"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Capítulo 55: Não importa a distância que há entre nós.

Capítulo Anterior:
Me mataria por dentro. Escutei os passos dele se afastando e a porta foi aberta. Assim que escutei o som da porta se fechado abri meus olhos. E Trav não estava mais ali. Abri minha mão e vi que ele tinha deixado uma pulseira azul de pedrinhas. Era a pulseira favorita dele. 




Demi’s POV

Capítulo dividido:
Parte III.

Domingo, dez e doze.

Acordei com os raios de sol em meus olhos, que entravam da pequena janela do barco. Assim que minha visão entrou em foco, olhei para o outro lado cama da vi que estava vazio. Levantei lentamente e peguei minha mochila. Dei alguns passos e entrei no banheiro, onde escovei meus dentes e fiz minha higienização matinal. Vesti um maiô preto, que tinha um decote V, e coloquei meu vestido azul marinho de ombro-caído por cima. Amarrei meus cabelos em um rabo e calcei minhas sandálias de dedo. Voltei ao quarto e coloquei minha mochila onde estava antes. Saí do quarto e subi os curtos degraus da escada, procurando por Nicholas.
Encontrei-o na cabine de comando. Ele me viu pela janela, sorriu e acenou. Sorri e caminhei em direção á ele. Entrei na cabine e abracei-o por trás, segurando sua cintura.
- Bom dia. – Falei manhosa, lhe dando uma mordida nas costas.
- Bom dia! – Falou sorridente. – Você deve está com fome para estar me devorando dessa maneira. – Falou divertido.
- Até que não... Já te devorei você ontem mesmo. – Falei divertida. Ele gargalhou.
- Acho quem devorou quem foi eu né... – Retrucou em meio de risos. Mordi-o novamente.
- Sinto fome, me alimente! – Falei, com uma falsa autoridade.
- Nossa, por que tudo isso? – Perguntou, virando-se e ficando de frente para mim.
- Porque senão mais tarde não vou ter forças para brincar com você. – Respondi, sorrindo maliciosa. Ele gargalhou mais uma vez. Já falei o quanto a gargalhada dele é gostosa de ouvir? Então, é sim.
- Opa, é pra já, então! – Falou, me abraçando pelo ombro e saindo da cabine junto comigo. – Não quero deixar minha menina com fome. – Ri.

Caminhamos até o deck do barco, onde a mesa estava posta. Sentamos um ao lado do outro e começamos a nos servir. Havia suco, café, pães, torradas, bolo e pão-de-queijo. Ah, ele havia lembrado que eu adoro pão-de-queijo.
- Aw, que fofo, você lembrou que eu gosto de pão-de-queijo! – Falei, mordendo o pão.
- Como poderia me esquecer?! – Ele falou óbvio. Ri.
- Então, o que vamos fazer mais tarde? – Perguntei, servindo meu copo de suco.
- Estava pensando em irmos à ilha e ficarmos por um tempo. Lá tem uma pequena cidade que é sempre bem visitada. Queria te mostrar o lugar. Podemos passar o restante do dia lá. – Respondeu empolgado. – E também uma cachoeira incrível, você vai adorar. Dizem que é o lugar perfeito para casais românticos. – Completou.
- Hm... Eu topo! Por mim está perfeito! – Falei sorridente. – Mas nós não somos um casal romântico. – Falei divertida. Ele gargalhou.
- Realmente não somos. – Concordou. – Estamos mais para um casal problema com um apetite sexual insaciável. – Completou, sorrindo malicioso. O chutei por baixo da mesa. – Ai! – Reclamou. – Que é? Você sabe que não estou mentindo! Nosso apetite sexual é insaciável e isso não é algo ruim. Muito pelo contrário. – Defendeu-se. – Posso até dizer que somos bem selvagens. – Ri.
- Nicholas, quanta besteira você fala quando está sem terno e gravata. – Falei risonha.
- Ué, você quer que eu converse contigo sobre negócios? Eu até posso fazer isso, mas aposto que tu vai dormir na primeira chance. – Falou divertido. Continuei rindo.
- Não, não quero não. – Falei. – Só não quero que fique falando do nosso “apetite sexual insaciável” e o quanto somos “selvagens”. – Pedi. – Só quero tomar meu café da manhã em paz, posso?!
- À vontade, senhorita Lovato. Quem sou eu pra ficar entre você e seu café da manhã? – Perguntou divertido. – Mas eu estou certo sobre nosso apetite sexual insaciável e a selvageria. – Resmungou. Ri.
- Como eu sei que você não vai calar a boca até eu concordar com você... Sim: nós temos um apetite sexual insaciável e somos selvagens na hora da foda! – Falei divertida, mordendo o pão.
- Uau! “Na hora da foda” – Me imitou rindo. – Adoro garotas que falam palavrões, é sexy! – Falou.
- Se você não deixar eu tomar café em paz, posso ser muito mais selvagem! – Ameacei.
- Adoro garotas selvagens! – Falou e mordeu o lábio inferior, de um modo engraçado. Que eu achei muito sexy, para ser sincera.

