"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

SHORT-FIC [3/6]: Obsession.

Capítulo Anterior:
Ela envolveu seus braços em meu pescoço e suas pernas voltaram a agarrar minha cintura, com força, me puxando para baixo, fazendo com que meu corpo caísse sobre o seu e nossas intimidades se tocassem. Ela grunhiu.



Travis’ POV 

Oito e vinte e oito da noite.

Assim que Jenny e eu chegamos ao seu apartamento, eu fiz questão de me jogar em seu confortável sofá. Comecei a rir sozinho, lembrando da nossa tarde. Depois da nossa transa matinal, almoçamos fora e somos passear por Malibu, onde encontramos alguns amigos e acabamos parando em um bar para beber, jogar sinuca e conversar,  e ficamos lá até essa hora. Jenny retirou seu casaco, jogando-o na poltrona, e seguiu em direção à cozinha. Minutos depois ela voltou com duas taças com vinho.
- Não deu por hoje? – Perguntei divertido, pegando a taça.
- Ué, não é você que diz que não é fraco para bebida. – Respondeu. – E eu nem bebi tanto assim. – Comentou e sentou ao meu lado. Gargalhei.
- Foi muito bom encontrar o Charles e a Lindsay. – Comentei, bebericando minha taça.
- Foi mesmo. Eles fazem um casal tão bonitinho! – Falou simples.
- Nós também fazemos. – Retruquei.
- É claro que fazemos, meu amor! – Concordou, me dando um selinho. – Irá dormir aqui? – Perguntou, me encarando.

Quando eu abri a boca para responder, meu celular começou a vibrar em meu bolso. Tirei o aparelho do bolso e vi que era um número desconhecido. Atendi, mesmo não sabendo quem era. Podia ser algo importante.
- Trav? – Escutei a voz de Demetria. Merda! Eu acabei esquecendo da apresentação dela.
- Oi... – Falei simples. Estava me sentindo culpado.
- Você não vir, não é? – Perguntou. Pude perceber que estava tentando disfarçar o tom de voz triste.
- Vou sim. Já estou indo, aliás. – Respondi, me levantando. – Desculpe. Você sabe que eu saí e acabei me esquecendo, mas já estou indo. – Expliquei sincero. Escutei-a suspirar.
- Tudo bem. Se você não vier não tem problema. – Falou.
- Eu disse que já estou indo! – Falei ríspido. Isso, otário, além de esquecer da primeira apresentação da irmã, ainda resolve dar uma de babaca com ela. Realmente, muito bom Travis!
Ela nem ao menos me respondeu, apenas encerrou a ligação.

Enfiei o celular novamente em meu bolso e peguei minha jaqueta preta de couro, vestindo-a. Peguei o restante de meus pertences, que estavam em cima da mesinha, e larguei a taça de vinho em cima da mesma.
- Aonde você vai, Travis? – Perguntou Jenny. Encarei-a. Acho que esqueci que ela estava na sala e que escutou toda a minha conversa.
- Preciso sair. – Respondi sério, encarando-a. Ela ergueu as sobrancelhas, espantada com a minha resposta.
- E pra onde você vai? – Perguntou, levantando-se.
- Vou assistir minha irmã mais nova cantar. – Respondi.
- Sua irmã mais nova? Demetria? – Perguntou.
- A única e própria. – Respondi. – Preciso ir, já estou atrasado.
- Você vai assistir sua irmã e nem vai me levar pra conhecê-la? É isso mesmo, Travis? – Perguntou incrédula. Suspirei.
- É que... Sei lá, Jenny. Eu te falei dela só uma vez. Achei que você nem fosse se importar. – Respondi meio embolado.
- Mas eu me importo! E muito, por sinal. – Respondeu. – Vou com você. – Completou, pegando seu casaco.
- Jenny, eu acho melhor não. Demetria é meio, sei lá, é difícil de se entender com as pessoas. – Tentei convencê-la do contrário.
- Não me importo. Aposto que ela vai me adorar. – Retrucou. Ela me encarava fixamente e eu sabia que não conseguiria convencê-la do contrário. Suspirei, me dando por vencido.
- Então, vamos! – Falei, tentando me animar. Ela sorriu vitoriosa.

