"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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sábado, 21 de junho de 2014

Capítulo 03: Alguém descobriu meu segredo!

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Quando a banheira encheu, eu entrei no mesmo. O contato de meu corpo com a água quente, me fez estremecer um pouco. Deitei-me na banheira e minha vagou até o momento em que Demetria ousou dar um beijo no canto de meus lábios. Se antes eu estava curioso para saber sobre ela, agora eu estava mais do que nunca. Queria mais do tudo encontra-la novamente. Só nós dois. Para conversamos.
                                                                              


Demi’s POV
Morava com minha mãe em Los Angeles desde que completei seis anos e desde que meu pai resolveu trocar minha mãe por uma mulher mais jovem e sem filhos. Depois disso mamãe nunca mais foi á mesma. Ela não se envolvia com homem nenhum. Vivia trabalhando e dando a desculpa de que queria me dar um futuro melhor. Raramente ela saia com as poucas amigas que tinha.
Vivia pensando se mamãe algum dia voltaria a ter uma vida amorosa, isso me preocupava. Não queria vê-la sozinha.
Meu pai, ou melhor, o homem que diz ser meu pai, nunca foi um bom pai e desde pequena eu sempre soube disso, apesar de mamãe tentar me convencer o contrário. Lembro-me que ás vezes eles brigavam tanto, que Patrick chegava a bater em mamãe. Era triste ver aquele tipo de coisa e não poder fazer nada. Eu era pequena e mesmo que tentasse defender minha mãe, não conseguiria.
Hoje em dia, mamãe e eu vivemos muito bem até. Somos apenas eu e ela. Não temos nenhum tipo de dificuldade financeira, mamãe tem um emprego muito bom. Ela sempre me dá o que pode e tenta fazer tudo para me ver feliz. Mal sabe ela, que só tendo ela minha vida eu já sou feliz.
Tenho um trabalho não-fixo. Ás vezes trabalho como fotografa em casamentos ou festas. Dependendo do tipo, meu salário chega até mil e quinhentos. Guardo uma parte na poupança e a outra gasto com equipamentos para melhorar a câmera.
xxx
O relógio marcava uma e trinta e dois da madrugada, quando mamãe bateu na porta de meu quarto, mandando eu desligar o telefone – estava falando com Selena – e me desejando boa noite.
Selena e eu somos amigas desde os sete anos de idade, nos conhecemos no jardim de infância e foi tipo, amizade á primeira vista. Depois disso nunca nos separamos mais e eu agradeço por isso. Porque ela é minha melhor amiga em todo o universo. Me conhece melhor que minha própria mãe.
A conversa com Selena era sobre Nicholas, o chefe delicinha de mamãe. Admito que eu me precipitei quando dei um selinho no canto da boca dele, mas só queria ver a reação dele. E ele pareceu ter gostado. Ri só de lembrar a cara de bobo que ele fez.
Coloquei meu celular no criado-mudo ao lado do abajur e em seguida liguei o mesmo. O quarto ficou com uma iluminação fraca, mas boa. Não gostava de dormir no escuro total. Me ajeitei na cama e sem demoras senti o sono chegando lentamente.
xxx
O sinal que dava fim á última aula acabara de bater. Arrumei meu material dentro de minha mochila enquanto Selena me esperava.
Levantei da carteira e caminhei até a ela, saímos da sala de aula e fomos caminhando até a saída da escola.
Selena estava me contando sobre David, seu novo vizinho que era um arraso e que (supostamente) estava dando em cima dela.
- Você tem que ver ele, Demi. Ele é simplesmente maravilhoso! Ele é DJ, DJ. Mora sozinho, trabalha e tem vida própria. Não depende de pais. – Selena falava eufórica.
- Que nem você! – Falei divertida.
- Que nem nós! – Ela me corrigiu, fazendo-se de ofendida.
- Ei! Eu trabalho como fotografa! – Me defendi.
- Isso não é um emprego de verdade. – Ela retrucou.
- Por enquanto. – Falei e mostrei a língua. Ela riu.

Ao chegarmos ao portão na escola, vi o carro de tia Mandy – mãe de Selena – do outro lado da rua. Fiquei confusa. Porque toda quarta-feira e sexta-feira, nós íamos ao Starbucks.
- Você não vai hoje? – Perguntei, a olhando.
- Não, Demi. Me desculpe! – Ela falou, adotando uma expressão tristonha. – Meu pai foi a uma viagem de trabalho e mamãe tem que ir ao médico hoje. Não queria que ela fosse sozinha. – Ela explicou.
- Tudo bem, Selena. Não tem problema não. Não faltará dias para nós irmos tomar nosso café de sempre. Vai lá! – Falei.
- Obrigada, amiga. – Selena falou sorridente. – Quer carona? – Ela perguntou.
-Não, pode ir tranquila. Sabe que eu gosto de andar. – Falei.
- Ok. Se cuide! – Ela falou e caminhou até o carro de sua mãe.
Selena entrou no carro e em seguida o mesmo arrancou. Acompanhei com os olhos o carro de tia Mandy, até que ele sumisse na segunda esquina.
Enquanto caminhava tranquilamente até a Starbucks, escutava To The End do My Chemical Romance, vulgo minha banda favorita de todo o universo, no último volume. Estava pouco me importando se isso faria com que meus tímpanos explodissem e eu ficasse surda precoce. Essa banda era a mais foda!

