"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Capítulo 70: Vamos voltar a fingir que nos amamos.

Capítulo Anterior:
Estava agradecendo por ter me entendido com Selena, pois só ela conseguiria me pôr pra cima da maneira Selena de ser. E era exatamente disso que eu precisava: uma tarde inteira com minha melhor amiga. 



Capítulo divido:
Parte II. 

Nick's POV

Ver Demetria ali, me pegou de surpresa, eu não soube o que fazer. Em momento nenhum Dianna me falou que traria sua filha. Ela estava malditamente maravilhosa! Não consegui tirar meus olhos dela quando me sentei á mesa. Não estava nem prestando atenção no que a voz irritante de Olívia dizia.

Segui Demetria com os olhos no momento em que ela disse que iria ao bar beber. Ela sentou-se no banco e ficou lá. Tentei me distrair e conversar com Eddie. Ele é um homem muito bom e fico feliz por ele e por Dianna, eles pareciam felizes. Ficamos conversando vários assuntos, até que fomos interrompidos. Encarei os homens que estavam em pé, na frente de nossa mesa, e reconheci um deles. Joseph. Ele estava ao lado de Rob Adam, um dos meus sócios. 
- Nicholas, Eddie! – Rob nos cumprimentou. Sorrimos e apertamos sua mão.
- É uma honra tê-lo aqui. – Falei serio. 
- Não faltaria o jantar da empresa em que sou sócio, não é mesmo?! – Falou divertido. – Ah, esse é meu sobrinho, Joseph. – Encarei Joseph, que me encarava com desdém. Apertei sua mão e Eddie fez o mesmo. 
- Está lapidando outro diamante bruto, Rob? – Eddie perguntou divertido. 
- Você sabe como eu sou, Eddie. Não posso perder tempo. – Rob respondeu risonho. 

Joseph cumprimentou Dianna, que parecia surpresa ou curiosa ao vê-lo, e Olívia, que parecia meio aérea a tudo. Depois que tiramos algumas fotos, Joseph se afastou de nós, dando a desculpa que reconheceu alguém no bar (e eu já sabia quem), enquanto Rob continuou conversando com nós por um tempo e depois se despediu e foi para sua mesa. 
Olhei em direção ao balcão e vi Demetria conversando e rindo animadamente com Joseph. Minha vontade era de ir lá e perguntar que porra ela estava fazendo. Ela ficou louca e esqueceu o que ele fez pra ela? Bem, eu não havia esquecido. 
- Vamos dançar? – Escutei a voz de Olívia, me tirando dos meus devaneios. Suspirei fundo. Ótimo, agora teria que dançar com ela uma porra de uma música romântica. 
- Claro. – Respondi, sem animo. 

Olívia e eu levantamos e caminhamos em direção á pista de dança. Havia outros casais dançando ali. Peguei na sua mão e a minha outra mão livre foi parar em sua cintura, enquanto sua outra mão livre foi parar em meu ombro. Comecei a conduzi-la e começamos a nos mover lentamente. 
- Demetria parece muito bem sem você. – Olívia comentou sarcástica. 
- Eu espero mesmo que ela esteja. A última coisa que eu quero é vê-la sofrer. – Retruquei sério. Não estava encarando Olívia, meus olhos estavam direcionados para outro lugar, precisamente em Demetria. 
- Você não faz nem questão de esconder que está infeliz, não é?! – Perguntei indignada. 
- Certas coisas eu não posso evitar, caso contrário, meu relacionamento com Demetria ainda existiria e eu não estaria por aí, dizendo que vou me casar com você. – Respondi frio. 
- Relacionamento? Por favor, Nicholas. Não me faça rir. – Falou. 
- Não encha a porra do meu saco, Olívia! – Falei meio irritado. 
- Não seja mal educado, Nicholas. – Falou debochada. – Sabe o que eu quero que você faça? – Perguntou. Antes de eu responder ela continuou: – Quero que quando você for falar sobre a coleção, dedique as joias que fez a mim. – Respondeu. 
- O que? – Perguntei meio alto. Alguns olhares foram atraídos para nós. 
- Foi exatamente o que você ouviu. E faça direito e bem bonitinho. Finja que me ame. – Falou e me deu um beijo no rosto. 

