"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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sábado, 12 de abril de 2014

Capítulo 94: E se ela não quiser?

Capítulo Anterior:
Uma quantidade totalmente exagerada e assustadora, saí de meu pulso. E dessa vez não eram em forma de gotas, escorria feito uma cascata. Senti minha cabeça ficar zonza. Meus pulsos doíam mais que o necessário, principalmente, o pulso esquerdo. Meus olhos pesaram e a última coisa que eu me lembro antes de apagar, era uma poça vermelho num piso totalmente branco.


Capítulo divido em duas partes, por ser muito grande!
Parte II

Joe’s POV

Chutei a porta umas duas vezes, mas só na terceira vez, ela se abriu. A figura de Demi desacordada no piso branco com braço esquerdo em cima de uma poça de sangue e um enorme pedaço de vidro sendo segurado na mão direita, entrou no meu campo de visão. Não só os braços, mas a roupa de Demi também estava suja de sangue.
Era como aquele sonho, que tive com ela, depois de ver a lâmina em sua gaveta. Um grito de horror saiu da garganta de Carmen.
Sentei-me no chão, por cima de meus pés e coloquei a cabeça de Demi em meu colo. Bati em seu rosto algumas vezes. Sua pele estava gelada. Travis retirou o pedaço de vidro de sua mão e variou longe. Nós dois chorávamos.
- Demi, Demi, Demi! – A chamava, enquanto dava leves batidas em seu rosto. – A pele tá muito gelada, Travis. – Avisei-o.
- Chama uma ambulância! – Travis gritou.
- Foda-se a ambulância! Vamos Travis! – Falei, me levantando e pegando Demi em meu colo.

Corri com Demi para fora do apartamento e enquanto Travis gritava para Carmen, avisando que já estávamos levando Demi para o hospital.
Ainda escorria muito sangue dos pulsos de Demi e parecia não ter fim. Eu me sentia cada vez mais inútil ao ver todo aquele sangue do pulso dela escorrer para o chão.
Travis retirou sua camisa e enrolou as mangas nos pulsos de Demi. Talvez, aquilo estancasse.
Entramos no elevador e havia algumas pessoas que estavam ali, começaram a perguntar o que havia acontecido. Travis e eu as ignoramos.

O elevador parou e nós corremos para fora do prédio, até meu carro. Coloquei Demi no banco de trás e Travis sentou-se junto com ela. Demorei um pouco para pôr a chave na ignição, pois minhas mãos estavam tremulas, mas feito isso, dei partida em direção ao hospital.
Dirigi o mais rápido que pude e se eu já não estava me importando com nada antes, imagina agora.

Chegando ao hospital, levei Demi em meu colo até o pronto-socorro, onde gritei desesperado por ajuda. Uma enfermeira veio me atender e pediu que eu a seguisse. Coloquei Demi na cama do quarto, que a enfermeira havia me indicado, e depois um médio chegou ao quarto, pedindo para que eu saísse. Relutante, o obedeci.

Horas depois, Patrick, Carmen, Miley, Logan e Nick, se juntaram á mim e a Travis. Estávamos todos na sala de esperando, apenas aguardando o médico que não saiu daquele quarto para nada, só via a enfermeira saindo e entrando com aparelhos e lenços sujos de sangue. A única coisa que eu via no olhar de todos, que estavam ali, era dor, angustia e medo. Principalmente medo.
A cada minuto que se passava eu ficava mais apreensivo, desesperado. Queria ver logo Demi, mesmo tendo a certeza de que ela não queria me ver. Eu necessitava vê-la, pelo menos, para ver que ela estava bem. Que estava viva!

