e ansiosas pra isso, eu também estava. Porém a maior parte dos capítulos estava no meu antigo celular e ele estragou ou seja, terei que reescrever os primeiros capítulos novamente e isso é uma coisa que não me agrada nenhum pouco. Reescrever uma fanfic requer muita paciência e vontade - e paciência é não meu maior ponto forte. Sem contar também que eu estou querendo escrever fanfics originais ou Yaoi, especificamente Stucky. Não é de certeza que eu vá cancelar BB, mas há 85% de chances que sim. Enfim. Esses são os avisos de hoje!

Beijocas, babies! 



quinta-feira, 12 de novembro de 2015

CC: Capítulo 23. (Spirit).

Oi, babies! Olha quem veio com capítulo quentinho de CC. Leiam as N/A e as N/F, por favorzinho. Eu ia comentar nesse cap, mas se eu comentar antes de vocês lerem estraga a surpresa. Então, hoje não tem N/A aqui. Beijocas e enjoy!!!!!




segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Capítulo 92: Não tenho mais como provar isso

Capítulo Anterior:
Um abraço de mau jeito, mas confortável e amável. E ali nos braços de minha mãe senti os dias daqui em diante seriam melhores. Conseguiríamos nos entender aos poucos e aos poucos tudo voltaria ao normal. Nada seria como antes e eu nem quero isso, pois daqui em diante tudo seria melhor.




Demi’s POV

Quarta-feira, duas e dezoito da tarde.

Meu dia mal tinha começado e eu já me sentia agitada e nervosa. Na noite passada mal consegui pregar os olhos, pois estava muito ansiosa para fisioterapia. E para ver Nicholas. Ele finalmente viria aqui em casa depois de tudo o que havia acontecido.
No momento eu estou sentada em frente a minha penteadeira de meu quarto, escovando meus cabelos nervosamente. Não duvido que consiga arranca-los por causa da maneira que estou penteando-os.
Escutei batidas na porta de meu quarto e logo a mesma foi aberta. Minha mãe apareceu. Ela parecia animada.

- Nicholas já chegou. Está lá embaixo, na sala. – Avisou.
- Certo. Estou pronta! – Falei. Peguei as duas muletas, que estavam próximas a mim.
- Eu te ajudo. – Falou se aproximando de mim.
Mamãe me ajudou a levantar e mesmo com as muletas eu ainda precisei de sua ajuda, o que me deixou bem frustrada. Saímos do quarto e caminhamos lentamente até a escada, por onde descemos com certa dificuldade. No fim da escada pude ver Nicholas e não convite meu sorriso mesmo estando neste estado lamentável.
Nicholas se aproximou de mim e me ajudou, fazendo com que mamãe me soltasse.
- Oi. – Falei, encarando-o. – Deve ser horrível passar de empresário para babá, não é?! – Perguntei amarga.
- Logo você vai ficar boa. – Falou. – E ser babá sempre foi meu emprego dos sonhos. – Acrescentou divertido. Ri.
- Você pode me agradecer depois. – Falei igualmente divertida. Ele riu.
- Bem melhor assim. – Comentou risonho. – Não quero ver você pra baixo ou sendo pessimista. – Acrescentou. Sorri.
- Não prometo, mas vou tentar. – Falei, ainda sorrindo.

Despedi-me de mamãe e eu e Nicholas saímos de casa. Com a ajuda dele consegui chegar ao seu carro sem muitas dificuldades. Sentei no banco do passageiro e ele a meu lado, no banco do motorista. Colocou a chave na ignição e deu partida, saindo dali.
A clínica onde eu faria fisioterapia ficava mais ao centro da cidade e Nicholas dirigia em direção a ela.

O trânsito não estava tão ruim como normalmente, então, não demoramos muito a chegar.
Nicholas estacionou seu carro na garagem destinado aos clientes. Saiu e me ajudou a sair também. Fomos em direção à porta, por onde entramos. Sentei-me na sala de espera e dei meus documentos a Nicholas, que pegou-os e foi falar com a recepcionista.
Logo ele voltou e me entregou meus documentos, que eu guardei novamente em minha bolsa. A minha consulta começava às duas e meia, então, tivemos que esperar um pouco.
Nicholas sentou-se ao meu lado e pegou em minha mão, entrelaçando seus dedos aos meus. Sorri para ele, que em resposta me deu um beijo na testa.

