"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

PROCURAR CAPÍTULO

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Capítulo 02: Aqui é meu paraíso!

Capítulo Anterior:
Dianna havia vindo em minha sala duas vezes, mandando eu ir embora descansar e eu sempre aqui, com a cara no trabalho. Peguei meu celular e quando fui pegar meu paletó, que estava em cima do mini-sofá, vi havia uma jaqueta de couro ao lado. Peguei a jaqueta em minhas mãos e senti um perfume suave. Não precisei pensar duas vezes, para saber que essa jaqueta pertencia a Demetria. E só de pensar nela, uma estranha alegria se instalava dentro de mim. Teria um motivo para vê-la novamente.




Nick’s POV

Estava dirigindo a caminho da casa de Dianna. Pretendia devolver a jaqueta que pertencia a Demetria. Talvez, a jaqueta não fosse dela, mas acho improvável. Afinal, ela foi uma das poucas pessoas que frequentaram meu escritório hoje. E nenhum dos sócios usava jaqueta preta de couro. Acredite.
Eu sabia onde Dianna morava, pois antes dela conseguir comprar seu próprio carro, oferecia carona para ela. Dianna era uma das poucas pessoas que mereciam minha simpatia.

Chegando a casa de Dianna, estacionei o carro do outro lado da rua. A casa dela era de dois andares, estilo casa de boneca; sem portão na frente; cor bege. Parecia bem agradável.
Não sei porquê, mas me imaginei tomando chá com biscoito junto com Dianna.

Caminhei pela pequena trilha, até chegar á porta da casa e apertar na campainha. 
Depois de quinze minutos, escutei a chave destrancando a porta e quando a porta foi aberta, uma figura já conhecida de cabelos loiros e óculos de grau preto estilo retro, entrou em meu campo de divisão.
- Sr. Jonas? –Demetria perguntou surpresa. Sorri de lado.
- Ah, boa noite... Desculpe se estou incomodando, mas você esteve lá mais cedo e eu pensei que... – Ela me interrompeu.
- Oh, meu Deus! Minha jaqueta! – Demetria falou animada e em seguida me abraçou. – Achei que havia me esquecido na escola e caso isso acontecesse estava ferrada, pois não me devolveriam e minha mãe me mataria. Você salvou minha vida! Obrigada. – Ela falou de pressa, assim que desfez o abraço. 
Eu estava ainda meio atordoado. As pessoas não costumavam me abraçar do nada e nem com tanta força de vontade.
- Certo. De nada. Tenho que ir. – Falei sem jeito.
Assim que me virei e fiz menção de andar, escutei a voz de Dianna:
- Sr. Jonas? – Dianna me chamou.
- Oi, Dianna. E eu já disse para você não me chamar de Sr. Jonas, me sinto mais velho do que sou.  – Falei, me virando novamente. Demetria e Dianna riram.
- O que está fazendo aqui, Nicholas? – Ela perguntou.
- Ele veio devolver minha jaqueta. Na sua pressa, acabei esquecendo lá e já estava sofrendo antes da hora, achando que tinha esquecido na escola. – A loirinha explicou para mãe.
- Ah, sim. – Dianna falou.
- Bem, tenho que ir. Preciso dormir cedo. – Falei. E mais uma vez, quando fiz menção de sair dali, senti minha mão esquerda ser segurada. Olhei para trás e vi que Demetria, segurava-me.
- Você podia ficar para o jantar. – Ela me convidou, sorrindo. – Mamãe e eu pedimos comida japonesa. – Ela falou animada.
- Ah, que isso. Eu não quer... – Dianna me interrompe.
- Sim. É uma ótima ideia! Fique e jante conosco, Nicholas. Não seja bobo. – Dianna insistiu.
- É só um jantar! – Demetria falou manhosa, soltando minha mão. Não poderia negar aquilo.
- Hm... Tudo bem. – Me rendi. 

A garota deu espaço para que eu entrasse e assim o fiz, depois ela fechou a porta.

Caminhamos até a sala, onde eu me sentei no sofá maior. A sala era grande. Havia uma televisão LED grande grudada á parede e ao lado uma estante com livros, DVDs, CDs e portarretratos de Dianna e Demetria juntas, apenas Demetria e Demetria com amigos; uma pequena mesa a minha frente com um vaso de flores em cima; mais duas poltronas e um sofá menor, que tinha aquele espaço para deitar. Trás de mim tinha a escada, ao lado da escada uma porta, que (eu acho) dava para cozinha e ao lado direito uma porta de correr de madeira, que estava fechada. As cores das paredes eram creme. Dianna tinha bom gosto.

- Demetria faça campainha para o Nicholas enquanto eu vou toma banho. Não demoro. – Dianna falou e em seguida escutei seus passos na escada.
Demetria andou até a estante e ficou de costas para mim. Percebi que ela usava uma roupa muito curta. Será que essa garota não tinha roupas que cobrisse todo seu corpo? Por Deus!
- O que você gosta de escutar? – Ela perguntou, se virando. 
A propósito, ela vestia um blusão azul-forte, que ia até metade de suas coxas, do Pernalonga & Patolino
- Hm. Gosto dos clássicos: Bon Jovi, The Rolling Stones, The Beathl... – Ela me interrompeu.
- Certo. Não tenho nenhum dos seus "clássicos". – Ela falou e revirou os olhos. E sim, ela fez aspa na palavra clássicos. – Bem, já que eu não tenho o que te interessa, vamos para o meu quarto. Quero te mostra minhas fotos. Aliás, a foto que eu tirei do seu escritório já está no meu mural. – Ela falou animada, caminhando em minha direção. Demetria parou na minha frente. – Vamos! – Ela pediu.