Eu odiava hospitais!
A maioria das vezes, as pessoas estavam ali por motivos ruins e tristes. Hospitais deixam as pessoas depressivas e mais doentes do que já estão.
O médico, finalmente, saiu do quarto e antes de vir caminhando até nossa direção, olhou nos papéis que estavam em suas mãos.
- Parentes de Demetria Lovato? – O médio perguntou.
- Eu sou o pai dela. – Patrick respondeu, desencostando-se da parede.
- Como ela está, doutor? – Perguntei desesperado e o médio olhou em minha direção.
- Agora ela está bem. Os cortes que ela teve nos pulsos foram muito profundos, principalmente no pulso esquerdo, que quase alcançou a ateria do coração. Ela perdeu muito sangue, por isso desmaiou e no momento ela está muito fraca. Recomendo á ela cinco dias em casa, pelo menos, para que ela descanse bastante. Os cortes não vão demorar a cicatrizar, talvez, nesses dias que ela fique em casa, cicatrizem oitenta por cento e vão deixar marcas, obviamente. Não deixe que ela faça nenhuma força com os braços, caso contrário os cortes podem abrir facilmente. – O médio respondeu calmo.
- E quando ela pode ir para casa? – Carmen perguntou.
- Bem, esses casos de automutilação, o hospital dá direito a uma primeira consulta de graça com a psicóloga. Então, nós marcamos uma consulta ás nove e quinze, e depois da consulta eu irei dar uma última olhada nela e então, ela está liberada. – O médico respondeu. – Tudo bem? – Ele perguntou.
- E se ela não quiser? – Travis perguntou.
- Ela vai ter que querer. – Patrick respondeu. – Tudo bem, doutor. Obrigado.
-  Ah, se o senhor Lovato achar melhor, poderá marcar mais consultas com a psicóloga. – O médico falou.
- Podemos vê-la? – Perguntei.
- No momento é melhor que apenas os pais possam vê-la. Ela, realmente, precisa descansar. – O médico respondeu. Apenas concordei com a cabeça.
Patrick e Carmen caminharam junto ao médico até ao quarto onde Demi estava e logo entraram.
- Eu realmente espero que ela fique bem. – Miley falou tristonha.
- O pior já passou... – Nick falou, acariciando as mãos dela.
- Eu penso que o pior ainda está por vir. – Ela descordou dele, com a voz mais triste ainda.
- A situação já está bem ruim né pessoal?! Vamos tentar pensar positivo. Demi está viva, está bem e por enquanto é isso que importa. – Logan falou sério.

Minutos depois Carmen e Patrick saíram do quarto e vieram em nossa direção. Patrick conversou comigo e falou que ficaria esta noite no hospital com Demi e pediu para que eu levasse Carmen para casa. Apenas concordei. O homem estava com os olhos avermelhados e a voz embargada. Não consigo nem imaginar a dor que ele sentia. Havia perdido o filho mais velho e quase perdeu a única filha que tinha.

Depois de Patrick, Carmen, Miley, Nick e Logan, convencerem Travis e eu a irmos embora, decidimos ir. Nos despedimos de Patrick e caminhamos para fora do hospital.
Caminhamos até o estacionamento e lá nos despedimos entre nós. Logan entrou em seu carro, Nick no seu, junto com Miley e eu no meu, junto com Travis e Carmen.

Coloquei a chave na ignição e dei partida no carro. 
O caminho até a casa de Travis foi um silêncio e diferente da ida, a volta foi rápida e os minutos se passaram voando.
Deixei Travis em casa e depois deixei Carmen no apartamento de Patrick.

Segui em direção a minha casa, o caminhou foi silencioso e a única companhia que eu tive, foi das minhas próprias lágrimas.

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Desculpe não ter postado ontem, estava reescrevendo o capítulo. Porque o words não havia salvo. Enfim. Espero que vocês gostem e comentem dizendo se estão gostando ou não, o que acham que vai acontecer na fic e o que vai acontecer no final, mas por favor, comentem sobre qualquer coisa.
A maioria dos últimos capítulos finais, serão divididos em duas partes por serem muito grande e pelo visto, a fic termina semana que vem. BEIJOCAS!

6 comentários:

  1. Acho q nunca chorei tanto em um capitulo. Tomara que eles fiquem bem logo, que a Blanda e o Trace sumam e não apareçam mais.
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  2. Ai meu Deus. Eu espero muito que a Demi fiquei bem. To super preocupada com ela. Posta logo!

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  3. Eu quero que o Trace tenha morrido,bom melhor não pq seria facil demais,só quero que ele e a Blanda sofram muito MUAHAHAHA! '-'
    Posta logo bjos ♥

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  4. Eu to looouca pra ver oq a Demi vai flr na colsulta com o psicologo. Posta logo!!!

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