- Ainda acho uma péssima ideia você me trazer todos os dias. – Comentei, assim que voltamos a nos encarar.
- Já falei que não é incômodo nenhum para mim. Aliás, faço questão. – Retrucou sério.
- Não quero atrapalhar seu trabalho. – Falei meio aborrecida.
- Você nunca me atrapalha, em momento algum. E eu já disse que sou organizado o suficiente para conseguir fazer tudo isso. – Falou e apertou levemente seus dedos nos meus. Suspirei. – O quer que eu faça, Demetria? Quer que eu haja como se nada tivesse acontecido contigo? Ou quer que eu finja não me importar? – Perguntou ríspido, mas com a voz baixa. – Estou cansado de dizer que você é mais importante que meu trabalho. Não tenho mais como provar isso. – Acrescentou.
- Desculpe-me. – Falei baixo. – Só estou cansada de ter que depender dos outros. – Acrescentei. Ele suspirou e vi sua expressão suavizar.
- Você vai ficar melhor e não precisará mais depender de ninguém. Só pare de pensar que me atrapalha ou qualquer coisa do tipo, certo?! – Falou calmo.  Apenas assenti. Ele me abraçou de lado.
Depois de um tempo a médica me chamou e Nicholas me acompanhou. No começo da consulta ela me perguntou sobre meu acidente. Conversamos um pouco sobre o assunto e depois começamos a sessão de fisioterapia. Ela começou com massagens simples e ia me perguntando onde mais doía para que pudesse apertar sem medo. Também me disse que eu deveria avisar quando sentisse dor ou algum topo de incômodo.

Quatro e trinta e um da tarde.

Depois de duas horas de fisioterapia, minha sessão finalmente havia terminado. Mesmo que a minha primeira consulta tenha sido simples, foi muito cansativa. Eu estava louca para chegar em casa e me jogar em minha cama. E se pudesse, ter Nicholas ao meu lado.
À volta pra casa foi mais demorada, por causa do trânsito, mas quando Nicholas chegou em minha casa, estacionou o carro na frente dela. Ele me ajudou a sair e caminhamos até a entrada de casa. Tocamos a campainha e mamãe abriu a porta. Um sorriso se abriu em seu rosto... E parecia ser muito sincero. 

Entramos e eu pedi a Nicholas que me ajudasse a subir para meu quarto. Ele assim o fez.
Entramos em meu quarto e eu sentei em minha cama.

- Como se sente? – Perguntou se agachando e ficando entre minhas pernas.
- Cansada, mas otimista. – Respondi e sorri.
- É assim que se fala! – Falou animado, fazendo carinho em meus joelhos.
- Você vai embora agora? – Perguntei.
- Hm, sim. – Respondeu. – Achei que seria muito difícil entrar nesta casa de novo, mas o mais difícil é permanecer nela. – Acrescentou.
- Mamãe falou que está disposta a “se acostumar” com a gente, mas precisamos ser pacientes. Ir com calma. – Comentei lembrando a conversa com minha mãe.
- Ela fala isso agora que você está assim. – Falou sério. Franzi cenho, estranhando.
- O que quer dizer com isso? – Perguntei desconfiada.
- Nada. – Respondeu. – É melhor eu ir. Eu ligo pra você mais tarde, certo? – Falou. Concordei com a cabeça. Nicholas se levantou, ficando com seu rosto na altura do meu e aproximou seu rosto do meu, colando nossos lábios, num beijo lento.
- Cuide-se e não trabalhe demais, por favor. – Pedi entre beijos.
- Vou tentar. – Mordeu meu lábio inferior e separou lentamente seus lábios dos meus.


Observei Nicholas se afastar lentamente e deixar meu quarto. A única coisa que consegui ouvir foi o som dos seus passos ficando cada vez mais distantes até que eu não pudesse ouvir mais. Suspirei contente e um sorriso se abriu em meu rosto logo em seguida. Estava feliz e esperançosa por finalmente ter começado minha fisioterapia. Estava feliz por ter Nicholas ao meu lado. E estava mais feliz por ver que as coisas estavam finalmente dando certo. 