Jenny e eu saímos do apartamento e ela trancou a porta. Caminhamos até o elevador e ela apertou o botão para chama-lo. O mesmo não demorou e nós entramos. Apertei o botão do térreo.

O elevador parou e nós saímos. Caminhamos juntos para fora do prédio e atravessamos a rua, seguindo em direção ao meu carro. Destravei as portas do carro e Jenny entrou no lado do passageiro, enquanto eu entrei no lado do motorista. Coloquei a chave na ignição e dei partida.

Segui as instruções que Demetria havia me enviado á poucos minutos atrás por mensagem. Eu conhecia o lugar. Era um restaurante, onde sempre havia música ao vivo. Porém, a cada dois meses eles estavam trocando os cantores. Eu não sabia o porquê, mas o pouco que eu sabia era por causa de um colega meu que vivia frequentando o lugar. Dizia ser seu restaurante favorito por conta da boa música.

Depois de meia hora, chegamos ao local. Coloquei o carro no estacionamento no local e tranquei o carro assim que saímos. Jenny pegou na minha mão e entrelaçou nossos dedos, e caminhamos dessa maneira até o local.
Entramos no restaurante e eu comecei a observar o loca. Era bem confortável e simples, mas ao mesmo tempo luxuoso, e poucas mesas estavam vazias.
- Boa noite, senhores. – O recepcionista veio nos atender. – Tem reserva? – Perguntou.
- Somos convidados da cantora, Demetria. Sou Travis, seu irmão. – Respondi.
- Ah, sim. Ela nos falou de você. Por favor, sigam-me. – Falou e começou a andar em nossa frente.

Caminhamos atrás do homem, que vestia um terno preto, e ele nos levou até uma mesa que ficava, praticamente, em frente ao palco. Porém, havia um rapaz loiro ocupando uma das cadeiras.
- Esta mesa está reservando para senhorita Demetria e seus convidados. Espero que gostem. Bom show e bom apetite. – O homem falou e se retirou.
Me sentei em uma das cadeiras, ficando de frente para o palco e podendo ter uma boa visão. Jenny sentou-se ao meu lado. Encarei o garoto que estava sentado em minha frente. Ele estava meio de lado, para olhar o palco, mas logo me encarou. O garoto aparentava ter a mesma idade de Demetria e isso fazia com que eu me perguntasse: quem era ele e de onde ele e Demetria se conheciam.
- Você é Travis? – Perguntou o garoto.
- Sim. – Respondi. – E você, quem é? – Perguntei.
- Sterling. – Respondeu calmo, bebericando o copo a sua frente. – Sou amigo de Demi. – Completou.
- Ah, sim... E você mora aqui, Sterling? – Perguntei. Ele riu baixo.
- Sim. – Respondeu. – Sua irmã canta maravilhosamente bem, mas você já deve saber isso. – Trocou de assunto.
- É. – Concordei.

Depois de algum tempo encarando o cardápio, Jenny e eu pedimos algo para beber e depois, talvez, pediríamos algo para comer.

Estava distraído, conversando com Jenny, quando escutei aquela voz soar tão alta e firme:
- The space in between us... – Encarei de imediato o palco e a encontrei ali. Não pude deixar de sorrir. Ela estava tão linda!

Demetria estava sentada numa banqueta preta e segurava o microfone, junto com o apoio, enquanto um rapaz de cabelos pretos e cumpridos estava sentando ao seu lado, num banco igual, tocando violão. Ela vestia uma saia longa, com estampa de tigresa, uma regata marrom e um casaco preto fino por cima. Seus cabelos vermelhos estavam bem arrumados, usava um chapéu preto por cima e sua maquiagem estava leve, a única coisa que marcava era o batom vermelho. E, apesar, de sua saia ser longa, era possível ver o grande salto preto que ela calçava.