Olívia se afastou de mim e caminhou de volta em direção á mesa. Fiquei alguns minutos parado, sozinho, no meio da pista enquanto todos dançavam, absorvendo a informação de que eu teria que homenagear minhas próprias joias para ela. Fechei meus olhos e suspirei fundo. 
Abri meus olhos, depois de alguns segundos, e a primeira coisa que vi foi Demetria rindo com Joseph. Caminhei em direção aos dois. 

- Se importa se eu rouba-la por alguns instantes? – Perguntei, assim que me aproximei dos dois. 
- Hm... – Joe pensou. – Claro que não, senhor Jonas. – Respondeu educadamente e piscou para Demetria. 

Peguei na mão de Demetria, sem nem ao menos me importar com sua resposta. Caminhei com ela até a pista de dança e uma música calma e romântica começou a tocar. Uma de minhas mãos de foi para na cintura dela e a outra peguei em sua mão. Sua mão livre foi parar em seu ombro direito. Ela ainda não me encarava, estava olhando para baixo, como se estivesse com medo de olhar para mim e aquilo me matava por dentro. Queria poder olhar em seus olhos. Comecei a conduzi-la e começamos a dançar, movendo nossos corpos lentamente.

- Joseph parece estar muito bem. – Falei frio. No fundo eu sabia que estava morrendo de ciúmes dessa aproximação repentina dela e de Joseph. Ela suspirou antes de me encarar. Senti minhas pernas vacilarem ao encarar seus olhos, pois eles demonstravam indiferença, mas também sofrimento. E eu não sabia qual era o pior sentimento. Eu não estava feliz. Eu queria sair correndo dali, com Demetria em meus braços. Queria poder lhe contar a verdade e ter a minha menina em meus braços novamente. 
- É, ele está ótimo! – Ela concordou sem emoção na voz. 
- Você está maravilhosa! – Falei, encarando seus olhos fixamente. 
- Obrigada, senhor Jonas. – Agradeceu, ainda sem emoção na voz. 
- Vamos deixar a formalidade, Demetria. Sabemos que não precisamos disso. – Falei, querendo trocar aquele papo furado. 
- Eu não sei de nada relacionado ao senhor. Aliás, nem sei por que me convidou para dançar. Sua noiva não deve estar gostando de ver o senhor dançando com outra mulher. Quer dizer, com uma criança, que não serve para você. – Ela retrucou raivosa. Não consegui esconder minha cara de tristeza ao escutar aquilo. 
- Você sabe como estragar um clima. – Falei sarcástico, fingindo que estava tudo bem. 
- E você sabe como estragar tudo. Sabe como enganar as pessoas, iludi-las e magoa-las. Quer coisa pior que isso? Acho que não tem! – Retrucou novamente com raiva. Doía ouvir aquilo, porque eu queria contar a verdade para ela. Só Deus sabe como eu queria. 
- Não fale isso. – Falei tentando me manter calmo. Eu estava triste com aquela situação toda e não conseguia esconder isso e Demetria parecia gostar de me ver sofrer. 
- Não irei falar mais nada. – Falou se afastando brutalmente de mim e caminhando até o banheiro feminino.

Continuei parado na pista de dança, encarando Demetria caminhar até o banheiro e sumir do meu campo de visão. Caminhei até o bar e pedi a bebida mais forte que eles tinham. Não demorou muito e o barman trouxe meu pedido. 
Olhei para o lado e encontrei Joseph ali. Ele me encarava de um jeito debochado. 
- Perdeu alguma coisa? – Perguntei ríspido, dando um gole em minha bebida. 
- Eu não, mas você sim. – Respondeu sarcástico. Ótimo, agora teria que aguentar esse babaca tirando com a minha cara. 
- Como se ela quisesse você... – Comentei debochado. 
- Mulheres carentes nunca dizem não. Demetria não será diferente. – Ele retrucou. Vi Olívia levantar e caminhar em direção ao banheiro.
- O único problema é: Demetria é diferente. Mas é claro que você não sabe disso, porque se soubesse estaria com ela até hoje – Falei esperto, deixando meu copo em cima da bancada de vidro e me afastando. 

Caminhei em direção ao banheiro e quando cheguei á porta do banheiro feminino escutei as vozes de Demetria e Olívia. Não conseguia acreditar que Demetria estava falando tudo aquilo. Está certo que ela estava falando aquelas coisas, pois estava com raiva de mim, mas de qualquer maneira me doía ouvir aquilo. Eu a amava. Apesar de todas as coisas que eu fiz ou disse, eu a amava mais que qualquer coisa.

A porta se abriu e ela deu de cara comigo. Sua expressão se tornou assustada, mas logo se tornou séria, indiferente. E aquilo me fodia! 
- Eu escutei tudo. – Falei, encarando-a nos olhos. 
- E dai? Quer que eu me sinta culpada por falar o que penso de você e da sua noiva? – Ela falou simplesmente. Segurei seu braço, quando ela fez menção de se afastar.  
- Demetria, as coisas nem sempre são como você pensa. – Falei serio. 
- Jura? Não me importo. – Retrucou. Uma música agitada começou a tocar. – Agora, com licença, senhor Jonas. Uma das minhas músicas favoritas está tocando. – Falou puxando seu braço e se afastando de mim. 

Fui obrigado a vê-la se afastar de mim, vê-la indo mais uma vez. Ela se aproximou de Joe e ficou dançando com ele. 
Senti uma mão em meu ombro direito e virei meu rosto para o lado. Encontrei Olívia ali, com um sorriso vitorioso, mas ela não estava me encarando. Seu olhar se direcionava á pista de dança, em Demetria e Joseph. 
- Mesmo quando você leva umas patadas de uma adolescentizinha de dezessete anos, você não tira esse maldito sorriso do rosto, não é, Olívia? – Perguntei debochado. 
- Nunca. – Respondeu. – Nós, mulheres, temos que nos mostrar fortes mesmo quando estamos sofrendo. – Comentou fria e me encarou. Encarei-a confuso, senti uma leve indireta nessa frase. 
- O que quer dizer com isso? – Perguntei. Ela me encarou e riu brevemente. 
- Demetria não está tão forte como você pensa. Apesar de suas palavras, ela está destruída por dentro. Então, não se sinta tão mal por ouvir as palavras frias da pirralha. – Respondeu e me encarou. 
- E por que você está me dizendo essas coisas? – Perguntei desconfiado. 
- Porque gosto de saber que você está sofrendo ao saber que ela sofre. – Respondeu superior e sorriu da mesma forma. – Agora, vamos voltar a fingir que nos amamos e vamos para nossa mesa. – Mandou, entrelaçando seu braço ao meu. 

Caminhei com Olívia grudada em mim até a nossa mesa e logo nós juntamos a Dianna e Eddie, que estavam no maior chamego. 
Dianna e Eddie começaram a conversar com Olívia (Dianna às vezes dava umas patadas em Olívia que eram dignas de um prêmio, eu até aplaudiria de pé) e eu fiquei meio aéreo a tudo. Estava olhando em direção á pista de dança. Demetria dançava com Joseph. Percebi que em certos momentos ela se segurava para não dançar daquele jeito sensual e promíscuo, que só ela sabia, mas em outros ela dançava sem pudor algum, sem se importa onde estava, com quem estava e quem estava olhando-a. Dianna olhava Demetria com diversão, orgulho. Talvez tenha ficado feliz em ver que sua filha fez a alegria da noite. E eu estava hipnotizado por ela, como sempre. 
Eu só não gostava do fato de ver Joseph dançando com ela. Vendo-o tocar nela daquela maneira, vendo seus olhos comendo-a sem nem tentar disfarçar e ver aquele sorrisinho filho da puta em seu rosto. Certas vezes ele me encarava, porque sabia que eu estava olhando-os. E isso me deixava possesso! Eu estava puto de ciúmes, sim! 
- Minha filha dança bem, não acha, senhor Jonas? – Dianna perguntou, encarando-me e me tirando dos meus devaneios com Demetria. 
- Muito! – Respondi, um tanto quanto animado. Ela sorriu. 
- Acho esse tipo de dança tão vulgar. – Olívia falou cheia de inveja. 
- Vulgar? Demetria é jovem e tem um corpo lindo, dança muito bem e tem que mostrar isso. Mas você não entenderia, Olívia. Afinal de contas o tempo de você fazer isso já se passou. – Dianna retrucou calma. Como eu amo essa mulher! Dianna heroína! 

O DJ anunciou que o jantar seria servido e colocou uma música ambiente. Vi Demetria se despedir de Joseph e logo veio caminhando em direção a nossa mesa. Assim quer ela sentou-se em seu lugar, não fiz questão de olhá-la. Ainda estava tentando digerir ela ter deixado Joseph tocado nela depois de tudo. Eu estava com ciúmes e foda-se!

O DJ fez um outro anúncio, assim que todos terminaram de comer. Falou que daqui a pouco o presidente-chefe (vulgo eu), subiria ao palco para fazer um discurso. 

Dianna levantou e foi até o palco, chamou o meu nome e eu me levantei, recebendo vários aplausos, e caminhei até o palco. Comecei a falar sobre a empresa, como todos trabalhavam bem e como todos eram uma equipe eficiente, de muito respeito e admiração. Minha empresa era uma das melhores e eu sabia disso. Sabia o valor e respeito que nós tínhamos no mercado e sabia ainda mais valorizar cada funcionário de minha empresa, sabia valorizar seu merecido trabalho. Enquanto eu falava tudo isso, um telão enorme era transmitido atrás de mim, com fotos e informações. Depois dessa bela introdução, relevei a grande surpresa: a coleção de novembro. Como se ninguém soubesse, não é mesmo?!
Agradeci os sócios e acionistas. Agradeci também as equipes de designers e o restante das pessoas que trabalhavam na impecável produção das joias. 
- Nesse meio tempo eu acabei criando algumas peças, que entraram para coleção nova, e eu gostaria de dedica-las a mulher que eu amo, minha futura esposa, Olívia. – Falei sério. Não conseguia fingir que estava feliz, pois eu não estava. Porra, eram as peças que eu mesmo havia desenhado e feito e eu não queria homenageá-las a uma pessoa que estava me chantageando. Queria homenageá-las a alguém que fosse realmente importante em minha vida e que eu amasse. 

No momento em que eu ia caminhar para descer do palco, Olívia levantou-se e veio caminhando em minha direção. Ela subiu no palco e se aproximou de mim, me agarrando e me beijando. Senti vontade de vomitar, como em todas as vezes que ela me beijava na frente da alguém. 

No momento em que Olívia separou nossos lábios vi Demetria caminhar para fora do salão com Eddie.  Agarrei a mão de Olívia e caminhei com ela, descendo pela escada lateral do palco. Caminhamos em direção a nossa mesa e sentamos nos nossos lugares. Olívia começou a falar no meu ouvido o quanto estava orgulhosa de mim, por eu estar fazendo tudo o que ela estava mandando, enquanto sorria de uma forma maliciosa nojenta. Minha vontade era de manda-la ir à merda (ou coisa pior). 
Observei Demetria entrar novamente no salão com Eddie, ela carregava uma mochila. Diferente de Eddie, Demetria não voltou a se sentar na mesa junto conosco, ela caminhou em direção ao banheiro. 