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Capítulo 92 postado, abores! Já aviso que daqui em diante os capítulos serão menores, então, não chorem heeein. Também queria avisar que vou postar BB no Spirit. Lembrei que não queria postar lá, pois BB e CC tem muitas partes parecidas, mas como o site lá é melhor (por visibilidade e tal), acho melhor postar lá mesmo. Talvez eu exclua o blog ou talvez eu poste aqui os links dos capítulos. É isso. Até amanhã com CC, beijocas!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

CC: Capítulo 22. (Spirit).

Olha quem trouxe um capítulo enorme de CC? A Paula, que é super legal. Hahahahahaha. Espero que gostem da atualização de hoje. Leiam os avisos antes do capítulo, agradeço de coração. 





N/A: Capítulo 22 postadinho e enorrrrrrme de grande pra ninguém querer me matar, tirar minha cabeça fora e afins. Quem aí foi iludido mais uma vez com o título do capítulo? Hahahahahahha. Confesso que adoro fazer isso com vocês! Teve Jlanda - que também é nosso otp da fanfic - e Nemi - nosso otp supremo. Demi e Nick finalmente se entenderam, mas e aí, e o Joe e Blanda, como ficam? Hmmmmm... Surpresas, surpresas! Beijocas!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

CC: Capítulo 21 (P2). Spirit.

Olha quem voltou com Connected, amores! E tem capas novas na fic! Espero que gostem e leiam os avisos antes do capítulo. Beijocas!




segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Capítulo 91: Era pra ter sido assim desde o começo.

Capítulo Anterior:
Eu realmente não quero isso e por isso devo conversar com Dianna o quanto antes e pôr todos os pingos nos I. Confronta-la e dizer que desta vez eu não quero e não vou me afastar de Demetria e não há nada que ela possa dizer ou fazer que consiga realizar tal ato. Desta vez eu não darei tempo para que Dianna esfrie a cabeça e pense para que nós conversemos mais tarde.



Demi’s POV

Terça-feira, duas e vinte e um da tarde.

Depois de duas semanas no hospital, eu finalmente tinha voltado para casa. Estava feliz por finalmente voltar para o meu cantinho, mesmo depois de tantas coisas terem acontecido.
Quando entrei em meu quarto, vi que estava tudo arrumado e havia alguns balões de boas-vindas junto com algumas caixas de chocolate, que Selena mandara. Voltei para casa com minha mãe. Digamos que Nicholas ainda não estava pronto para entrar aqui antes de falar com mamãe.
Ele passou essas duas semanas inteiras comigo e mal trocou palavras com ela, e quando isso acontecia era sempre relacionado á mim, caso contrário os dois nem se falavam. Aliás, eles mal se olhavam. Ver as duas pessoas que eu mais amo se tratando dessa maneira me doía.  Achei que depois de tudo o que aconteceu, a relação deles iria melhorar, mas não. Nicholas confessou á mim que ainda não estava pronto para falar com minha mãe como antigamente e, talvez, isso nem acontecesse – como ele mesmo disse. O fato de eu ter perdido o bebê mexeu muito com ele. Não tiro a razão dele. Mas, agora, a única coisa que eu mais desejo é que eles se entendam e todos nós possamos estar juntos. Como eu sempre quis.

- Nicholas vai te levar pra fisioterapia amanhã, certo? – Mamãe perguntou enquanto saía de meu quarto.
- Sim, mãe. Você já perguntou isso várias vezes. – Respondi e ri baixo.
- É só pra ter certeza. – Comentou. – Hoje começo a procurar um emprego por aqui. – Avisou. Ergui minhas sobrancelhas em espanto.
- Vamos continuar aqui? – Perguntei. Ela suspirou.
- Sim. – Respondeu. – Não estou fazendo isso apenas pelo seu acidente. Mas porque não posso tirar você de perto das pessoas que você gosta e das pessoas que gostam de você. Não é certo. Não seria uma boa mãe se fizesse isso. – Acrescentou triste.
- Isso incluiu Nicholas? – Perguntei com uma pontinha de esperança.
- Hm. – Ela entortou um a boca. – Vamos aos poucos. Ainda estou tentando me acostumar com a ideia. Mas não posso negar que ele realmente gosta de você. Caso contrário não teria feito tudo o que fez por ti até agora. – Respondeu. – Mas vamos com calma, certo? – Perguntou. Apenas assenti com a cabeça.

