"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Capítulo 01: Ah, acho que confundi você.



Nick’s POV

Desde pequeno sempre soube o que eu queria ser, o que queria fazer. Queria ser chefe. Queria mandar.
 Apesar de ser o segundo filho mais novo, dos meus quatros irmãos, sempre fui o mais maduro. Descobri o que queria ser, no momento em que vi meu pai chegando em casa,  com um sorriso enorme no rosto, dizendo que fechou um grande contrato e que expandiriam a Jonas Enterprises em Londres. Naquele momento, eu vi que queria ser igual ao meu pai.
Meu pai sempre foi um herói para mim, o homem que eu sempre admirei e até hoje continuo admirando.
Imagine crescer com um homem, que começou sua vida com um pequeno negócio, onde trabalhava ele, sua esposa e mais dois funcionários, que eram seus amigos. Imagine esse homem tendo que ouvir que seu sonho nunca daria certo e que ele estava perdendo tempo. Imagine esse mesmo homem tendo dias ruins, tendo dias que ás vezes nem sabia o que dar de comer para sua família. Agora, imagine novamente esse homem, chegando em casa e dizendo que fechou um grande contrato e depois disso sua empresa só cresceu. 

Lembro-me que depois daquele dia, tudo mudou. Eu deveria ter pelo menos dez anos, mas entendia muita coisa. Como eu disse: sempre fui o mais maduro.
Cada dia as coisas ficavam melhores. Nós mudamos. Fomos morar em uma casa maior, melhor e com mais luxos. Mamãe, agora, ficava em casa comigo e com meus irmãos.
Mesmo mudando de casa, de costumes e de a bairro, continuei com os mesmos amigos. Sempre fui um garoto de ter poucos amigos, até hoje sou assim.
Conheci Mikey no jardim de infância, quando tinha apenas seis anos e depois disso, nós não nos desgrudamos. Ele era mais irmão do que meus próprios irmãos. Se tornou meu melhor amigo.
Mikey e eu erámos – somos – amigos inseparáveis. Vivemos grandes momentos juntos. Fizemos muita merda juntos! Mas nada do que eu me arrependa. Até faria novamente.
Quando estava no ensino médio, havia decidido que faria administração na faculdade. Nessa, época meus irmãos mais velhos, Kevin e Joe – sendo que Kevin já havia se formado na faculdade e Joe estava terminando o último semestre – , já trabalhavam na JE, que já estava sendo conhecida por toda Londres.

Enquanto meus irmãos trabalhavam, eu apenas fazia estágio. Queria aprender desde cedo.
Após me formar na faculdade de administração, Mikey e eu decidimos nos mudarmos para Los Angeles. Eu nunca gostei de morar em Londres, sempre quis me mudar dali e logo que tive a oportunidade, o fiz.
Assim que fomos para Los Angeles, alugamos um pequeno apartamento onde dividíamos as despesas. Comecei trabalhando em uma pequena empresa e Mikey trabalhava de música em uma boate.

Depois de quase um ano, morando em Los Angeles e trabalhando na mesma empresa, no mesmo cargo ridículo e estando completamente infeliz, Kevin me liga avisando que abririam uma filial da JE em Los Angeles e como eu estava aqui, deveria assumir como o cargo de presidente chefe da empresa. Nem preciso dizer o quanto fiquei feliz, certo?!
Hoje, a JE em Los Angeles é uma das maiores empresas de fabricação de joias (além de ser a mais requisitada) de toda a América. Me tornei um dos empresários mais elogiados da América. Enquanto meu grande amigo, Mikey, se tornou dono de umas das boates mais prestigiadas de toda Los Angeles.
Acabamos nos mudamos e hoje moramos separados e longe um do outro. Mas ainda sim, saímos juntos e aprontamos por aí.