Depois que tomamos nosso café, Nicholas velejou até o porto das embarcações. Colocou seu barco junto com os outros os barcos. Assim que saímos, um homem alto veio em nossa direção e Nicholas começou a conversar com ele, resolvendo os assuntos sobre o barco.
Quando tudo foi resolvido, Nicholas me abraçou pelo ombro e começamos a caminhar.
- Onde você vai me levar primeiro? – perguntou, enquanto caminhávamos.
- Hm, não sei. – Respondeu risonho.
- Vamos pra cachoeira, então. – Pedi. Ele sorriu.
- Sim, mas antes vamos ao hotel. Fiz uma reserva. – Falou.
- Sabe que eu tenho que ir embora hoje, não é? – Perguntei séria.
- É claro que eu sei, chatinha. Mas fiz só por precaução. – Respondeu. – Trouxe sua bolsa? – Perguntou.
- Sim, chatinho. – Respondi risonha. Ele riu.

O hotel onde Nicholas fez reserva era bem simples, mas também muito bonito e confortável. Ele ficava bem em frente à praia e aquilo já fez com que eu me apaixonasse. Os funcionários dali já pareciam conhecer Nicholas. Percebi isso pelo jeito que eles se tratavam. Eram como conhecidos. Deixei minha mochila no quarto e peguei só que precisaria. Como sou uma pessoa muito bem prevenida, trouxe uma outra bolsa menor, caso precisasse sair. Saímos do hotel e somos em direção ao centro turístico da cidade. Nicholas foi me contando sobre cada lugar, ele sabia muito bem sobre cada local. Parecia até um verdadeiro guia.
Ele me mostrou um dos seus lugares favoritos, um pequeno museu de barcos. Me contou a história de seu padrinho, que era um designer de barcos e que quando era muito novo, adorava passar horas com seu tio enquanto ele contava histórias sobre o mar e que muitas vezes os dois passeavam juntos ou sumiam por dias, deixando os pais de Nicholas preocupados. O museu era lindo!
Também conhecemos outros lugares, como um parque de pedras preciosas. Nicholas confessou que ali também era seu lugar favorito, pois lembrava muito do seu trabalho e o fazia lembrar o porque dele gostar tanto de uma trabalhar numa empresa de joias. Havia ali algumas pedras brutas, mas mesmo assim elas eram lindas. Depois continuamos visitando os melhores locais da cidade. Eu estava adorando tudo!

Duas horas da tarde.