Subimos a escada em silêncio e depois caminhamos até a última porta do corredor, que estava entreaberta. Demetria abriu e entrou, apenas a segui.
Seu quarto era grande. A cor da parede era azul-esverdeado. E ao contrário do que eu pensava, ela não tinha posters do Justin Bieber, mas sim de bandas como My Chemical Romance, Thirty Seconds To Mars e Good Charlotte. Era impressionante!
Havia um enorme guarda-roupa de cor branca com espelho em uma das portas; uma cama de casal, que estava desarrumada e com um livro em cima, de cada lado da cama havia um criado-mudo, em cima do esquerdo tinha um abajur; uma escrivaninha e ao lado da mesma uma cômoda branca; na parede a cima da escrivaninha, havia um enorme mural cheio de fotos; e mais duas portas. Uma eu deduzi que seria o banheiro e a outra eu não sabia. Percebi que todos os móveis do quarto da garota eram brancos.
- Belo quarto! – Falei.
- Obrigada! – Ela agradeceu. – Essas são as primeiras fotos que eu tirei, fiz questão de por nesse mural. – Ela falou, apontando pro tal mural.
Havia várias fotos. Pôr-do-sol, shows, pessoas, paisagens, Dianna. Várias! E eram ótimas!
- São boas! – Falei, olhando para as fotos.
- Mamãe queria fazer um closet, mas ao invés disso eu pedi isso... – Ela falou caminhado até a porta que ficava ao lado do guarda-roupa. – Vem. – Ela me chamou.

O tal cômodo, era um tipo de sala de fotografia e a luz dali, era baixa. Talvez, para não estragar a qualidade das fotos.
 Ali havia algumas estantes e tinha alguns tipos de câmeras. Algumas antigas, outras mais atuais. Outras estantes tinham equipamentos e lentes de câmeras. As paredes eram repletas de fotos. 
- Aqui é meu paraíso! – Ela falou, olhando para as paredes.
Posso dizer que fiquei impressionado! Essa garota tinha um talento extraordinário.
Demetria caminhou em minha direção e parou ao meu lado.
- Suas fotos são incríveis! De verdade! – Falei, olhando agora para ela. Ela estava olhando para as fotos. Tinha o olhar perdido nelas, como se estivesse apaixonada por cada uma delas.
- Obrigada. – Ela agradeceu. – Fotografar é minha paixão e ouvir elogios são tão incentivadores. Você não tem noção. – Ela falou, agora me olhando. Um lindo sorriso se abriu no rosto de Demetria e foi impossível, eu não sorrir junto com ela.
Mal havia conhecia aquela garota, mas me sentia estranhamente feliz. Me sentia diferente e me sentia como em muitos anos não havia me sentindo. Também me sentia um babaca, um perfeito pedófilo.

Estávamos na cozinha, á comida já havia chego e nós estávamos comendo. Estava me sentindo muito bem por comer aquele Tekami maravilhoso. Comida japonesa era a minha favorita. E estava até agradecendo Demetria mentalmente por me convidar. Me salvou de comer sanduíches. Dianna perguntava como estava Olívia e coisas do tipo. Falávamos de tudo, menos do trabalho.
Ao conversar com Demetria – ou melhor, Demi, como ela gostava de ser chamada – descobri que ela tinha dezessete anos, além de amar fotografar também amava piscinas ou praias e amava mais ainda pizzas, milk-shakes e café. Ah, segundo Dianna, ela também era metida a cozinheira.

Depois que terminamos de comer e o assunto havia acabado, resolvi ir embora. Me despedi de Dianna, que estava lavando a louça e Demetria me acompanhou até a porta.
- Hm... Obrigado pelo convite.– Falei, já na porta.
- Não foi nada. Minha mãe adora você, ela gostou de eu ter te convidado. –Ela falou me olhando.
- Bem. Tchau... E obrigado.– Falei sério.
- Tchau! – Dito isso, ela se aproximou e deu um beijo rápido no canto da minha boca.

Assim que ela se afastou, vi um sorriso divertido – ou pervertido – em seus lábios. Acenei, tentando não parecer tão idiota e caminhei com pressa até meu carro. 
Destravei minha BMW com a chave e entrei na mesma. Coloquei a chave na ignição e acelerei.
Sai dali numa velocidade absurda e desnecessária.


Assim que cheguei em casa, fui logo retirando minhas roupas e jogando-as pelo caminho até chegar ao banheiro. Abri a torneira quente da banheira e esperei (nu) que ela enchesse.
Quando a banheira encheu, eu entrei no mesmo. O contato de meu corpo com a água quente, me fez estremecer um pouco.
Deitei-me na banheira e minha vagou até o momento em que Demetria ousou dar um beijo no canto dos lábios. Se antes eu estava curioso para saber sobre ela, agora eu estava mais do que nunca. Queria mais do tudo encontra-la novamente. Só nós dois. Para conversamos.

______________________________________
Segundo capítulo da fanfic, postado! Espero que vocês gostem, porque eu sempre acho os primeiros capítulos chatos zzzz. Enfim. Comentem, por favorzinho, e até sexta-feira que vem! Beijocas!

2 comentários: