"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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terça-feira, 6 de maio de 2014

Capítulo 99: O Joe também. [PENÚLTIMO]

Capítulo Anterior:
A professora ainda não havia chego, então entrei na sala tranquilamente e minutos depois, vi Joe entrar. Assim que ele sentou-se, me encarou e eu virei o rosto para outro lado. Já não bastava o que havia acontecido agora pouco? Ele queria prolongar as coisas? Queria dificultar tudo mais ainda? Não, eu não o deixaria fazer isso com ele mesmo.




Demi’s POV

Estava tudo pronto, minhas malas já estavam arrumadas e amanhã no mais tardar, eu iria embora.

A semana havia se passado em uma lentidão torturante. Depois do acontecido no armário, ver Joe todos os dias estava ficando cada vez mais difícil e eu, que achava que não sofreria nada por deixar Los Angeles, começava a pensar na hipótese de não ir mais embora.
Travis e Miley conversaram comigo e tentaram me fazer mudar de ideia, e quer saber? Eu quase cedi. Quase me deixei levar, quase desisti da ideia de voltar para Londres, mas a minha mente gritou que isso não era o certo a se fazer. Apesar de que meu coração chorava de tanto dizer, que eu não encontraria melhor lugar no mundo que Los Angeles.  Porém, de tanto eu escutar meu coração, fiz escolhas erradas. Então, agora eu escutaria minha mente e faria o que ela gritava ser a maneira correta.

Olhei no relógio do celular e vi que já se passava da meia-noite. Não estava conseguindo dormir. Olhei para caixa do cigarro, que estava no criado-mudo ao lado cama, e a peguei na mão. Você deveria parar com isso, gosto do seu sorriso! A lembrança de Joe me falando veio a cabeça. Levantei da cama, ainda com a caixa na mão e caminhei até o banheiro. Abri o lixo e joguei a caixa ali. Eu realmente não precisava daquilo, então, mais uma vez, eu tentaria parar de fumar aquela merda.

Voltei ao meu quarto e caminhei até a escrivaninha, onde peguei meu diário na gaveta e uma caneta. Caminhei até minha cama, onde me sentei de pernas cruzadas, tipo índio.
Comecei a folhear as páginas do diário e até parava para ler algumas. Era tanta saudade que eu sentia de Alex.
Enquanto lia certas páginas, senti lágrimas escorrendo por meu rosto. Era uma coisa que eu sei, que nunca superaria. Afinal, ele era meu irmão, meu melhor amigo. Mas eu poderia aprender a lidar com isso, poderia saber ser mais forte com essa ferida, que nunca teria cura.
Peguei a caneta e folheei até uma página em branco, assim feito, comecei a escrever.

"Alex, eu só tenho a lhe dizer uma coisa: obrigada. Obrigada por ter existido; obrigada por ter feito parte de minha vida e das decisões mais importantes dela. Obrigada por ter sido uma das poucas pessoas, a não desistir de mim. Obrigada por ter sido aquele irmão, que sempre esteve ao meu lado quando eu mais precisava, e em muita dessas vezes, você não estava presente de corpo, mas sim de coração e isso era o mais importante.
Eu demorei anos, para compreender, que de nada vale ter alguém ao nosso lado, quando seu coração não está conosco. E você é prova VIVA, que não importa onde estejamos, nossos corações sempre estarão juntos. Pela eternidade. Você não foi só meu irmão mais velho. Você não foi só o melhor irmão que alguém, ou no caso, eu, podia ter. Você não foi só meu melhor amigo. Você foi, você é, uma parte de mim. A metade de meu coração, a metade do meu ser. E por você ser de tão importância assim, eu demorei a descobrir isso. Toda a dor que eu senti, todo o sofrimento que eu passei, foi necessário para que hoje eu estivesse aqui, chegando a toda essa conclusão. 
As pessoas lhe chamam de fraco por ter acabado com sua vida, mas eu não vejo assim. Eu nunca o verei assim. Eu lhe vejo como alguém forte. Porque você foi sempre você mesmo, mesmo sabendo que não seria aceito por todos. Você tentou seguir seus sonhos, mesmo sabendo que muitos não acreditaram em você. E você desistiu de tudo isso, para tentar ser um filho melhor para sua mãe. Para ver sua mãe feliz.
Seu suicídio não foi um ato de fraqueza, seu suicídio foi um pedido de socorro não ouvido. E eu lamento por não tê-lo escutado. Mas queria agradecer novamente. Agradecer por você ter salvado a minha vida, de uma maneira que ninguém, a não ser você, poderia salvar. Eu amo você, irmão, amigo. E vou amar até depois de parar de respirar." 

Assim que terminei de escrever, coloquei o diário e a caneta em cima do criado-mudo. Estava muito cansada e amanhã teria um longo dia. Deitei minha cabeça no travesseiro e sem muita demora, meus olhos se fecharam lentamente.
xxx
Acordei e abri meus olhos lentamente, havia um raio de Sol passando pela fresta da cortina, que eu havia esquecido de fechar completamente. Olhei para aquela fresta e por algum motivo estranho sorri. Depois de todos aqueles momentos vivendo na escuridão, aquela luz na fresta, me fez ter esperança de que hoje, o dia seria bom. Era como se ela estivesse, literalmente, dando luz a escuridão. Olhei para o diário, que estava no criado-mudo, e peguei-o. Arranquei a última folha, que havia escrito e a guardei na gaveta do mesmo criado-mudo. Coloquei o diário novamente em cima do criado-mudo, eu teria um destino melhor para ele.

Levantei-me lentamente e caminhei preguiçosamente até o banheiro, onde escovei meus dentes, lavei meu rosto e fiz toda a minha higiene matinal, de sempre. Sai do banheiro e ao invés de seguir caminho para o closet e trocar de roupa, resolvi ficar de pijama mesmo.
Sai do quarto, deixando a porta entreaberta e caminhei lentamente até o corredor, logo desci a escada.
Cheguei a cozinha encontrando Carmen e papai ali, eles estavam tomando café juntos e Carmen fazia carinho na nuca de papai.
- Sempre disse que vocês ficavam bem juntos. – Falei animada, entrando na cozinha. Eles riram.
- Acho que devíamos de ouvir mais, não é?! – Carmen falou sorridente.
- É, deveriam. – Concordei.
- Animada para ir embora? – Papai perguntou. Ah, eu havia me esquecido que hoje iria embora. Mas não estava animada por isso. De fato, não estava.
- Ah, é hoje né? – Perguntei. Papai confirmou com a cabeça, enquanto bebia o seu café. – Havia até me esquecido, mas não é por isso não. Juro. Apenas acordei de bom humor.

Tomamos café juntos e ficamos conversando sobre diversas coisas, menos sobre a minha partida para Londres. Papai e Carmen estavam tão felizes juntos e eu estava tão feliz por vê-los assim. Eu sabia que no final eles acabariam juntos. Eles combinavam e meu pai não seria louco de deixar uma mulher como Carmen escapar.

A amanhã se passou rápido, aliás, o dia todo estava se passando rápido. Já eram quatro e cinco da tarde, meu voou seria ás quinze pra seis. No momento, eu estava no meu quarto, especificamente em meu closet, trocando de roupa. Vesti um macacão jeans, com uma regata preta por baixo. Calcei meu allstar branco e deixei meus cabelos soltos.
Peguei meu celular e disquei o número de Travis.
O telefonema chamou, chamou e minutos depois foi atendido.

- Alô? – A voz sonolenta de Travis perguntou.
- Sabia que você ia estar dormindo. – Falei divertida. Ele bufou, mas logo riu.
- O que você quer anã? – Ele perguntou.
- Vou á praia. Quer ir junto? – Perguntei.
- Ah, não, Demi. Eu tô aqui bem de boa, dormindo e você quer me arrastar pra praia?! Um lugar onde entra areia por lugares onde não dá pra tirar? Sem chances! – Ele falou manhoso.
- Ok, dorminhoco. Eu vou á praia, se você quiser ir, vou estar na praia de Venice Beach
. – Falei e logo encerrei a ligação.

Antes de sair de meu quarto, peguei meu diário e coloquei-o no bolso dianteiro do macacão.
Carmen e papai haviam saído, eles prometeram não demorar e eu também não demoraria, eu acho. Sai de casa, deixando a porta fechada e trancando a mesma com a chave que me pertencia. Caminhei até o elevador, onde apertei o botão para chama-lo. Minutos depois o elevador veio e eu entrei. Pela primeira vez, cumprimentei meus vizinhos com um sorriso enorme. Eles chegaram até a estranhar, mas também me cumprimentaram de bom-humor.
O elevador parou, eu e mais algumas pessoas saímos. Caminhei em direção á porta do térreo, que dava para garagem e segui para o bicicletário, onde peguei minha bicicleta. A praia ficava longe, mas eu não importava.

