"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Capítulo 94: Nunca mais na sua vida patética, toque nela!

Capítulo Anterior:
Uma quantidade totalmente exagerada e assustadora, saí de meu pulso. E dessa vez não eram em forma de gotas, escorria feito uma cascata. Senti minha cabeça ficar zonza. Meus pulsos doíam mais que o necessário, principalmente, o pulso esquerdo. Meus olhos pesaram e a última coisa que eu me lembro antes de apagar, era uma poça vermelho num piso totalmente branco.


Capítulo divido em duas partes, por ser muito grande!
Parte I

Joe’s POV
Era quarta-feira. O despertador de meu celular acabara de tocar, mas eu já estava acordado á muito tempo. Aliás, passei aquela noite em claro. Fiquei pensando em como seria ver Demi novamente, em como ela reagiria em me ver, em como ela me trataria. E isso, de fato, me assustava. Eu tinha medo de ser rejeitado por ela. Isso era o que eu menos queria.
Bem, eu não sabia como seria ver Demi, mas uma coisa eu tinha certeza: hoje Trace me pagaria muito caro por tudo o que fez.
Levantei-me preguiçosamente e caminhei até o banheiro, onde fiz minha higiene matinal e escovei meus dentes. Antes de sair do banheiro, olhei para meu reflexo no espelho e vi enormes olheiras. Essas olheiras não eram só porque eu tinha passado a noite em claro, era também porque eu havia chorado. Chorado muito.

Saí do banheiro e fui para meu closet, onde vesti a camisa do uniforme, uma calça jeans qualquer e um moletom laranja sem reco. Calcei meu tênis Vans preto. Arrumei minha mochila e saí de meu quarto, deixando a porta fechada.
Desci a escada e caminhei em direção a cozinha, chegando lá, encontrei mamãe e Nick. Eles tomavam café tranquilamente.
- Bom dia, filho. – Mamãe falou e sorriu. Tentei sorrir, mas foi em vão. – Como está? – Ela perguntou.
- Bom dia, mãe. – Falei desanimado. – Estou bem. – Respondi mais desanimado ainda.
- Tudo vai se resolver, Joe. – Nick falou sério.
- É. – Concordei de má vontade. Não estava afim de discutir com Nicholas. Após ter adormecido no colo de minha mãe e depois ter acordado, conservei com Nick e a única coisa que eu conseguia ouvir eram sermões. Eu amava Nick, ele era meu irmão, mas o único defeito dele, é que ele era racional demais. Raramente Nick tinha impulsos sentimentais e quando tal coisa acontecia, isso surpreendia a todos.
- Não vai tomar café? – Mamãe perguntou, assim que me viu pegar uma torrada e seguir em direção para fora da cozinha.
- Estou sem fome. – Respondi, parando na porta da cozinha.
- Joe... – Ela repreendeu-me.
- Estou bem. Quando chegar á escola, eu como algo. – Falei. Ela apenas me olhou tristonha. – Te vejo na escola Nick. Tchau mãe. – Falei, saindo de uma vez por todas da cozinha.

Entrei em meu carro e assim que terminei de comer a torrada, dei partida no carro.

Sem demoras cheguei á escola. Estacionei meu carro em uma das vagas livres e assim que saí do mesmo, tranquei-o. Vi Miley, Logan e Travis, conversando na frente do portão, como sempre.
Meus amigos já sabiam o que havia acontecido, contei para Logan e depois contei a Nick, que contou para Miley. Queria ser sincero com meus amigos.
Caminhei até eles e assim que minha presença foi notado, Miley praticamente pulou em cima de mim, me abraçando e dizendo que iria me matar e que estava morta de preocupação comigo. O bom disso, é que eu consegui rir.
- Miley, eu não morri! – Falei óbvio.
- Garoto, cala essa boca, antes que eu mate você! Tá pensando o que? Me deixa morta de preocupação e ainda quer vir com graça?! – Ela falou meio brava.
- Certo. Me desculpe. – Falei simples. – Sei que errei. – Falei, agora, desanimado.
- E a Demi? – Logan perguntou.
- Eu telefonei pra Carmen antes de vir e ela disse que a Demi não estava se sentindo muito bem, então, não virá á aula. – Travis falou tristonho. Senti algo ruim dentro de mim.
- Será que ela está bem? – Miley perguntou triste.
- Miley, depois do que aconteceu com ela, nós temos que agradecer por ela estar viva. – Travis falou sério.
- Gente, vamos parar de falar disso. Vai ver a Demi se sentiu enjoada ou tá com medo de vir por causa do Trace... – Logan falou sério. – Ou ela tá com medo de ter que encarar o Joe.  – Logan falou e todos, menos eu, o repreenderam. Eu nem podia repreende-lo, o que falou foi uma verdade. Com certeza a última coisa que Demi gostaria agora, era me ver. – Que foi? Vocês sabem que é verdade. – Logan se defendeu, levantando as mãos em sinal de rendição.