Óbvio, que com meu sucesso, minha “fama” e meu dinheiro, surgiram pessoas interesseiras. E eu continuava tendo poucos amigos por esse mesmo motivo.
Havia me tornado um homem arrogante, autoritário, frio e totalmente racional. Esse meu jeito de ser, era o jeito que eu afastava os falsos.
Depois de toda essa minha mudança, eu não me envolvi com nenhuma mulher, de verdade. Claro que eu saía com mulheres, mas era só sexo. Nada além disso. Eu podia ter a mulher que eu quisesse, na hora que eu quisesse e como eu bem quisesse. Mas nunca cheguei a amar uma. E até hoje me pergunto porque estou noivo de uma mulher que não amo.
xxx
Ao entrar em minha sala, levei um susto ao ver uma garota baixa de cumpridos e loiros na minha sala. Ela estava em pé na janela com uma câmera nas mãos. Vestia uma saia preta de couro (muito) curta  e uma camisa xadrez amarela. Calçava um coturno de cano médio e uma bolsa preta, estilo franjada, na lateral do corpo.
Se fosse alguma mulher que eu fodi e veio me dizer que estava grávida, que exigia pensão e os caralho a quatro, que essas vadias que abrem as pernas na primeira vez fazem, mandaria embora a ponta pés.
- Se veio aqui me pedir dinheiro, saiba que eu mandarei os seguranças te jogarem na rua.  – Falei ríspido.
Assim que a garota se virou, senti todo meu corpo tremer. O rosto angelical e ao mesmo tempo adulto, como de uma mulher; a franja reta que era a cima dos olhos grandes castanhos e penetrantes; a boca carnuda coberta por um batom fraco; a pele clara tão convidativa e que parecia ser tão macia. Os cabelos cumpridos, louros e lisos, só destacavam mais seu rosto.
Uma expressão confusa tomou conta do rosto da garota. Ela era bonita, na verdade, linda!
- Perdão? – Ela perguntou confusa.
- Ah, acho que confundi você. – Falei meio jeito. – Me de-desculpe. – Gaguejei. Merda! Ela riu baixinho.
- Sem problemas. Acontece... Aposto que o senhor já pegou bastante garotas parecidas comigo. – Ela falou divertida. Ah, como você, com certeza não, pensei. – A vista daqui é linda, não é?! Você tem sorte de ter esta sala. – Ela falou, virando-se novamente para janela.
Fiquei admirando aquela garota, até que Dianna entrou pela porta e olhou em direção da mesma.
- Demetria, o que você está fazendo aqui? – Ela perguntou brava. – Mandei você ficar ali fora. – Falou.
- Eu sei mãe, mas olha essa vista. É incrível! Precisava entrar no meu mural! – A garota falou esperta. Dianna balançou a cabeça em sinal de reprovação e depois virou em minha direção.
- Sr. Jonas, me desculpe. Essa é a minha filha, Demetria. Ela veio aqui pegar a minha chave de casa, porque vive esquecendo a dela. E só não esquece a cabeça, porque é grudada ao corpo. – Dianna falou, me olhando.
- Sem problemas.– Falei sério.
- Quanto drama, mãe. – A garota falou risonha.
- Certo. Agora, vamos sair daqui. Porque o Sr. Jonas tem que trabalhar e eu também. – Dianna falou, empurrando a garota para fora da sala.

Dianna era uma das poucas pessoas que eu confiava. Ela estava comigo desde o começo da JE em Los Angeles. Considerava-a como uma mãe para mim, pois ela sempre estava disposta a me ajudar. Sempre estava se preocupando comigo e ainda tinha a paciência de me aturar fora do trabalho. Quantas vezes essa mulher já fez coisas tolas por mim, como por exemplo: escolher os móveis do meu apartamento ou ir no meio da noite até meu apartamento para me ver, quando eu estava doente.  Apesar de não dizer isso, eu tinha um carinho e um respeito enorme por ela.
Porém, em momento algum Dianna mencionou ser mãe. Claro que eu imaginava que ela era casada e tinha filhos. Só em nenhuma vez que esteve comigo, ela falou sobre tal assunto.
Aliás, que filha...

