"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Capítulo 50: Você acha que vai ser assim tão fácil?

Capítulo Anterior:
Eu estava carente, isso é verdade, mas não é por isso que fiquei feliz. Fiquei feliz, porque por mais que eu tenha dado foras em Travis e ter explicado à ele o motivo de nós não voltarmos, ele nunca desistiu de mim. Ele sempre fez algo para demonstrar afeto por mim, sempre fez algo para demonstrar que me queria de volta.



MARATHON MONDAY (2/4)+ SHORT!

Capítulo dividido:
Parte I.

Nick’s POV

Quase três semanas. Apenas três meras semanas, que eu não a via, que nós estávamos distantes um do outro. E três semanas que eu sentia um vazio enorme dentro de mim, como se um pedaço de mim tivesse sido retirado. 
A verdade é que nem quando ficamos um mês longe um do outro eu me senti assim. A minha dor de estar longe dela era maior do que da outra vez. Eu sabia, exatamente, o que tinha que fazer, mas não fazia. Sabia que tinha que ir atrás dela, falar com ela e dizer tudo o que eu sinto por ela, mas não. O orgulho que eu tinha dentro de mim parecia ser maior do que meu sentimento por Demetria e isso estava acabando comigo, porque eu podia tê-la de volta e isso só dependia de mim mesmo. Porém, durante essas duas semanas eu não fiz nada, não fui atrás dela e nem ao menos ousei ligar para ela. Tudo o que ela havia dito para mim, na minha sala, gritava em minha mente. Cada palavra. 
Queria poder ir atrás dela e dizer o quanto ela estava errada. Dizer que eu me importava sim com ela, com nós e com a nossa relação, que eu queria mais do que "transas e encontros as escondidas", dizer como eu deseja gritar ao mundo que ela era minha e que eu a amava. Mas ainda sim, o meu orgulho era maior. Meu maldito orgulho e meu maldito ego. Eu continuava sendo o mesmo filho da puta de antes. Quando estava com Demetria eu era diferente, mas quando estava longe dela, era o mesmo maldito homem arrogante de sempre, que todos conheciam e até temiam. 

O pior de tudo nessas três semanas, era que eu ficava encarando aquela porra de cordão que Demetria me presenteou no meu aniversário. Ficava olhando aquele cordão, com aquela águia, e ficava lembrando da nossa noite juntos no meu aniversário e isso fodia ainda mais comigo. 
Na primeira semana eu continuei usando o cordão e sempre tirava uma hora do dia pra encarar aquele maldito do cordão. Porém, depois que tomei coragem parar tirar aquilo de meu pulso e colocá-lo na gaveta do criado-mudo, eu continuei encarando aquilo. Todo dia, depois de chegar do trabalho, eu abria a gaveta e ficava encarando aquilo e lembrando daquele dia. Chegava a ser doentio. 

Sexta-feira, nove e dez da noite. 

Fazia poucos minutos que eu havia chego em casa. Outra coisa que voltei a fazer: trabalhar demais. Meu horário de presidente-chefe era até às setes horas, no máximo, quando eu não precisava ou não queria sair mais cedo. Porém, eu sempre trabalhei demais, mas desde que conheci Demetria, foquei mais em relaxar e me divertir do que trabalhar. Mas era só eu ter algum desentendimento com ela, que eu voltava a trabalhar como um viciado. Era como se o trabalho fosse meu refúgio. O que era verdade, já que toda vez que eu metia minha cabeça no trabalho esquecia de vez do mundo, inclusive dos meus problemas pessoais. Essa era uma coisa que acontecia comigo desde novo. 
Precisava pensar em outras sem ser trabalho e Demetria. Porém, era difícil não pensar na segunda opção quando eu não estava fazendo a primeira. 

No momento, eu estava na sacada de meu apartamento. Segurava o charuto em uma mão e na outra um copo cheio de Whisky. Estava com os cabelos bagunçados e ainda com a roupa do trabalho, mas um pouco mais amassada, a gravata frouxa no pescoço e as mangas da camisa social dobradas até os cotovelos. 
Enquanto encarava o céu estrelado de Los Angeles, pensava no que faria hoje. Era sexta-feira. Mikey havia me convidado para ir à boate hoje, mas eu não dei certeza que iria... E falando em Mikey, o safado estava pegando a melhor amiga de Demetria, Selena. Eu ainda nem conseguia acreditar que os dois estavam juntos. Estava muito feliz por eles! Sabia como Mikey era um galinha e como ele era difícil de se prender a uma garota. Que por sinal era mais nova que ele, e agora eu é quem estava zoando da cara dele, por estar apaixonado por uma ninfetinha (como ele gosta de falar).

