"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Capítulo 39: Não quero ficar sem você.

Capítulo Anterior:
Cansada de me auto julgar, desliguei o chuveiro e saí do box. Sequei-me e vesti meu pijama e escovei meus dentes. Assim que deitei na cama, peguei meu celular e fiquei trocando mensagens com Selena, que estava preocupada. Contei tudo para. Tudo. Verdade ou mentira. 



Nick’s POV

Segunda-feira, oito e dez da manhã.

Como toda segunda-feira, meu despertador começou a tocar no horário de sempre. Estiquei meu braço para fora do cobertor e desliguei o aparelho as cegas, que ficava em cima do criado-mudo, ao lado da cama. Depois de mais ou menos quinze minutos, levantei da cama. Caminhei até o closet, entrando no mesmo e pegando as peças de roupas que usaria e uma toalha de banho, saí do closet e coloquei as peças de roupa em cima da minha cama, caminhei em direção ao banheiro e entrei no mesmo. Coloquei a toalha de banho no cabide e comecei a me despir, pondo as roupas no cesto de roupa suja.  Liguei a banheira e esperei que a mesma enchesse. Assim que a banheira encheu, entrei e senti todo meu corpo relaxar sobre a água quente.

Não demorei muito no banho. Saí da banheira e tirei a tampa do ralo, para que a água escoasse. Enrolei a toalha em meu corpo, depois de seca-lo com a mesma, e sai banheiro. Vesti as roupas que tinha deixado em cima de minha cama. Um terno cinza, com camisa social branca e gravata vermelha-bordô. Calcei meias e meu sapato social. Arrumei meu cabelo e peguei minha pasta e o restante dos meus pertences, que precisaria.
Sai do quarto, deixando a porta fechada, e desci a escada lentamente. Caminhei até a cozinha e encontrei Edith na cozinha, preparando o café. Havia me esquecido que ela voltará.
Tinha lhe dado algumas semanas de férias, pois sua única filha, de doze anos, tinha quebrado a perna enquanto andava de skate. Eu sabia me virar, bem, pelo menos para tomar um café da manhã.
- Bom dia, patrão. – Edith falou sorridente, enquanto eu me sentava no banco em frente a bancada. Encarei-a surpreso. Havia esquecido que ela voltava hoje.
- Bom dia, Edith. – Falei sério. – Como está Alexia? – Perguntei interessado, enquanto ela me servia uma xícara de café fresco.
- Está bem, graças á Deus. O médico disse que agora ela está bem melhor e a menina já está indo para escola. – Respondeu calma. – Você acredita que a danadinha ainda teve a cara de pau de me pedir um skate novo de aniversário? Eu disse a ela que compraria um skate e daria na cabeça dela, para ver se lhe dava algum juízo. – Comentou divertida. Ri um pouco.
- É bom ter você de volta. Não sou nada sem seu café da manhã! – Confessei.
- Eu que fico em feliz em ter um patrão como o senhor e não se preocupe, que eu vou cobrir todo o tempo que não trabalhei, tá bem?! – Falou simples.

- Não se preocupe com isso Edith, faça o seu trabalho. Deixe essa casa um brilho, como antigamente.
Edith era minha faz-tudo (para não ter que denomina-la como ‘empregada’, uma palavra que eu odeio). Ela tinha pedido algumas semanas para cuidar da filha única, de quatorze anos, que quebrou a perna andando em um skate.

Tomei meu café da manhã sem pressa, afinal, o café de Edith era o melhor e precisava aproveitar as torradas e a omelete de bacon, que ela havia feito. Precisava de tempo para apreciar cada uma daquelas delícias, que agora estavam sobre a bancada da cozinha. Enquanto tomava meu café, me perguntava como estava Demetria, eu deveria ligar para ela, não aguentaria esperar ela me ligar. Queria saber o que aconteceu entre ela e Dianna e se estava tudo bem. Dianna parecia bem zangada ontem e, querendo ou não, ela tinha razão.