Não teve um minuto sequer que eu ousei retirar meus olhos dela. Ela estava tão em paz. Eu nunca a vira daquela maneira. Era como se ela estivesse numa bolha só dela, como se estivesse num lugar apenas dela, que ela podia ser ela mesma. Como se estivesse no seu próprio paraíso. Eu me sentia hipnotizado ao escutar sua voz. Ela tinha uma voz tão linda, tão encantadora e eu me sentia tão babaca por só agora descobrir isso.
Foi nesse momento que eu percebi, que eu entendi, como Demetria realmente se sentia quando estava falando sobre música. Quando falava que queria viver de música, mesmo que fracassasse (o que eu acho impossível). Ela nasceu para isso, para cantar! E com a voz que ela tem, acho impossível dela não fazer sucesso.
(Nota da autora: Separei três vídeos, caso vocês queiram imaginar a cena: Catch Me/ Don’t ForgetMy Love Is Like A StarHow To Love. Escolhi esses, porque amo esses lives, eles são a minha vida! Imaginem ela de cabelo vermelho).

Quando Demetria terminou a última música, os aplausos começaram e pareciam que não iam parar. E eu não pude deixar de aplaudi-la também. Ela abriu os olhos e sorriu abertamente para plateia. Acho que ela estava segurando para não chorar.
Assim que seus olhos me visualizaram, o sorriso dela se alargou mais ainda e eu não pude deixar de sorrir da mesma forma. Ver aquele sorriso, ouvir aquela voz e não sorrir, era impossível.
Quando, finalmente, os aplausos cessaram, Demetria começou a falar:
- Ah, muito obrigada. Não sei o que dizer de tantos aplausos. Só tenho a agradecer mesmo. E... Por hoje é isso. Até a próxima, ou melhor, até amanhã. – Várias “Ah” tristes soaram pela restaurante, o que fez ela rir. – Mas calma, minha colega, Shari, vai assumir o microfone agora e eu tenho toda a certeza que vocês irão ama-la. – Completou, recebendo risadas. – Boa noite e aproveitem. – Falou e levantou-se da banqueta.

Ela sumiu por alguns minutos, mas logo apareceu na escada do lado lateral do palco. Caminhou em direção a nossa mesa e parou ao lado do garoto loiro, Sterling, pondo sua mão no ombro dele.
- Boa noite! – Demetria falou animada e logo se sentou ao lado do rapaz, ficando de frente para mim.
- Boa noite. – Todos dissemos em conjunto.
- Você estava incrível! – Sterling falou, encarando-a. Ela sorriu.
- Obrigada, Ster. – Ster? Eles eram tão íntimos assim? Quem era ele, afinal? – Você veio, Trav... – Ela me encarou e seu sorriso aumentou em seu belo rosto.
- Eu disse que viria... – Retruquei, dando um pequeno sorriso de lado e bebericando minha bebida.
- Você deve ser a Jenny, não é? – Demetria perguntou, encarando Jenny.
- Sim, sou eu. – Jenny respondeu e sorriu. – Parece que Travis esqueceu de apresentar a namorada para irmã. – Completou divertida. Demetria riu.
- Não se preocupe, ele sempre fala muito bem de você. – Demetria falou simpática. O que eu perdi aqui? Encarei desconfiado e ela me encarou rapidamente, mas logo voltou seu olhar para Jenny.
- É? Que engraçado... Ele nunca me fala de você. – Comentou divertida. 
- Travis tem medo, porque me acha um pouco... – A interrompi.
- Agressiva. – Falei sério.
- Antissocial. – Corrigiu-me. Jenny riu. – Mas sou muito sociável quando quero e preciso. – Completou.
- Isso é bom... Acho que vamos nos entender bem. – Jenny falou animada.
- Ah, com certeza vamos nos entender muito bem... – Demetria concordou com aquele tom de deboche, que só eu consegui identificar.

Depois que Demetria se juntou a nós, decidimos pedir algo para comer, já que depois dali cada um iria para sua casa. Enquanto nossos pedidos não chegavam conversávamos. Quer dizer, eu tentava conversar civilizadamente com Sterling e Demetria conversava com Jenny, com toda a simpatia do universo. As duas pareciam se conhecer a muito tempo, riam juntas, pareciam ser melhores amigas de longa data.
Eu, na verdade, só queria correr dali. Porque, primeiramente: aquele Sterling era um saco, o papo dele era chato. Não sei como Demetria era amiga dele. E segundamente: Jenny e Demetria se tratando daquela forma me dava uma agonia terrível.
Eu sabia que toda aquela simpatia vinda de Demetria era puro fingimento, falsidade. Ela queria algo. Eu só ainda não sei o que. Porque se tratando de Demetria uma hora ou outra ela mostraria suas garrinhas e diria o que estava querendo com toda aquela conversa furada com Jenny.
- Das poucas conversas que Travis e eu tivemos sobre você, ele nunca me disse que você cantava tão bem. – Jenny falou. Encarei-a.
- Porque eu... – Demetria me interrompeu.
- É que, na verdade, eu nunca havia cantando na frente de Travis. Essa é a primeira vez. – Ela confessou.
- Por que? Ele é seu irmão! – Jenny falou.
- Acho que é exatamente por isso... Por sermos irmãos. Tem aquela coisa de querer se sair perfeita para não decepcionar a família, sabe?! – Demetria respondeu calma.
- Sua voz melhorou muito desde a última que te ouvi cantar. – Sterling comentou, entrando no assunto.
- Não faz muito tempo assim, Ster... – Demetria falou manhosa.
- Dois anos. – O loiro falou meio nervoso. Percebi Sterling olhar para baixo e depois olhar para Demetria, que sorriu maliciosa para ele. Não precisei somar dois mais dois para entender o que estava acontecendo ali. Afinal, era Demetria.
- De onde vocês se conhecem? – Perguntei, saindo do meu súbito silêncio. Encarei Demetria, esperando uma resposta dela.
- Texas. Estudamos na mesma escola. – Sterling respondeu.
- E o que você faz aqui em Los Angeles? – Perguntei, agora, encarando o garoto.
- Faço faculdade de medicina. – Respondeu tentando parecer calmo, enquanto me encarava.
- Medicina? Sério? – Perguntei surpreso, pela primeira vez na noite.
- Sim, sério. – Respondeu um pouco mais nervoso que antes.
- E qual seu ramo? – Perguntei. O garoto suspirou alto. Encarei-o desconfiado e meus olhos se direcionaram à Demetria, que continha aquele sorriso no rosto.
- É... Ah... Pediatra. – Respondeu.
- Você não tem cara de quem cursa medicina e muito menos de quem gosta de crianças. – Comentei um tanto ríspido. Demetria riu e me encarou.
- E você não tem cara de quem é designer gráfico, mas nem por isso. – Retrucou malcriada. Ela estava me desafiando.
- Demet... – Fui interrompido pelo garoto.
- Preciso ir ao banheiro! – Sterling falou um tanto quanto alto, levantando-se e pondo das mãos na frente da calça. Demetria o encarava com diversão, enquanto mordia os lábios.
- Está tudo bem com ele? – Jenny perguntou.
- Está sim. Só deve estar apertado, sabe... – Respondeu cínica.
- Falando em apertado, acho melhor eu ir ao banheiro também. – Jenny falou, levantando-se. Encarei-a caminhar em direção ao banheiro e quando ela já estava numa distância segura, encarei Demetria.
- Que merda você pensa que está fazendo? – Perguntei sério, mas com a voz baixa.
- Não estou fazendo nada, maninho. – Respondeu.
- Ah, não? E por que seu amiguinho saiu todo apressado da mesa? – Perguntei. Ela riu.
- Devia estar apertado, já disse. Você é surdo? – Perguntou.
- Você acha que me engana, não é, Demetria?! Não esqueça, que diferente de todos que estão nessa mesa, eu sou o único que lhe conhece muito bem. Sei bem o que estava fazendo com esse garoto. – Falei sério. Ela gargalhou alto.
- Não seja ridículo, Travis. Isso tudo é o que? Ciúmes? – Perguntou sarcástica. – Não se preocupe, porque se o caso for esse, eu também posso resolver seu problema... Já que a sua namoradinha tonta não resolve. – Falou.  Antes que eu pudesse lhe responder o rapaz e Jenny voltaram. Jenny estava perguntando a ele se estava tudo bem.
- Demi, Sterling me disse que está se sentindo mal. – Jenny comentou, sentando-se ao meu lado.
- Acho que foi algo que comi, mas estou melhor agora. – O rapaz falou, sentando-se ao lado de Demetria.
- Você quer ir embora? Podemos ir, se quiser. – Demetria falou, encarando-o.
- Você irá embora com ele? – Perguntei, tentando disfarçar minha raiva.
- Sim. – Respondeu, sem encarar. – Vou cuidar dele... – Completou e me encarou.
- Vocês podiam ir para o apartamento de Travis, ele vai dormir lá em casa hoje. – Jenny sugeriu. Deus, eu nunca cogitei a ideia de dar um saco numa mulher, mas nessa hora foi a primeira coisa que me veio a mente. Por que, diabos, ela foi abrir a boca?
- Por mim pode ser. – O garoto falou. Claro que  pode ser, é lá que você vai foder a minha irmã.
- Eu não acho uma boa ideia, sabe... Melhor não. – Tentei parecer educado.
- Por que não, Travis? O apartamento vai ficar vazio. – Jenny falou.
- Eu também acho que é uma boa ideia. Fica mais fácil e eu já tenho a chave mesmo. – Demetria falou e me encarava de um jeito debochado.
- Então, vamos? – O garoto perguntou.
- Vamos! – Demetria respondeu, levantando-se. – Não se preocupem, a conta já está paga. – Ela avisou.