Após terminar o charuto, tomei mais dois ou três copos cheios de Whisky e caminhei em direção a cozinha, onde comi o maravilhoso empadão que Edith havia deixado para mim. Eu adorava comidas simples e adorava mais ainda os empadões de Edith! 

Depois de comer subi a escada em direção ao meu quarto, onde entrei e fui o criado-mudo do lado direito da cama. Abri a gaveta e ali estava: o cordão. Fiquei encarando aquilo por longos minutos e lembrando não só do dia do meu aniversário, mas sim, dos nossos outros momentos juntos. Senti uma lágrima escorrer por meu olho, mas tratei logo de limpa-la. Era só o que faltava eu ficar chorando por uma garota de dezessete anos. 
Tomei coragem e fechei a gaveta. Fui até o closet, pegando peças de roupas e uma toalha limpa. Decidi que iria, sim, a boate hoje! Realmente não estava afim de ficar em casa pensando em contas ou em Demetria. Até porque eu sabia que não iria atrás dela e que depois de tantos dias ela não iria querer me ver nem pintado de ouro. 

Liguei a banheira e enquanto a mesma enchia retirei minhas roupas, pondo-as no cesto de roupa suja. Entrei na banheira assim que ela encheu. A água quente fez com meu corpo relaxasse. 

Enquanto estava na banheira, perdi a noção do tempo e acabei cochilando dentro da mesma. Quando acordei a água estava morna e eram quase onze horas. Sai da banheira, retirando a tampa do ralo para a água escoar. 
Sequei meu corpo e enrolei a toalha em minha cintura, saí do banheiro e caminhei para fora do meu quarto, descendo a escada e indo em direção á cozinha, onde preparei meio copo de Whisky com duas pedras de gelo. Bebi o conteúdo do copo lentamente. Não estava nenhum pouco afim de chegar á boate cedo, por mais que soubesse como aquele lugar enchia rápido. 

Assim que terminar de beber meu segundo copo de Whisky – é, eu sei, estava bebendo demais hoje – voltei para o quarto. Caminhei em direção a minha cama, onde havia deixado minhas roupas separadas. 
Vesti uma camisa social vermelha, dobrando as mangas e deixando os dois botões de cima aberto, e uma calça jeans escura. Calcei meu tênis Nike branco e tentei arrumar meu cabelo. Coloquei meu relógio e peguei minha carteira, meu celular e a chave de meu carro. 
Olhei em meu relógio e marcava meia-noite e vinte e um. É, já estava na hora de ir. 

Saí do meu quarto, deixando a porta fechada e desci a escada, caminhei em direção á porta e saí. Fui até o elevador e apertei o botão, para chamá-lo. Em poucos minutos o elevador chegou e eu entrei. Havia algumas pessoas ali, inclusive uma morena gostosa, que sorriu maliciosamente para mim. Retribui o sorriso. 

O elevador parou e eu saí, a tal morena saiu comigo. Esperei que ela andasse na minha frente para depois me aproximar. 
- Está me seguindo por acaso? – Ela perguntou, me olhando por cima do ombro. Sorri sacana. 
- Na verdade, não. Estava aqui pensando a onde uma mulher como você vai sozinha? – Perguntei, encarando-a. Estávamos perto de meu carro. 
- Hm... Eu moro aqui á anos, senhor Jonas... – A interrompi. 
- Nicholas, por favor. – Falei, sustentando meu sorriso. Ela riu. 
- Eu moro aqui a anos, Nicholas, e você nunca se importou em me conhecer. – Falou, se fazendo de difícil. 
- Bem, sou um homem de negócios. Estou sempre ocupado. Como um amigo meu diz: trabalho demais e esqueço de olhar para as belas mulheres que estão a minha volta. – Expliquei. Ela sorriu toda boba. – Mas, então, a onde você vai? – Perguntei direto. 
- Vou encontrar um amigo... – Respondeu. Ri. 
- Também posso ser seu amigo, se quiser. – Comentei sacana. 
- Já vou indo, senão me atraso. – Falou, se afastando. Agarrei sua cintura delicadamente 
- Pra que a pressa? Por que você não passa a noite comigo, se não gostar é só passar marcar com seu tal amiguinho de novo. – Falei com a voz rouca. Nossos rostos estavam em próximos um do outro. 
- Você nem ao menos sabe meu nome. – Falou simples. Ri sacana. 
- Não sei, mas posso descobrir. – Retruquei. – E posso descobrir outras coisas também. – Completei, sustentando meu sorriso. 
- Então, vamos nessa, Nicholas? – Ela perguntou tentando parecer sensual e se afastando de mim. – Ah, e para você não ter tantas dificuldades, meu nome é Nicole. – Falou, se encostando-se na minha Ferrari. 