Como eu estava de bicicleta levei quase uma hora para chegar á praia, mas acabou valendo a pena, quando eu vi aquele oceano azul, quando eu senti aquele vento soprando suavemente em meu rosto e quando eu senti aquele cheiro do mar, que no momento, parecia a melhor coisa mundo. Cheguei até me lembrar de Joe. Ele sempre me falou que adorava essa praia e vinha muito aqui com seus pais. 
Coloquei minha bicicleta no suporte e retirei meu tênis, pondo-o ao lado da bicicleta. Corri até o mar e quando a água gelada bateu em meus pés, sorri mais uma vez naquele dia.
Retirei o diário de meu bolso e folheei as páginas de uma maneira rápida. Adentrei no mar com o diário em mãos. 

Assim que já estava num lugar bom o suficiente, mergulhei e fechei os olhos. A primeira coisa que veio a minha mente, foi Alex. O sorriso dele, os abraços dele, a alegria contagiante dele, a proteção dele e também lembrei do sonho que tive com ele no hospital.
“Você tem tanto para viver, para conhecer... Para amar.”
A voz dele ecoou por minha mente, me fazendo sorrir.
Fiquei mais um tempo debaixo d’água, ainda podia aguentar. A segunda coisa que lembrei, mas não menos importante, foi os olhos de Joe e depois o sorriso dele. Senti uma onde quebrar por cima de mim, mas não me importei. Abri os olhos, mesmo embaixo d’água e olhei para minha mão esquerda, que estava segurando o diário, então, larguei-o.  
Vi o diário cair no fundo mar e então emergi e uma bateu contra mim, me fazendo rir. Enquanto nadava até a beira do mar, vi Travis molhando os pés. Ele estava olhando em minha direção.
Cheguei próxima dele e sorri. Ele também sorriu.
- Você veio... – Falei sorridente.
- Sempre sinto culpa, quando recuso algo á você. – Ele confessou divertido, passando a mão no cabelo.
- É bom saber disso. Já sei como te chantagear agora. – Falei divertida e pisquei. Ele riu.
- O que veio fazer aqui? – Ele perguntou curioso.
- Nadar de roupa. – Respondi risonha. Ele revirou os olhos. – Nada demais. Eu gosto dessa praia.
- O Joe também. – Ele comentou, me encarando.
- Eu sei. Por isso eu gosta dela. Me lembra ele. – Falei calma. Travis ergueu as sobrancelhas, surpreso. Acho que ele, realmente, não esperava que eu falasse isso. Mas tudo bem, nem eu mesma esperava isso de mim.
- Certo. Agora vamos. – Ele falou.


Começamos a caminhar até a calçada, em direção a minha bicicleta. Tentei abraçar Travis, mas ele recuou.
- Ei, não me abrace. Você está molhada! – Ele falou manhoso.
- Pare de besteira, Clark. – Falei e o forcei a me abraçar. Rimos e ele me abraçou de lado.

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Gente, PENÚLTIMO capítulo. Meu Deus, nem acredito! Parece que foi ontem que eu estava escrevendo a sinopse dessa fanfic. Nem acredito que eu tô terminando minha segunda fic e ainda de 100 capítulos. Eu tô muito feliz!
Comentem sobre o que vocês acham que vai acontecer no último capítulo, por favor!!!!!!!! Beijocas!

6 comentários:

  1. Scrr eu realmente não faço a minima idéia do que possa acontecer mas enfim,to muito curiosa,na hora do diario achei que Demi o daria pra Joe ou pro Travis mas amei ele no mar posta logo bjos ♥

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  2. Amei!!!!
    Nao sei oq esperar para o proximo capitulo maos sei qie vc vai nos surpreender.e muuuito.
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    - Carol

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  3. Amei posta logo por favor!! E que eles fiquem juntos por que né? Demi cabeça dura! Só acho
    Fabíola Barboza

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  4. Aaaah, eu n to preparada pro fibal. Eu quero maaaais!!
    Ficou tão perfeito q eu nem sei oq dizer.
    Posta logo!!!!

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