Depois de terminar meu café, me despedi de Edith e sai de casa. Apertei o botão para chamar o elevador e sem demoras o mesmo chegou, entrei e encontrei alguns vizinhos ali. Cumprimentei-os sem muita animação. O elevador parou na minha garagem e sai. Caminhei entre meus carros e cheguei ao Volvo preto. Retirei a chave do bolso da calça e abri o carro, entrando no mesmo, em seguida. Coloquei a chave na ignição e dei partida, saindo dali o mais rápido possível.
Graças ao bom trânsito de hoje, cheguei à empresa em questão de minutos. Estacionei o carro na garagem externa e sai do mesmo, trancando-o. Caminhei em direção a empresa. Cumprimentei todos os funcionários que estavam no hall e continuei caminhando até o elevador. Entrei no elevador e cumprimentei todos que estavam ali também. 

O elevador parou em meu andar e eu e mais alguns funcionários saímos. Caminhei até minha sala e ao chegar em frente a mesma, cumprimentei Dianna, que estava sentada em sua cadeira em frente a sua mesa. Ela olhou para mim com um misto de culpa e seriedade.
Entrei em minha sala e fechei a porta. Coloquei minha pasta sobre a mesa, liguei o MacBook e me sentei na cadeira de couro. Minutos depois, Dianna bateu na porta e logo entrou na sala, com uma grossa pasta nas mãos. Caminhou em direção de minha mesa e largou a pasta sobre a mesma. E antes que eu pudesse perguntar ou falar qualquer, ela começou a dizer:
- Senhor Jonas, antes de mais nada, eu queria lhe agradecer e pedir desculpas. Agradecer por ter cuidado de Demetria, quando eu não pude. E pedir desculpas por ter lhe tratado daquela maneira ontem. Não foi certo. Você ajudou minha filha e merecia um tratamento melhor. Não só por isso, é claro, mas esse devia ter sido o motivo principal naquele momento. – Falou sincera, me encarando.
- Dianna, você não precisa pedir desculpa. Você estava no seu direito. Como você mesma disse: você é mãe de Demetria, merece saber de qualquer coisa que aconteça com ela. Não lhe tiro a razão, só não quero que as coisas fiquem ruins entre nós. Sabe que eu considero você como alguém de minha família. – Falei sério, mas sincero.
- Tudo bem, senhor Jonas. – Concordou e sorriu de lado. Parecia mais aliviada, enquanto eu me sentia mais culpado que nunca. Falei todas aquelas coisas, que era o que eu realmente sentia, mas por baixo delas existia uma mentira. Eu estava apaixonada pela filha dela e não podia dizer isso. É isso que dá se meter com uma garota mais nova que você e, que ainda por cima, é filha da sua secretária. Nicholas, seu burro! Burro! Afastei esses pensamentos e foquei em Dianna e na pasta que ela havia deixado sobre minha mesa.
- Então... O que temos para hoje? – Perguntei, apontando para a pasta.
- Hm... Esta pasta contém todos os croquis da próxima coleção. – Ela falou séria. Ergui as duas sobrancelhas, surpreso. – É, eu sei que são muitos. Mas caso o senhor não se lembre, a maioria dos croquis que estão nesta pasta, foi o senhor que desenhou. Você pediu para que eu guardasse, pois queria fazer uma coleção especial e limitada. – Explicou calma, mas séria.
- Oh, meu Deus, Dianna! – Falei, apoiando meus cotovelos na mesa e passando minhas mãos em minha testa. – Eu havia esquecido completamente disso. – Afirmei, meio assustado.
- Não se preocupe, senhor Jonas, é para isso que eu estou aqui! Para lembra-lo de tudo que o senhor esquecer. E outras coisinhas a mais, é claro. – Comentou divertida. Ri.
- É, você tem razão! – Concordei. – Tem mais alguma coisa que eu precise saber? – Perguntei sério, encarando-a.
- Bem, quando o senhor abrir a pasta, verá que alguns desenhos estão marcados com adesivos vermelhos, estes desenhos são os croquis que foram desenhados pelo senhor. Então, na hora de avaliar não misture os seus desenhos com os outros designers, por favor. – Explicou. – Ok? – Perguntou, me encarando.
- Adesivos vermelhos são os meus desenhos. Ok. – Concordei. – Algo mais? – Perguntei.
- Hm... No fim do dia sai os faturamentos desse mês de cada joalheira e da nova loja do shopping. E no último, o evento da coleção limitada, acontecerá mês que vem. Só que o senhor não precisa se preocupar com isso ainda. – Avisou. – Só isso. – Completou.
- Está tudo certo, então. Croquis com adesivos vermelhos são os meus e os sem adesivos são dos outros designers. Ok. Faturamentos das joalheiras e da nova loja no fim do dia. Ok.  Evento das joias limitadas mês que vem. Ok. É, está tudo certo! – Falei convicto, relembrando de tudo.