Nick chegou alguns minutos depois e nós entramos só quando o sinal soou. Caminhamos no meio de todos aqueles alunos até nossa sala.
Assim que entramos em nossa sala, fui direto para meu lugar onde me sentei e ali quieto fiquei. Minutos depois todos os alunos chegaram, inclusive Blanda e Trace. Os dois olharam em minha direção. Me surpreendi quando Trace lançou um olhar de surpreso para mim, enquanto a vadia da Blanda sorriu daquela forma suja, que eu tanto odiava.
Só de ver Trace, meu sangue ferveu e fechei minhas mãos em punho, quase quebrando a caneta que estava entre uma delas. Aquele filho da puta me pagaria!
A duas primeiras aulas foram geométrica e a terceira foi legislação. Elas passaram rapidamente e quando percebi, o sinal do intervalo estava soando. Levantei-me lentamente e acompanhei meus amigos até o refeitório.
Sentamos em uma mesa mais no canto, sossegada. Miley, Nick e Logan foram comprar seus lanches, Travis e eu ficamos na mesa esperando-os.
- Demi não está atendendo o celular. – Travis falou triste, olhando para a tela do aparelho.
- Vamos dar um tempo a ela, Travis. Ela não deve estar bem. – Falei sério. No fundo eu me sentia destruído.

Não demorou para que Nick, Miley e Logan voltassem. Começamos a conversar sobre assuntos aleatórios, para nos distrair e não ficar só falando sobre as coisas ruins que estavam acontecendo. Em um momento, vi Trace saindo para o jardim. Senti vontade de ir atrás dele e quebra-lo por inteiro, mas minha ideia foi interrompida, quando a figura de Blanda apareceu em minha frente.
- O que você quer? – Perguntei, quando ela fez menção de abrir a boca.
- Vim conversar com você. – Ela falou séria. – Como você vai a minha casa, transa comigo e saí daquela maneira?! Joe, você já foi melhor que isso. – Ela falou indignada. Gargalhei.
- Transei com você? – Perguntei sarcástico, me levantando. – Tenho certeza que a última coisa que eu fiz, foi transar com você. Porque até mesmo drogado, eu não conseguiria sentir tesão por uma vagabunda como você. – Falei ríspido.
- Co-como você ous... – A interrompi.
- Blanda, vamos parar com a ceninha por aqui, certo?! Eu realmente não sei o que aconteceu na sua casa, mas eu vou provar que eu não fiz absolutamente nada com você. Porque eu fui na sua casa por apenas um motivo: me livrar de uma vez por todas de você e a última coisa que faria seria foder você. Aliás, foder você perdeu a graça, assim que eu conheci Demetria... Mas, se quiser, eu deixo você se iludir. – Falei sério.
- Você vai me pagar! – Ela ameaçou-me.
- Como? Você já fez tudo o que queria! Conseguiu tirar a garota que eu mais amo nesse mundo de mim. O que você vai fazer agora? Faça um favor a você e a mim, vá embora daqui. Suma da minha vida. Eu não quero mais nada com você. Nada. – Falei sério. Blanda não falou mais nada, apenas saiu andando.
- Cara, você é meu herói! – Logan falou divertindo, dando um tapinha em meu ombro.

O sinal que dava fim ao recreio soou, nós nos levantamos e começamos a caminhar em direção a nossa sala. 