Finalmente havíamos parado para comer. Estávamos tão empolgados visitando a cidade que esquecemos que comer, mesmo com nossos estômagos reclamando de fome. Íamos almoçar no restaurante do hotel, mas como estávamos longe, resolvemos almoçar por ali mesmo. Sentamos numa mesa do lado de fora, onde batia um vento gostoso. O dia estava quente e ali foi um bom lugar.
- Estou adorando esse lugar. Tudo é tão simples e tão maravilhoso! – Falei sorridente. Ele sorriu, retirando o óculos de sol.
- Estou feliz que esteja gostando. Esse lugar é muito importante para mim. – Confessou, segurando minha mão. Seu olhar ficou triste de repente.
- Por que? – Perguntei, encarando-o séria.
- Porque foi o último lugar em que estive com meu padrinho. – Respondeu. – Ele ficou com câncer no pulmão e acabou não resistindo ás sessões de quimioterapia. – Explicou. Seu olhar ainda triste e eu quis abraça-lo.
- Sinto muito. – Falei, apertando sua mão.
- Tudo bem. – Sorriu de lado. – Ele me disse que estava em paz, pois mostrou o melhor da vida para mim. Ele era viúvo, sua mulher faleceu no parto junto com o bebê, e ele acabou não querendo mais nada com ninguém. Ele tinha suas namoradas, mas não era nada sério. E eu era como um filho para ele e ele, de uma forma ou de outra, era como um pai para mim. Fico feliz por ele ter tido tempo de ter me mostrado esse lugar. Era o lugar favorito dele. E se tornou o meu também. – Falou, com um sorriso sincero no rosto. – E eu estou feliz por estar te mostrando esse lugar. – Completou. Sorri.
- Estou feliz por estar aqui. – Falei.

Quando terminamos de comer, voltamos ao hotel onde descansamos por mais ou menos uma hora e meia. Depois de eu insistir tanto, Nicholas resolveu que já era hora de nós irmos à praia. Nem precisei me arrumar, apenas peguei minha bolsa e fomos. O hotel tinha um pequeno portão, na área da piscina, que dava direto para praia. Passamos por ali e, pronto, estávamos na praia. Sentamos numa espreguiçadeira, onde coloquei minha bolsa e logo levantei, enquanto Nicholas continuou sentado. Ele retirou sua camisa vermelha, vestindo apenas de calção de banho preto.
- Vamos pra água! – Falei, o cutucando.
- Há última vez que entrei na água com você, fiquei de pau duro e tive que bater umas pra aliviar. – Falou, fazendo uma careta. Gargalhei alto. Lembrando do nosso primeiro final de semana juntos.
- Ah, Nick, vamos, por favorzinho. – Falei manhosa, juntando as mãos. – Prometo que desta vez vou me comportar. – Sorri meiga. Ou tentando ser.
- O que você não me pede sorrindo que eu não faço chorando, não é? – Falou, levantando-se.
- Êh! – Falei empolgada, batendo palmas. Abracei-o e lhe dei um selinho.
- Ah, se vai me beijar, me beija direito. – Agora quem falou manhoso foi ele. Ri.
- Você quer um beijo? – Perguntei, desfazendo o abraço. Ele assentiu com a cabeça. – Então, venha me pegar. – Falei e saí correndo.

Corri o mais rápido, mas é óbvio, que minhas pernas curtas não tiveram como competir com as pernas grossas, firmes e longas de Nicholas. Então, ele me alcançou facilmente. Ele me abraçou por trás, pela cintura, me ergueu do chão, girando seu corpo junto com o meu, enquanto me abraçava e distribuía beijos e mordidas em minhas bochechas. Eu ria escandalosamente, sem me importa com o que os outros iriam pensar. Eu finalmente estava feliz. Feliz por estar com o homem que eu amava e sinceramente não estava me importando se estava mentindo. Eu apenas estava sendo feliz com quem amava.

Quando Nicholas me soltou, subi em suas costas e ele entrou no mar comigo desta maneira. Ficamos lá por um bom tempo e depois quando saímos ainda estávamos animados e eu estava louca para ir à cachoeira e claro que Nicholas me levaria. Nem mesmo passamos no hotel, apenas pegamos nossas coisas e caminhamos em direção à cachoeira.