Demetria se despediu de Jenny, lhe dando um abraço, e depois caminhou em minha direção, me abraçando. Senti sua boca em meu ouvido.
- Espero que a sua noite seja tão boa, quanto a minha. – Sussurrou e se afastou rapidamente.

Em poucos minutos Jenny e eu ficamos sozinhos na mesa, e não demoramos a ir embora. Assim que terminamos de comer, nos despedimos do garçom, que havia nos atendido, e fomos embora.

Durante o caminho até a casa de Jenny, ela foi falando como adorou conhecer Demetria, como nós dois éramos totalmente diferentes e como Demetria ficava fofa com Sterling. Eu mereço essa? Demetria fofa com Sterling? Só no mundo dela.
Agora eu era obrigado a ceder minha casa para minha querida irmã e seu namoradinho, enquanto eles fazem não sei o que lá, e ir para casa da minha namorada escuta-la falar como minha irmã ficava fofa com outro rapaz.

Estacionei o carro no outro lado da rua, assim que chegamos. Saímos do carro e eu o tranquei. Jenny me abraçou pela cintura e caminhamos assim até a entrada do prédio. Cumprimentamos o porteiro ao passar pela porta e seguimos nosso caminho até o elevador. Apertei o botão para chamar o elevador e o mesmo não demorou muito para chegar.

O elevador parou no andar que queríamos e nós saímos. Caminhamos em direção a porta do apartamento de Jenny, onde ela retirou sua chave da bolsa e abriu a porta. Entramos.

Duas e trinta da madrugada.

Acordei pela terceira na noite. Não estava conseguindo dormir e o motivo era Demetria. É claro que o motivo era ela. Sempre era ela.
Não parava de pensar nela e no que ela estava com aquele garoto em meu apartamento. Eu precisava ver.

Virei meu rosto e olhei para Jenny, que dormia profundamente. O lençol cobria seu corpo nu. Levantei e busquei minha cueca, que estava no chão do quarto. Vesti a cueca e todas as minhas roupas. Peguei meus pertences e saí do quarto.
Caminhei até a porta da casa, abrindo e saindo. Tranquei na chave a porta atrás de mim e segui em direção ao elevador, apertando o botão para chama-lo e aguardando o mesmo.