A penúltima aula foi química e a última noção de contabilidade. E como as outras aulas, essas também passaram rápido. Os alunos já estavam arrumando seus materiais e saindo da sala. Fiz o mesmo que eles e esperei meus amigos.
Caminhávamos em direção ao estacionamento. Logan e Miley falavam histericamente sobre o corte que eu dei em Blanda. Logan até parecia uma garota e Miley chegou até a comentar: “Só faltava um tapa na cara”. É eu concordo. Faltava mesmo.
Chegamos ao estacionamento e eu vi Trace caminhando em direção a sua moto. Larguei minha mochila no chão e caminhei até ele.
- Joe, onde você vai? – Escutei a voz de Nick perguntar. Não me importei. Continuei caminhando.
Ao chegar perto de Trace, cutuquei seu ombro, fazendo com que ele se virasse e foi aí que eu acertei um soco em seu rosto. Trace caiu e isso foi perfeito, pois eu comecei a chutar sua barriga.
- Você pensou o que? Que ia fazer mal á ela e ia ficar por isso mesmo? – Perguntei furioso, segurando-o pela gola de sua camisa.
Comecei a acertar fortes socos em seu rosto e sem demoras, começou a sair sangue. Isso só fazia com que o machucasse mais.
- Isso é para você ver, como é bom machucar as pessoas. – Falei e acertei mais socos em seu rosto. – Nunca mais na sua vida patética, toque nela! – Dei um soco mais forte.
Escutava meus amigos e outras pessoas pedindo para eu parar, só que, quanto mais eles falavam mais raiva de Trace eu sentia e quanto mais raiva eu sentia, mais vontade de bater nele, eu sentia. O rosto de Trace já estava coberto de sangue, assim como minha mão direita e eu já não sabia se ele estava consciente ou não.
Senti duas mãos agarrem meus ombros e me puxar com força. Virei-me para trás, pronto para bater na pessoa que me interrompeu e vi que era Travis. Ele estava com os olhos marejados. E eu precisei perguntar para saber que era algo relacionado a Demi.
- O que aconteceu com ela? – Perguntei.
- Não sei. Carmen acabou de me ligar desesperada, dizendo que Demi está trancada no banheiro e não responde. – Travis respondeu.
- Vamos! – Falei e corri até meu carro. Até esqueci da existência de Trace e que talvez eu tenha o matado. Bom, menos um filho da puta no mundo. É.
Entrei em meu carro e Travis entrou no banco do passageiro, ao meu lado. Coloquei a chave na ignição e não tardei a dar a partida no carro.
Dirigi mais rápido que o necessário e nessas horas estava pouco me fodendo para regras de trânsito, multas ou carteira suspensa definitivamente.

Sem demoras chegamos ao prédio de Demi. Estacionei o carro do outro lado, saímos e tranquei-o. Atravessemos a rua correndo e entramos no prédio, o porteiro já nos conhecia.
Apertei milhares de vezes o botão, que chamava o elevador, e parecia que ele estava demorando mais que o normal para chegar.
Quando o elevador finalmente chegou, nós entramos. Não havia ninguém. Travis apertou o botão do andar de Demi e parecia que estava demorando mais ainda para chegar na porra do andar.
O elevador parou e nós saímos correndo. Chegando até a porta do apartamento de Demi, apertei a campainha e sem demoras Carmen abriu a porta. A mulher estava chorando e isso só me deixou mais apreensivo. Subimos a escada correndo.
Entramos no quarto de Demi e caminhamos até a porta do banheiro. Tentei abria-la da maneira normal, mas continuava trancada.
- Demi... – A chamei. – Demi é o Joe. Por favor, abre a porta. – Pedi. Não objetive resposta. Olhei para Travis e assim como Carmen, ele estava chorando. Eu não estava muito diferente deles. Quando percebi também estava chorando. – Cheguem pra trás, vou arrombar a porta.
- Mas você pode machucar ela. – Carmen falou em meio dos choros.
- Ou é isso, ou ela vai continuar lá e nós aqui sem saber o que está acontecendo. – Falei sério em meio dos choros. Carmen concordou. Ela e Travis chegaram para trás.

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Pessoal, desculpe não ter postado ontem. Nessas duas últimas semanas tô cheia de provas e trabalhos, então, acabo ficando sem tempo e não dá tempo nem de mandar os capítulos pra beta. Me desculpem mesmo. Mas enfim. O capítulo 94 tá aí e foi divido em duas partes. Se amanhã der tempo, eu posto ou mando a próximo parte pra beta. Espero que vocês gostem e comentem!! BEIJOCAS!

6 comentários:

  1. OMJ vc precisa postar looogo.
    Lindo oq o Joe fez com a Blanda e com o Trace!!! Tomara q a Demi fique bem!

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  2. Ai meo de os, vc qr me matar, é isso? Pfv posta beeeeeem loginho!

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  3. Hey desculpe não comentei no último cap q vc postou,pq eu estava relendo a fic desde o começo kk mas enfim os cap estão ótimos..

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