Destravei a Ferrari e abri a para Nicole e a mesma entrou no lado do passageiro, dei a volta no carro e entrei pelo lado do motorista.
Coloquei a chave na ignição e dei partida no carro, saindo dali de uma vez por todas. 

Por mais que havia bebido hoje, não estava me sentindo bêbado ou algo do tipo. Estava me sentindo muito bem, aliás. 
Dirigi sem muita pressa em direção a boate, enquanto Nicole passava sua mão em minha virilha sem nenhum pudor. E não estava sentindo nada. 
No momento em que ela tocou meu membro sob a calça, o semáforo ficou vermelho. Lembrei das vezes em que Demetria me provocava e poucos segundos eu ficava excitado. Suspirei. 

Retirei minhas mãos do volante e segurei a mão de Nicole, afastando-a. Ela me olhou confusa e eu sorri em desdém. Minhas foram em direção a minha calça e eu abri o zíper e desabotoei-a. 
- Chupa! – Ordenei, abaixando minha calça. Ela riu debochada. 
- Você acha que vai ser assim tão fácil? – Perguntou cínica. 
- Olha aqui, bonitinha, eu sei que você está louca pra me dar desde o momento que me viu, então, vamos poupar tempo e discursos. – Falei um tanto quanto grosso. Ela riu. 
- Se não tem jeito, não é? – Falou, tentando ser sexy. 

No momento em que o semáforo ficou verde, senti a boca de Nicole envolvendo meu membro. Suspirei mais uma vez. Dei partida no carro. Enquanto a boca de Nicole trabalhava em mim, eu apenas dirigia. Não conseguia sentir nada. Não estava excitado, apesar de tentar me concentrar nos movimentos precisos da mulher. Tentei pensar em Demetria para ficar excitado, mas logo me repreendi por isso. Precisava esquecê-la. 

Quando chegamos a boate, puxei Nicole pelos cabelos sem o menor jeito e ela soltou um gemido alto. Ela sorria maliciosamente. Estacionei o carro na vaga de sempre. Encarei-a sem muita paciência. Os lábios de Nicole estavam babados, mas não de goza. Eu não havia gozado. E já esperava isso. Passei minhas mãos nervosamente por meus cabelos, enquanto Nicole se arrumava e retocava a maquiagem. 
- A próxima vez você goza, relaxa. – Ela sussurrou em meu ouvido. Sorri de lado. 
- Vamos? – Perguntei e ela assentiu. 


Abri a porta e sai do carro, Nicole já havia saído. Tranquei o carro, passei minha mão pela cintura dela e caminhamos até a porta da frente. Desta vez iria entrar pela porta dos clientes. 
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Primeira parte do capítulo 50 postado! Daqui a pouco saí a segunda parte, fiquem ligadas na maratona!

4 comentários:

  1. Eu vou matar o Nicholas! Pela primeira vez na vida eu consegui sentir raiva dele, nao aguento isso. No inicio eu tava quase chorando junto ao ver o que ele tava passando e ao lembrar doa capitulos anteriores e ele me vem com essa. Mereço esse marido. Incrivel o que a sua fic é capaz de fazer comigo Paula, independentemente do que eu esteja sentindo, ela faz meu dia melhorar 100% // Ass: Mary

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  2. Ai meu Deus, Nicholas! Toma vergonha na cara, e joga esse orgulho de lado! E essa Nicole? Caí fora mulher! E eu aqui sentindo a maior dó dele, e quando vou ver ele faz isso. Que filho da mãe! É bom essa vadia da Nicole se afastar dele. Enfim. Parei com as revolts, kk. Tô amando a maratona, vou ler os outros agora.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Que filho da puta, assim que você sofre é? Que triste não. Ta bem viciado álcool, charuto, trabalho e Mulheres. Só por isso tem que sofrer, essa vadia da Nicole ja pode vazar. Nicole, Nick, Demetria e Travis na mesma boate? Muahahaha
    Ass.: Cys

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