Caminhei até minha mesa, onde sentei na cadeira e comecei a olhar os relatórios que Dianna havia deixado em minha mesa mais cedo.
Tentei me concentrar ao máximo no trabalho, mas estava, realmente, difícil. Fiquei pensando na tal Demetria. Em como era parecia ser o tipo de garota sem limites; em como ela parecia ser atrevida, sem ter pudor algum. E em como o sorriso dela era bonito.
Em anos, eu nunca havia me sentido tão interessado por uma garota, como estava agora. E isso, de fato, atiçava meus pensamentos. Meu celular, que estava em cima da mesa, começou a tocar, interrompendo meus pensamentos. Peguei-o na mão e a foto com o nome de Olivia apareceu na tela. Desbloqueei e atendi.

- O que foi? – Perguntei ríspido.
- Que mal humor, Nick, poxa. – Olivia reclamou.
- Sabe que eu odeio quando você me telefona quando eu estou no trabalho. E sabe que eu odeio mais ainda, quando você me chama de Nick. – Falei ríspido.
- Eu sei, me desculpe. Mas é que estou morrendo de saudades. Faz um tempo que nós não nos vemos. – Ela falou triste. Passei minha mão livre sobre meu rosto.
- Estou cheio de trabalho. Estamos fechando novos contratos. Estou completamente sem tempo. – Expliquei, ainda de mau-humor.
- Sou sua noiva, Nicholas, também mereço atenção! – Ela falou brava.
- Acontece que no momento eu não estou podendo. Será que você não entende? Eu tenho um trabalho de verdade. Não trabalho numa boutique inútil. – Falei irritado.
- Quer saber, Nicholas? Esquece! Venha falar comigo ou me procurar quando estiver de bom-humor. O que eu duvido que aconteça. – Ela falou e em seguida desligou.

Coloquei o celular novamente em cima da mesa e tentei voltar minha atenção para os relatórios, porém foi em vão.
Olivia sabia tirar minha concentração e a pouca paciência que eu tinha, em questão de segundos. Se ela achava, realmente, que eu voltaria a procura-la, ela estava enganada. É só questão de tempo para ela vir trás de mim, como sempre.
Estava noivo de Olivia á quatro anos. Quatro anos. Não a amava, mas também não odiava. Só estava com ela por conveniência e para ter sexo casual. Ás vezes dava preguiça de ir á festas e arranjar alguma mulher. Então, preferia ter uma namorada só para transar. Só que até hoje, eu não a menor ideia, do porque eu ter noivado com Olivia. Talvez tivesse feito isso em um momento de carência total ou desespero. Já nem lembro o motivo para eu ter feito a maior burrada da minha vida.
Esses quatro anos com Olivia tem sido uma montanha russa, mas eu sei contorna-la.

Olhei no relógio e o mesmo marcava 21h15, como sempre eu tinha ficado até mais tarde no trabalho. Dianna havia vindo em minha sala duas vezes, mandando eu ir embora descansar e eu sempre aqui, com a cara no trabalho.
Peguei meu celular e quando fui pegar meu paletó, que estava em cima do mini-sofá, havia uma jaqueta de couro ao lado. Peguei a jaqueta em minhas mãos e senti um perfume suave.
Não precisei pensar duas vezes, para saber que essa jaqueta pertencia a Demetria. E só de pensar nela, uma estranha alegria se instalava dentro de mim. Teria um motivo para vê-la novamente. 


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Primeiro capítulo da nova fanfic postado! Eu realmente espero que vocês gostem, porque eu não curti muito esse primeiro capítulo, ficou meio água com açúcar ou sei lá. Mas enfim, espero que vocês gostem e comentem sobre o que acharam. Beijocas e sexta-feira que vem tem mais!

5 comentários:

  1. Continue postando, a história mal começou e eu já estou amando-a!

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  2. Será que poderia dar uma olhada a um blog de fics jemi?
    A escritora regressou com nova história e não tem comentários.
    É esse o link: historiasdasilvia.blogspot.pt/
    Obrigada.

    Beijos.

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  3. Amei flor! Nemi é tão <3

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