Depois de tanto ouvir as besteiras que Olívia falava, levantei e caminhei em direção ao banheiro. Ao chegar no corredor do banheiro vi Demetria e Joseph conversando. Me escondi atrás de uma das colunas e fiquei escutando a pequena discussão deles.
Minha vontade era de ir até Joseph e quebrar a cara dele, mas Demetria merecia isso. Ela tinha voltado a ser amiguinha dele, não tinha?! Então, ela provaria do próprio veneno novamente. Porém, se ele fizesse algo pior que só falar, eu não me controlaria. Partiria para cima dele!
Quando o vi agarrando o braço, quase pulei em cima dele, mas Demetria soube contornar muito bem a situação. Joseph a soltou e se afastou dela. Ela me viu e me encarou surpresa. Talvez até assustada. 
Encarei-a com indiferença e saí dali como se nada tivesse acontecido. Caminhei de volta a mesa e me sentei ao lado de Olívia novamente. 
Em poucos minutos Demetria apareceu novamente e se despediu de todos nós, antes de caminhar para fora do salão. Não ousei olhei-la. Estava sentindo raiva. Mas não sabia se era dela ou de Joseph.
Segundos depois vi Joseph se despedir de seu tio e caminhar para fora do salão. 

- Acho que não estou me sentindo bem. – Falei, fingindo tossir. Dianna, Eddie e Olívia me olharam preocupados. 
- O que você tem, meu amor? – Olívia perguntou. Ela realmente parecia preocupada. 
- Não sei. Só não estou me sentindo bem. – Menti. – Acho melhor eu pegar um ar lá fora. – Falei, me levantando. 
- Eu vou com você. – Olívia falou. 
- Não, Olívia. – Falei ríspido. – Vou sozinho. – Me afastei e caminhei para fora do salão. 

Quando cheguei ao lado de fora, vi Joseph pegando seu carro com manobrista, mas ele não me viu. Assim que Joseph se afastou com seu carro, chamei o segurança que estava ao lado da porta. 
- Você sabe dirigir? – Perguntei, encarando-o. Ele parecia ser mais novo, seria mais fácil de convencê-lo a fazer o que eu queria. 
- Sim, senhor Jonas. – Respondeu. Ótimo, ele sabia quem eu era. Isso ajudaria ainda mais. 
- Faça um favor para mim e eu lhe pagarei bem. – Falei sério. Ele assentiu com a cabeça. – Sabe garota loira que saiu daqui? – Perguntei. Ele assentiu com a cabeça novamente. – Ótimo. Aquele rapaz que saiu agora daqui, foi atrás dela, quero que você os siga e ás duas horas da madrugada em ponto, você volte e me diga a onde eles estão. – Mandei. – Pegue meu carro com o manobrista. Se você correr rápido o suficiente irá alcançá-lo. – Entreguei minha chave a ele. Ele pegou a minha chave e deu ao manobrista, que não demorou a trazer o carro. 
Assim que o segurança entrou em meu carro e arrancou com velocidade para longe dali, voltei para dentro do salão. 

- Você está melhor? – Perguntou Dianna. Assim como Olívia, ela também parecia preocupada. 
- Estou. Acho que a comida não me fez muito bem, não sei. – Respondi. – Estou melhor, não se preocupem. – Falei calmo. 

O restante do jantar foi um saco. Os acionistas e sócios fizeram seus discursos, agradecendo tudo e a todos, dizendo como estavam felizes por participarem da empresa e terem um resultado satisfatório. 
Tive que ficar aturando Olívia falando sem parar sobre o que gostaria de fazer no nosso casamento. Dianna não parecia nenhum pouco interessada. Eddie e eu conversávamos sobre negócios a maior parte do jantar, depois conversávamos sobre esportes. 

Duas horas da madrugada. 