Depois de quase uma hora chegamos à cachoeira e havia várias pessoas ali. Havia mais casais, de todas as idades, mas também havia amigos juntos. O lugar era lindo! A água era tão cristalina, que se era possível ver o que estava debaixo d’água. O lugar era repleto de árvores bonitas, deixando o local ainda mais natural e maravilhoso. Fiquei encantada. Deixamos nossas coisas num canto e entramos no lago onde caía a água da cachoeira. Fomos até onde a caía a água e ficamos embaixo, recebendo aquela “chuveirada”.
Comecei a ter um ataque de risos enquanto a água caia com força em cima de nós. Nicholas ficou me olhando por alguns minutos sem entender e depois começou a rir junto comigo. Ou rindo de mim, não sei ao certo, mas não me importei. Apenas estava rindo feito uma criança. Eu estava muito feliz.
- Estou muito feliz por estar aqui contigo. – Falei sorridente, encarei-o fixamente. Envolvei meus braços em seu pescoço. Ele sorriu.
- Você é a mulher mais incrível que eu já conheci, independente da sua idade. Só quero que saiba que não importa a distância que há entre nós, eu sempre vou te amar e meu coração sempre será seu. – Ele falou, segurando meu queixo. Eu tive vontade de chorar, mas me contive.

Aproximei meu rosto do dele e uni nossos lábios rapidamente. Minha língua deslizou lentamente para dentro de sua boca, em busca da sua e quando encontrando-a, entrelacei nossas línguas numa lentidão sem fim. Aquele beijo era diferente dos outros. Ele era lento, doce e eu tentava transmitir todo meu amor nele. Eu amava tanto aquele homem e estava feliz que achava que iria explodir, por não saber se caberia tanto amor e tanta felicidade numa pessoa só.
- Eu amo você! – Falei entre o beijo. Ele sorriu e mordeu lentamente meu lábio inferior. 

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Terceira e última parte do capítulo 55 postada! Tentei fazer algo bem fofinho (o que é bem difícil pra mim, na minha opinião) e espero que vocês gostem. Esse é um dos meus capítulos favoritos e espero que também seja o de vocês. Hahahahaha. Eu tinha aviso para dar, mas acabei não dando e acho melhor também não dar cedo, mas não era nada importante, então, nem se preocuopem. Enfim. Espero que gostem e comentem! Até sexta-feira que vem! 

6 comentários:

  1. MEU DEUS QUE PERFEITOOOOOOOOOOOO
    Não tem como definir a perfeição desta fic, eu simplesmente estou viciada nela, eu fiquei desde ontem as 11 da noite lendo, li até 5 e pouca da manhã, e agora finalmente cheguei aqui, sua fic é muito perfeita.
    Eu chorei no lugar dela, pelas palavras dele.
    Continua por favor.
    E você podia postar no Socia Spirit também... enfim..

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  2. Oooownt!! ಥ_ಥ
    Capítulo mais que perfeito. Apaixonada por essa fic !!!!

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  3. Não existe difícil pra você, sério. Ficou ótimo, declarações perfeitas, tudo, lugares, histórias, sentimentos.. Você escreve super bem e eu não canso de dizer isso, e incrível como eu consigo visualizar as cenas, as mudanças de locais bem descritas, não fica confuso, realmente um talento e tanto que você tem.
    E essa sexta que não chega ein.. que dia é hoje? Terça ainda? Corre semana.. beeeijos
    Ass.: Cys

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  4. P.s.: Posso até não ficar preocupada, mas que eu tô curiosa com esse aviso aaah isso eu tô kkk. Q Saudades eu tava do blog, eu acabei de chegar de viagem e a primeira coisa que eu fiz foi colocar o cel pra carregar, ligar a Internet e entrar no blog.. saudades define, vício também kkk. Até sexta. :*
    Ass.: Cys

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  5. Tô apaixonada nessa fase love demais. Tá perfeito demais. Louca pela continuação.
    Beeijinhos Mila

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