No minuto em que minha mãe deixou meu quarto, um grande sorriso se abriu em meu rosto. Desta vez ela não disse “não” ou “nunca”, mas, sim, “vamos com calma”. Ou seja, ela está começando a aceitar eu e Nicholas. Não acredito nisso! Por mais que eles não estivessem se dando bem, ela está querendo realmente ceder.

Minha tarde se passou completamente tediosa. Passei a tarde deitada lendo alguns livros e assistindo filmes. A sensação de estar em casa era pior do que estar no hospital, pois no hospital eu sabia que era uma necessidade estar lá. Agora, estar em minha casa, no meu quarto, me deixava quase louca. Queria poder sair, esticar as pernas e talvez até correr um pouco. 

Tentei falar com Selena, mas ela estava ocupada estudando para uma prova e disse que ainda esta semana viria aqui em casa para me ajudar a pôr os conteúdos escolares em dia. Bem, pelo menos eu teria alguma coisa realmente útil para ocupar minha cabeça. Nicholas provavelmente estava no trabalho, adiantando tudo desta semana para me levar a fisioterapia a partir de amanhã. Pedi á ele que voltasse ao trabalho, pois mamãe estava desempregada e poderia me levar à fisioterapia e também porque não queria atrapalhar o trabalho dele. Porém, ele insistiu, dizendo que agora minha mãe precisaria procurar outro trabalho e que ele é extremamente organizado e poderia trabalhar e me levar à fisioterapia. Sei que ele é bem eficiente no que faz, afinal, é o melhor. Só que se ele se ocupasse demais comigo, teria que trabalhar o dobro do que já trabalha para pôr todo o serviço dele em dia.

Seis e quarenta e cinco da tarde.

Bufei pela milésima vez naquele dia. Já havia perdido as contas de quantos filmes tinha assistido só hoje e apesar de eu adorar assistir filmes, isto já estava me irritando mais que o normal. Porém, o que mais incomodava era a dificuldade que eu tinha para ir ao banheiro que era a poucos passos. Não via a hora de começar a fisioterapia, estava tão ansiosa e animada para começar. Não aguento mais esta situação de depender dos outros até parar ir ao banheiro. Sempre odiei ser dependente das pessoas e agora me vejo mais dependente que nunca.  Bem, se eu conseguir ir, pelo menos, ao banheiro sem nenhum grande esforço, já é o suficiente para mim.

Escutei batidas na porta de meu quarto e gritei um ‘entre’. A porta se abriu e minha mãe pareceu entre ela. Ela parecia animada e continha uma sacola do supermercado nas mãos. Caminhou em minha direção e sentou-se na beirada de minha cama, se mantendo distante da minha perna quebrada.

- Como foi seu dia? – Perguntou interessada.
- Foi frustrante. – Respondi cansada. Suspirei alto. – Tive muita dificuldade até para ir ao banheiro. – Comentei triste. Falar isso em voz alta me deixava ainda mais desanimada.
- Calma, querida. Amanhã começa suas sessões de fisioterapia e tudo ira melhorar. – Comentou otimista.
- É, eu espero que sim. – Fiz uma careta. – E como foi seu dia? Arranjou algo de bom? – Perguntei.
- Bem, arranjei um emprego como secretária numa agência de eventos. O salário não é grande como o que eu ganhava na Jonas Enterprise, mas vai ajudar bastante. – Respondeu e sorriu.
- Melhor isso do que nada. – Falei contente. – Estou feliz por você. Não demorou muito pra arranjar um novo emprego e isso mostra o quão eficiente você é. – Comentei orgulhosa. O sorriso dela cresceu em seu rosto. – E tenho certeza que esse novo emprego vai lhe trazer novas experiências. – Finalizei.
- Obrigada, querida. Tenho certeza que vai ser ótimo. – Falou animada. – Ah, trouxe algo pra você! – Falou e retirou da sacola um pacote de biscoitos, que aliás, eram os meus favoritos.
- Deitada e comendo besteira... Vou virar uma bolinha! – Ri e peguei o pacote. Ela riu também.
- Vai nada. – Deu de ombros.

Abri o pacote e peguei um biscoito, comendo-o lentamente enquanto me deliciava no maravilhoso sabor. Ofereci à minha mãe, mas ela recusou. Ficamos em silêncio e percebi o sorriso dela morrendo aos poucos e a expressão séria tomou conta de seu rosto. Estranhei.