O elevador parou no andar do térreo e eu saí, caminhando rapidamente em direção á saída.
Atravessei a rua, caminhando até meu carro e trancando-o, quando me aproximei. Coloquei a chave na ignição e dei partida.

Como era madrugada, o transito estava calma e não demorei muito a chegar ao meu apartamento. Estacionei meu carro na garagem interna e saí do mesmo, trancando-o, em seguida.
Apertei o botão para chamar o elevador e o mesmo veio em segundos. Entrei e apertei o botão de meu andar. O elevador parou e eu saí.
Caminhei até a porta de meu apartamento e retirei a chave de meu bolso, abrindo a porta. Fechei a porta lentamente, para não fazer barulho, e tranquei. O apartamento estava tão quieto, que eu pude ouvir o barulho de gemidos. Senti meu sangue ferver e minhas mãos se fecharam em punho.

Segui em direção ao quarto de Demetria em passos lentos. A medida que eu ia me aproximando, os gemidos ficavam mais altos. A porta do quarto de Demetria estava aberta e não tinha ninguém ali. Não precisei pensar da onde estava vindo aqueles gemidos. Continuei caminhando até meu quarto, onde a porta estava entreaberta e que, na verdade, continha uma grande fresta na porta. Eu podia olhar com clareza minha cama e quem estava ocupando-a.
Paralisei na porta, assim que a vi ali. Não acredito que ela ousou fazer isso. Além de trazer esse pirralho ao meu apartamento, se atreveu a transar com ele na minha cama.

Demetria estava em cima do garoto, com as pernas de cada lado do corpo dele. Ela cavalgava em seu colo e seus seios se moviam de acordo aos seus movimentos. O garoto continha suas mãos na bunda dela, batendo nela com força. As veias do pescoço de Demetria estavam saltadas, seus olhos fechados e sua boca entreaberta, por onde saía aqueles milhares de gemidos.


Demetria abriu seus olhos e encarou diretamente para a porta, me encontrando ali. Ela me encarou e deu o sorriso mais malicioso que pôde. Eu deveria ter saído dali, mas não o fiz. Continuei parado, encarando-a. Ela mordeu seu próprio lábio inferior e passou suas mãos por seus seios. Ela estava me provocando...

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Terceira parte da short, finalmente, postada. Espero que vocês não estejam querendo me matar. Hahahahaha. Espero que gostem! Beijocas!

7 comentários:

  1. JESUSSSSSSSS
    Amei, serio, preciso de mais
    Pfvr

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  2. OMG!! sim eu estou querendo te matar como você faz uma coisa dessa comigo? Continuação looogo! Pfvr tipo pra ontem, Demetria ta arrasando kkkk' Na hora que ela ligou pra ele pq ele esqueceu da apresentação dela é de cortar o coração, ficou muito boa, me tocou, de vdd e esse final? Digno de vespera de feriado no meio de semana da novela das 9 (entendeu?eu digitei, tentei explicar só que ficou muito confuso então deixa no ar kkkkk) beijoos.
    Ass.: Cys

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  3. Meu Deus. Amando demais essa short
    Louca pela próximo. Não deveria mas adoro o Trav e a Demi, haha
    Beeijos :)

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  4. Caraca, tô boba. Mega anciosa pra saber oq o Trav vai fazer, kkkkkkkk. Demi deixando ele maluco.
    Parabéns pela short, muito boa mesmo
    Beeijinhos Milla :)

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  5. Poxa, não teve capítulo de quarta?
    Louca pela continuação. Posta logo, bjos

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  6. Oia eu aqui! Não pude deixar de comentrar nesse capítulo, está tão perfeito! Cara, foi de partir o coração na hora que ela liga pra ele. E esse final? Mds, tá ótimo! Demi tá arrasando! ♡

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