Ao chegar ao Starbucks, fiz meu pedido de sempre: um maravilhoso Frappuccino, com direito a “MCR” escrito no copo. Esperei no balcão até que meu pedido estivesse pronto, feito isso, paguei o caixa e escolhi uma mesa do lado de dentro para me sentar. Continuei de fones.
Retirei o livro The Help da minha mochila e abri-o na página onde havia parado.
Comecei a ler o livro enquanto escutava música. E sim, eu conseguia fazer os dois. Conseguia prestar atenção tanto na história como na música.

- Demetria? – Escutei uma voz familiar me chamar.
Retirei os fones de ouvido e ergui meu rosto encontrando Nicholas em pé com um Cappuccino nas mãos. Ele vestia uma camisa social branca com uma gravata vinho e uma calça social gelo. Calçava sapatos sociais pretos, estava sem paletó e seus cabelos desarrumados. Estava tão bonito...
Sorri ao vê-lo e ele sorriu também.
- Oi, Nicholas! – Falei, tentando esconder minha animação. – Sente-se comigo. – Pedi, apontando para a cadeira vaga a minha frente. Nicholas caminhou até a mesa onde eu estava e sentou-se na cadeira a minha frente. Ele ainda mantinha aquele sorriso de surpresa no rosto.
- O que está fazendo aqui? – Ele perguntou.
- Bem, todas as quartas-feiras e sextas-feiras eu e minha amiga passamos aqui para tomar um café. – Expliquei.
- E por que fazem isso? – Ele perguntou, mais uma vez.
- Ah, é um ritual nosso. Começamos a fazer isso na sexta série. Porque nossas mães não nos deixavam sair ainda e este lugar, era como uma balada para nós. Acabou que ficando assim até hoje.  – Respondi. – E você, o que está fazendo aqui? Não deveria estar trabalhando? – Perguntei. Ele bebeu um gole de seu café antes de responder:
- Horário de almoço, sabe como é. – Ele respondeu.
- Sei... Sei que você é o chefe e está matando tempo. Como todos os outros chefes fazem! – Falei divertida. Ele gargalhou.
- Mas olha só, alguém descobriu meu segredo! – Ele falou divertido.
- Está na cara, duh! Chefes têm horários de almoço á hora que querem. – Falei, terminando de beber meu café.
- Não é bem assim. Na verdade, se a sua mãe não me ameaçasse, eu nem teria vindo. Tenho muito trabalho e não gosto de perder tempo comendo. Por isso prefiro algo rápido, como um café. Que além de saboroso, nos deixa mais ativo. – Ele falou. Aquele homem, com aquela roupa, com aquela voz e dando aquela explicação – que mesmo boba – era tão sexy. Aposto que ele não sabia disso.
- Oh, certo. Não está mais aqui quem falou. – Falei, levantando as mãos em sinal de rendição. Ele riu.

Nicholas e eu passamos um tempo conversando. Ele não parava de fazer perguntas sobre mim. Ele estava, realmente, curioso.
Conversamos sobre minhas bandas favoritas e as dele também, acabou que tínhamos alguns gostos parecidos. Porém, me senti ofendida quando ele confessou que antes de entrar em meu quarto, achou que eu fosse fã de Justin Bieber. Essa é a pior ofensa do século!
Falei sobre meus objetivos. Primeiro: viajar para Londres, onde farei intercâmbio; segundo: voltar para Los Angeles e fazer a prova para ver se passo na faculdade; terceiro: cursar fotografia,  óbvio. E quarto, mas não menos importante: arranjar um emprego.
Nicholas pareceu animado por saber tantas coisas sobre mim, então, exige que ele me contasse algumas coisas sobre ele e foi isso que ele fez.
Ele me contou que seus pais moravam em Londres, quando descobri quase surtei e ainda brinquei que quando fosse fazer meu intercâmbio ficaria na casa dos pais dele. Contou que queria expandir a empresa para o Canadá; ele também queria tirar um tempo para viajar para conhecer o Egito. Quando eu perguntei se ele levaria Olivia, ele mudou totalmente de postura. Parecia incomodado e respondeu que não. Queria viajar sozinho.
Conversamos até as três e quinze, quando Nicholas me culpou de atrasa-lo.


Já estávamos fora da cafeteria, na frente, para ser mais exata. Nicholas retirava sua chave do bolso.
- Quer carona? – Ele perguntou, me olhando.
- Ah... Não. Minha casa fica para o outro lado. – Respondi. – Acho que vou atrasar mais você. – Falei divertida. Ele riu.
- Certo, então, deixe me ir. – Ele falou risonho. – Tchau, Demetria! – Ele falou. Antes que ele se afastasse totalmente, segurei seu braço e ele se virou ficando de frente para mim. Ele me encarava sério.
Aproximei-me dele e, mais uma vez, lhe dei um selinho no canto da boca. Ao afastar nossos rostos, vi que ele sorria.
- Tchau, Nicholas. – Falei, assim que me afastei.

4 comentários:

  1. Acho bom vc continuar....se n te mato....!!!!

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  2. Sou leitora nova aqui... e já estou amandoo essa fic!

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  3. Eu estou eufórica!!!!! A personalidade desse Nicholas é perfeita!! Amo. Hehehe. Demetria atrevida melhor ainda... Sou leitora "nova". Na verdade, acompanhava seu blog desde 2012 se não me engano. Com a falta de tempo, parei de entrar, e na última vez que resolvi 'curiar' li a postagem que você falou que queria deletar :/ então cá estou, quaseee 1 ano depois lendo essa fic que parece ser maravilhosa, por ter resolvido ser curiosa novamente. Hehehe. Monologuei. Mas enfim. Beijosss. P.S. NÃO pare de postar! Hahah P.S. N-E-M-I ai como amo

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