Assim que Dianna deixou minha sala, peguei meu celular e pensei em telefonar para Demetria, mas achei que não seria uma boa hora, então, foquei em meu trabalho, que não era pouco.

Onze e vinte da manhã.

Já tinha terminado de rever a maior parte dos croquis. Havia separado os meus croquis e os croquis dos outros designers e já terminado de avaliar os croquis que não eram meus, e estes foram mandando para Dianna, que mandasse para os fabricantes das joias. Agora, tinha apenas uma pilha dos meus croquis a minha mesa. Mesmo que eu não tivesse todo o tempo do mundo, iria avalia-los com a maior calma do mundo, afinal, esses seriam de uma coleção limitada e especial. Eu até já tinha um nome para coleção. No dia que comecei a desenhar estes croquis estava pensando em Demetria e ela foi a fonte da minha inspiração.
- Senhor Jonas? – Escutei a voz de Dianna.
- Sim, Dianna. – Encarei-a e larguei os papeis em minhas mãos.
- Você não vai almoçar? – Perguntou, com aquela voz de mãe velosa de sempre. Ri baixo.
- Não. – Respondi. – Mas eu gostaria que você comprasse algo para mim... – Pedi, retirando algumas notas de minha carteira. Dianna se aproximou e pegou o dinheiro.
- O que o senhor vai querer? – Perguntou.
- Não sei. Qualquer coisa. Você sempre sabe o que comprar, então... – Respondi. – Ah, e pode almoçar tranquila. Depois que terminar pode vim me trazer. – Comentei. – Não tenho pressa. – Falei divertindo, apontando para a grande pilha de papéis. Ela riu baixo.
- Tudo bem. Vou indo. – Falou se afastando.

Minutos depois de Dianna ter saído, percebi que todo o andar, onde eu me encontrava estava vazio. O restante dos funcionários também haviam ido para seu horário de almoço e eu fiquei ali, como sempre. 

Quando fiz menção em voltar a minha concentração para os papéis, a porta de meu escritório se abriu novamente e Demetria apareceu entre ela. O cabelo louro estava preso num rabo alto e ela vestia o uniforme da escola.
- Oi. – Falou, parando na porta. Levantei-me e caminhei até a frente da mesa, onde sentei em cima.
- Oi... – Falei e sorri de lado. – Vem cá! – Chamei-a. Ela sorriu e veio caminhando em minha direção.
 
Demetria se aproximou de mim, ficando entre minhas pernas e me abraçou forte. Ela não parecia estar bem. Assim que ela desfez o abraço, encarei seu rosto e continha algumas olheiras, daquelas que ficam quando se chora.
- Está tudo bem? – Perguntei sério e preocupado. Ela suspirou.
- Não muito. – Respondeu, abaixando o rosto.
- O que houve? – Perguntei, levantando seu rosto pelo queixo.
- Não gosto de mentir para minha mãe. – Respondeu. Suspirei.
- É, eu também não gosto de mentir para sua mãe... Mas você sabe que, por enquanto, é necessário, não é? – Perguntei.
- Sim, eu sei. – Respondeu, com aquela olhar triste. E eu odiava vê-la assim, me doía. – Ainda mais depois do que ela falou. – Comentou.
- O que ela falou? – Perguntei, erguendo minhas sobrancelhas.
- Ontem, ela falou que eu não deveria ficar com um homem da sua idade e que as pessoas não iam pensar coisas boas. – Respondeu. Ri baixo.
- Nunca esperei algo assim da sua mãe, sinceramente... – Confessei meio decepcionado.
- Não a julgue, sou filha dela. É normal ela falar dessa maneira e se preocupar demais, você sabe. – Retrucou, me encarando.
- É, eu sei... Desculpe. – Falei sincero, acariciando seus braços. – Só não quero brigar com você de novo, não quero ficar sem você. Só isso. – Confessei, com um meio sorriso no rosto. Demetria sorriu, o que me fez sentir melhor. 
- Eu também não quero. – Concordou, pondo suas mãos em minha nuca e aproximando nossos rostos.