O segurança, que eu havia conversado mais cedo, chegou exatamente no horário que eu havia mandado. Olívia já estava entediada, então, não precisei falar muito pra convencê-la a ir embora. Nós despedimos de Dianna e Eddie e dos demais convidados (importantes). Ela entrelaçou seu braço ao meu e caminhamos para fora do salão. Ao chegar no lado de fora vi o tal segurança. Peguei a chave do meu carro com ele e abri a porta do passageiro para Olívia entrar. 
- Onde eles estão? – Perguntei sério, antes de entrar no carro. 
- Está na boate Exchange LA, senhor. A garota também está lá. Cheguei a tempo e vi quando entrou. O rapaz entrou minutos depois. – Respondeu sério. 
- Certo. Passe segunda-feira na minha empresa e nós nos acertaremos. – Mandei, lhe entregando meu cartão pessoal. Ele apenas assentiu. 

Entrei no carro e coloquei a chave na ignição, dando partida e saindo dali numa velocidade absurda. 
- O aquele segurança queria? – Olívia perguntou, durante o caminho até sua casa. 
- Um emprego. Me reconheceu e falou algo sobre ele. – Menti, concentrado no trânsito. 
- E por isso ele estava com seu carro? – Perguntou sarcástica. Bufei. – Ok, Nicholas. Eu já tenho tudo o que quero de você, não vou ficar implicando nos seus segredinhos. – Completou séria. 
- Agradeço gentilmente. – Agradeci sarcástico. 

O restante do caminho até a casa de Olívia foi um silêncio, não trocamos mais nenhuma palavra e eu agradeço por isso. Sem demoras cheguei a sua casa. Digamos que o trânsito estava bem calmo para uma sexta-feira. 
Olívia desceu do carro sem dizer um aí e eu nem fazia questão que ela dissesse mesmo. Fiz a volta e dirigi até minha casa. Eu iria em casa trocar de roupa e depois iria a tal boate que Demetria estava. Não seria nada discreto eu chegar a uma boate de smoking. 

Demorei um pouco mais para chegar em casa, mas quando cheguei estacionei o carro do outro lado da rua e saí. Atravessei a rua e caminhei em direção ao meu prédio. Entrei e cumprimentei Bob. Fui em direção ao elevador, apertando o botão para chamá-lo e em poucos minutos o mesmo estava abrindo a porta em minha frente. Entrei no elevador e apertei o botão de minha cobertura. 

O elevador parou no meu andar e eu saí. Abri a porta de casa e caminhei rapidamente até a escada, subindo a mesma com pressa. Entrei em meu quarto e já fui retirando minhas roupas, jogando-as para cima da cama. Edith que me desculpe pela bagunça. 
Peguei as primeiras peças de roupa que vi. Vesti uma calça jeans escura, uma camisa branca de gola V e mangas cumpridas e uma jaqueta de couro preta. Calcei meu Nike preto. Peguei meus pertences e os coloquei no bolso de minha calça. Fiz o mesmo caminho de antes até o elevador. 

Saí do elevador e caminhei com pressa para fora do prédio. Atravessei a rua em direção ao meu carro. Destravei as portas e entrei, travando-as novamente e colocando a chave na ignição e dando partida no carro.  

Dirigi numa velocidade absurda até a boate. Eu sabia onde ficava a tal boate, pois costumava frequente-la. Não era um lugar ruim, era muito bom, para falar a verdade. Mas tinha seu lado podre, como em qualquer outro lugar. 