- Está tudo bem, mãe? – Perguntei, colocando o pacote de biscoitos no criado-mudo ao meu lado.
- Não. – Respondeu sincera. Ela quem suspirou desta vez.
- O que houve? – Perguntei preocupada. Mais problemas não, por favor. Pensei.
- Falei com sua vó paterna esta tarde. – Respondeu direta. Arregalei meus olhos.
- Que... – Minha fala morreu. Não sabia o que dizer. Nunca esperaria que minha mãe fosse procurar minha vó, mesmo comigo numa situação dessas.
- Falei o que aconteceu contigo. Falei sobre o bebê. – Comentou. – Ela está desesperada pra te ver e eu permiti que ela o fizesse, mas não aqui. Ela ira te ver depois as sessões de fisioterapia. – Acrescentou séria, me encarando da mesma forma.
- Eu não sei o que dizer, mãe. – Falei surpresa.
- Eu e sua vó não nos damos bem, mas você não tem culpa. – Suspirou. – Só não entendo, por que você foi procurar logo ela quando descobriu que estava grávida? – Perguntei e senti tristeza em sua voz.
- Mãe, eu estava grávida do homem que você estava me proibindo de ver. Como eu poderia dizer isto a você? Eu estava morrendo de medo. Ninguém, nem mesmo Selena, que é minha melhor amiga, ou o próprio Nicholas, que era o pai, poderiam me ajudar. Se eu falasse para Selena, ela ficaria mais desesperada do que eu. E se falasse para Nicholas, era capaz dele querer fazer uma besteira. Não queria causar mais problemas a ninguém. – Entrelacei meus dedos uns nos outros. – Vovó parecia à única que iria me ajudar sem me julgar, a única que realmente iria me entender. Eu amo você, mas também amo ela. Amo vocês duas. Não posso viver sem vocês, por isso continuava mantendo contato com ela por ligações, mas sem você saber, é claro. – Confessei.
- Eu cometi muitos erros e por conta desses erros estamos aqui agora. Aliás, por conta destes erros, você está assim agora. Mas saiba que eu amo você, filha. Achei que estava fazendo o certo. Achei que estivesse protegendo você. Mesmo quando estava com raiva das mentiras, eu pensei em você, no seu bem estar. – Ela se aproximou lentamente de mim e segurou minha mão. – Hoje eu vejo que Nicholas realmente gosta de você e estou disposta a respeitar vocês dois. Porém, como eu disse mais cedo, só preciso me acostumar com a ideia. – Acariciou minha mão. – Só espero que você possa me perdoar pelas coisas que eu fiz e disse.
- Você não tem culpa de nada, mãe. Era pra ter sido assim desde o começo. Talvez precisássemos passar por tudo isso para, no fim, nos unir. Eu não tenho que perdoar você, mas você, sim, tem que me perdoar pelas mentiras que eu disse. E sobre Nicholas, eu fico feliz em ouvir isso, pois realmente gosto dele. Aliás, o amo. Mas podemos ir devagar sim. – Falei.


Mamãe deixou algumas lágrimas escorrerem por seus olhos e eu tratei de limpa-las. De repente ela me abraçou. Um abraço de mau jeito, mas confortável e amável. E ali nos braços de minha mãe senti os dias daqui em diante seriam melhores. Conseguiríamos nos entender aos poucos e aos poucos tudo voltaria ao normal. Nada seria como antes e eu nem quero isso, pois daqui em diante tudo seria melhor. 

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Olha quem voltou, babies!!!! Finalmente!!! Que saudades disso aqui!!!! Hahahahaahaa. Então, gente, notebook voltou e eu to tentando pôr todas as fanfics em dia. Vou tentar postar TWC mais de duas vezes na semana, mas tô com um pouco de bloqueio criativo pra escrever o final de TWC (apesar de eu já ter mais ou menos uma ideia do que vai acontecer) e caso eu só poste segunda e sexta-feira, que são os dias normais, não cobrem de mim, por favor. Amanhã também tem capítulo novo de CC e cês já viram que eu mudei a capa principal de lá? Vou mudar as dos capítulos também. Enfim. Espero que gostem e enjoem! Beijocas!