Quando Demetria fez menção de encostar seus lábios aos meus, escutamos batidas na porta e nos afastamos rapidamente. A porta se abriu e Dianna apareceu nela, entrando na sala com um sanduíche e uma garrafa de suco nas mãos. Demetria já estava do outro lado da sala, perto do sofá, enquanto continuava no mesmo lugar. Dianna me encarou e depois encarou Demetria... Quase...
- O que está fazendo aqui, filha? – Perguntou desconfiada, encarando a garota.
- Ah... É... – Demetria gaguejou. – Vim... Vim buscar a chave de casa. Esqueci a minha. – Respondeu toda enrolada. A expressão de Dianna suavizou. Não era como se aquilo acontece pela primeira vez, então, Dianna deve ter acreditado.
- Certo. Senhor Jonas, aqui está o seu almoço. Espero que goste. – Falou e me entregou o sanduíche.
- Obrigado. – Agradeci e tentei sorrir de uma forma amigável.
- Vem, filha, vou lhe dar minha chave. – Dianna chamou Demetria, que me encarou como se estivesse me dando tchau. Sorri de lado e ela também.


Demetria e Dianna saíram da minha sala juntas e a porta foi fechada. Afastei-me da mesa e voltei ao meu lugar, sentado na cadeira de couro. Abri a embalagem do sanduíche e abri a garrafa de suco, que Dianna me trouxe. Só quando a primeira mordida no sanduíche, percebi o quão estava com fome.
Enquanto comia, pensava em como Demetria e eu tivéssemos a sorte de não termos sido pegos por Dianna. Se isso acontecesse eu não sei o que faria. Precisávamos tomar mais cuidado. Não era mais seguro nos encontrarmos na empresa. Não depois do ocorrido no domingo. Aquilo fez com que Dianna ficasse mais atenta as saídas de Demetria, com certeza. 

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Capítulo 39 postado! Tenho duas noíticas boas hoje vocês, babies. Primeira: decidi que vou começar a postar segunda, quarta e sexta-feira. Mas vocês tem que continuam comentar hein. Enfim. Espero que gostem desse capítulo, apesar de estar chatinho, e me digam o que vocês acham que vai acontecer ou dêem algum palpite. Hahaha. E a segunda é: postei a sinopse da short-fic Dravis, que eu falei a um tempo atrás. Dêem uma olhadinha aqui, pra vê o que vocês acham. Vou começar a postar à partir de semana que vem, toda a quarta-feira. É isso, beijocas e até segunda-feira! 

PS: Eu não sei se o capítulo está perfeitamente bem escrito, porque não tive tempo de reler, arrumei o que pude, então desculpem qualquer erro meu.

5 comentários:

  1. perfeito eu achei q ela ai pega os dois

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  2. NA TRAVE!!!! HAHAHA pensei que Dianna os pegaria. Só estou esperando eles assumirem logo, porque sei que será polêmico hahaha e, fico muito feliz que você decidiu postar quarta-feira também! Esperar não é pra mim, vou te contar! Enfim, vou dar uma olhada na sinopse da short-fic Dravis, mesmo não gostando muito.
    Enfim, até segunda-feira! Beijão!

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  3. Li de madrugada então na parte que eu li o café da manha do Nick, bateu uma fome tão grande #edithtôcomfome kkkk. Own a coleção vai ficar perfeita ja pensou Demetria by Nick Jonas kkk ficou tão fofa a parte que ela chega no escritório dele :) Ufffa' �� jurava que ela ia pegar eles agora nos próximos eu acho q a Dianna vai começar a desconfiar ja que agora ele ta mais atenta nos passos da Demetria. Ai meu coração, eu li isso mesmo? Você vai postar segunda, quarta e sexta? Pera aí que eu vou dar uma morrida ali rapidinho e ja volto. aaaaaah. Opa voltei, vou la ler a short com certeza. Beijos ate segunda.
    PS Da pra entender perfeitamente isso que importa. Kk :p
    Ass.: Cys

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  4. Dianna ja desconfiando. Eu espero que ela apóie eles. Afinal Nicholas é um homem bom ela conhece ele. Aaaaah louca pra eles se assumirem logo.
    Até segunda! Beeijinhos :)

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  5. Cheguei atrasada, mas tô aqui! Então, foi na trave hein? Quase que a tia Di pega eles. Tava torcendo pra ela pegar eles! #Magoei
    Também espero que ela os apoie, porque Nemi... é Nemi! ♥
    OMG! Ainda não creio que irá postar quarta também! Awn, cara, tô muito happy!
    Kisses!

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