Cheguei á boate e coloquei o carro no estacionamento. Comprei minha pulseira na bilheteria e fui até a entrada, onde fui revistado e logo entrei. Procurei Joseph com os olhos e o encontrei rapidamente. Ele continuava de smoking, não era difícil de achar alguém com essa veste num lugar como esse. 
Ele estava em pé, num canto da boate e bebia um líquido azul, enquanto olhava em direção a pista de dança. Segui seu olhar e não demorou pra eu encontrar Demetria dançando sem pudor algum. Se no jantar ela estava se requebrando toda, de um jeito recatado, imagina aqui, onde ela não precisava se segurar. 
Não demorou muito para que me sentisse hipnotizado por ela. Senti vontade de ir até ela é pousar minhas mãos em sua cintura e aperta-la contra meu corpo, como antigamente, mas eu não podia fazer isso. Não me aproximaria dela até ela precisar da minha ajuda. Fui ali só para um propósito: protegê-la. Precisava me manter forte para não ir até ela e agarra-la. 
Certas vezes era obrigado a direcionar meus olhos até Joseph, para vigia-lo. Ele não parecia estar nem aí para as garotas que iam dar em cima dela, ele nem as olhava. Seu olhar estava fixo em Demetria, seus olhos nem chegavam a piscar. Eu tinha medo de Joseph, mas não por mim e, sim, por Demetria. Ele a olhava de um jeito obsessivo, psicótico e eu temia que ele fizesse algo para machucá-la, como da outra vez. 

Fui obrigado a ver Demetria não só se esfregando, mas também agarrando quatro caras diferentes. Ela os deixava passar suas mãos sujas em seu corpo, como se ela fosse qualquer uma. Será que ela não sabe que não é qualquer uma? 
Me dava ódio e nojo de ver aquilo. Minha vontade era de ir até ela e acabar com aquela merda. 

Quatro e quinze da madrugada. 

Demetria estava em cima de uma mesa, onde havia um pole dance, ela dançava e esfregava seu corpo no mesmo. Ao redor da mesa havia vários homens, comendo-a com os olhos e falando cada putaria diferente pra ela. Fechei minhas mãos em punho e suspirei alto, pra tentar controlar a minha situação. 
Sabia que Demetria estava agindo daquela forma por causa do álcool. Ela bebeu tanto, que eu cheguei até a perder as contas. Eu sabia que deveria ter me preocupado com esse negócio de Demetria beber. Ela era fraca demais pra isso. 

Sentia minha garganta seca. Eu precisava beber alguma coisa. Caminhei até o bar rapidamente e pedi uma água. Já havia bebido álcool demais por hoje. Precisava me focar só em uma coisa. Ou melhor, em uma pessoa. 
O barman me trouxe a água e eu o paguei. Assim que me virei, dei de cara com Demetria, que me encarou incrédula e assustada, como se tivesse visto um fantasma. Sim, eu estava aqui, babay! Logo ela saiu se perto de mim.

Abri a garrafa d'água e bebi um grande gole, sentindo aquilo me aliviar. Vi Demetria saindo da boate, pela porta traseira, num espaço onde que era livre para os fumantes, e também vi Joseph indo atrás. Esperei um tempo até ir atrás dos dois. 

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Segunda parte do capítulo 70 postada (e ainda tem a terceira!)! Espero que gostem desse capítulo e comentem. Próximo capítulo é pra acabar com o que sobrou dos nossos corações. </3
Babies, não sei se vocês perceberam, mas eu acrescentei "CC" na barra do blog, ou seja, vai ter outra fanfic além de BB (Burning Bright). Como vai ser o fim do blog logo, logo, resolvi que postarei duas fanfics ao mesmo tempo. Burning Bright (BB - triângulo amoroso entre Jemi e Nemi) e CC (Connected, que será apenas Nemi). Uma eu postarei segunda e sexta-feira e a outra terça e quinta-feira, ainda não decidi. Estou escrevendo essas duas novas fanfics e os capítulos finais de TWC. Logo, teria notícias sobre as novas fanfics. Queria avisar isso pra alegria de todas! Beijocas e não esqueçam comentem! Até segunda-feira!

5 comentários:

  1. Nãaaaao você me fez ficar ansiosamente pela mesma parte duas vezes, seenhor, segunda chegue logo please. Adoro pov Nick ja disse né kk
    Ass.: Cys

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  2. Louca pelas novas fics e por saber oq acontece agora com TWC.
    Até o próximo, beeijao!

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  3. Aí meu Deus, preciso da terceira pae te. Mais mais mais por favor

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