"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Capítulo 90: Depois que Demetria estiver fora daqui?

Capítulo Anterior:
Assim como eu me preocupo por ela não ter perguntado nada sobre o bilhete, para onde eu iria, quem era a pessoa de minha confiança. Mas preferi não me manifestar, estava cansada e quis me poupar. Talvez mamãe também quisesse me poupar. Talvez nós tivéssemos essa conversa mais para frente.



Capítulo Dividido:
Parte II.

Nick’s POV

Continuei encarando Demetria seriamente enquanto ela se mantéu quieta por minutos incontáveis. O silêncio começava a me irritar e aquela sensação de incomodo parecia ter ficado pior com o silêncio dela. Minha avó costumava dizer que quem cala consente e se ela estava quieta... Não podia ser. Ela não esconderia isso de mim.

- Demetria, me responda. – Pedi tentando controlar minha voz.
- Nicholas, eu... – Ela começou a chorar.
- Você sabia, não é?! – Perguntei incrédulo. Não precisava de resposta nenhuma. Aliás, isso já era minha resposta. – Você sabia que estava grávida e não me disse nada. Ia fugir sem me contar nada. Como pôde? –Perguntei, sentindo algo ruim dentro de mim. – Você não sabe o quanto eu sofri ao saber desse bebê. – Acrescentei.
- Eu queria ter te contado. Juro que queria. – As lágrimas continuavam a escorrer por seus olhos. – Mas eu estava com medo. Com muito medo. Você e minha mãe brigaram, eu e ela brigamos. Ela tinha me dado à notícia que nos mudaríamos. Não sabia o que fazer. A única pessoa que eu sei que me ajudaria só tinha contato comigo por telefone. – Ela tentou enxugar as lágrimas.
- Mas você podia ter confiado em mim. Aliás, você deveria ter confiado em mim. Se eu era o pai merecia saber antes de qualquer um. – Falei ríspido.
- Nicholas, eu não queria que isso atrapalhasse sua carreira, a sua empresa. Eu não queria prejudicar você e nem a sua reputação. Tive medo de te contar isso e você querer fugir pra algum lugar. Eu não sabia qual seria sua reação. Você nunca conversou comigo sobre ser pai. – Falou entre lágrimas. Ás vezes ela chegava a soluçar.
- Minha empresa? Minha reputação? – Perguntei sarcástico. – Quantas vezes eu preciso repetir que nada disso, nada, é mais importante que você?! – Gritei.  Ela se assustou, encolhendo-se na cama. Encarei seus olhos assustados e me senti péssimo. Suspirei e fechei meus olhos rapidamente e logo os abri. – Eu... Eu preciso de um ar. – Falei mais baixo e caminhei até a porta do quarto, por onde saí.

Caminhei pelo corredor do hospital e fui em direção à lanchonete, onde havia uma parte aberta.  Passei pela porta de vidro e senti o ar gelado atingir meu rosto. Suspirei cansado. Preciso me 
controlar, não posso agir dessa maneira com Demetria. Ela não merece. Sei que estou sofrendo por saber que perdi um filho, dói muito em mim, mas deve doer ainda mais em Demetria. Ela estava sofrendo não só pelo fato de Dianna proibi-la de me ver, mas como também por estar grávida e não poder contar isso à própria mãe. Não deveria ter gritado com ela. Não podia ter feito aquilo. 

Encarar seus olhos e ver que ela estava com medo de mim fez com que eu me sentisse o ser humano mais detestável que existe. Ela está sofrendo mais do que nunca agora. Está toda fodida – essa é a palavra certa – naquela cama de hospital e ainda perdeu um filho. Suspirei cansado mais uma vez. Fui um otário... Como sempre.

Meu celular vibrou em meu bolso e eu peguei-o. Desbloqueei a tela e a coisa que me chamou atenção, primeiramente, foi à foto de fundo de tela. Era uma foto de Demetria dormindo. Tirei essa foto em um dos nossos poucos finais de semanas juntos. Sorri ao ver aquilo.
Ela pode ter mentido para mim, mas sei que não fez por mal. Ela estava sozinha e assustada. Tinha medo da reação da mãe e da minha também. Não posso culpa-la de ter mentido sobre algo tão sério. Agora mais do que nunca eu devo estar ao lado dela. Mostrar a ela que quando ela precisar de qualquer coisa, seja ela significante ou não, eu estarei ali para ajuda-la.

Aguardei o celular em meu bolso novamente e caminhei para fora da lanchonete, indo em direção ao quarto de Demetria, de onde eu não deveria ter saído em momento nenhum. Assim que cheguei em frente a porta, respirei fundo. Ela precisa de mim e eu estarei aqui.
Entrei no quarto e encarei Demetria, que ainda estava chorando. Caminhei em sua direção e me aproximei dela, abraçando-a. O chorando só se intensificou.

- Desculpe-me, Nick! Eu não queria ter mentido pra você. – Falou entre lágrimas, enquanto me abraçava forte. Beijei suavemente sua testa.
- Não, meu amor. Eu é quem devo te pedir desculpas. – Falei e encarei-a. – Você é a pessoa mais importante pra mim. Desculpe-me por ter agido como um estúpido. Quero que saiba que não importa a situação eu sempre estarei com você. Sempre. Você não precisa esconder nada de mim, não precisa ter medo. Pode me falar o que quiser sempre. – Acrescentei e lhe dei um selinho demorado e suave.
- Eu amo você, Nicholas. – Falou contra meus lábios.
- Eu também te amo. E muito! – Falei e ela sorriu. Aquilo fez meu coração se aliviar.

Depois do nosso entendimento Demetria e eu passamos a tarde conversando e acabamos esquecendo dos filmes. Perguntei á ela quem era a tal pessoa que ela confiava e ela respondeu dizendo ser sua avó paterna. Ela me contou toda a história e porquê de manter contato com sua avó apenas por telefone. Como o pai de Demetria havia abandonado ela e sua mãe, Dianna transferiu toda a raiva que sentia para a sua sogra – ou ex-sogra, no caso. Dianna cortou qualquer tipo de relação com a mulher, acusando de saber que Patrick – pai de Demetria – havia fugido com a tal amante. Proibiu a mulher de ver a própria neta, assim como proibiu Demetria de ver a avó. E Demetria vendo sua mãe sofrer por anos, achou melhor acatar a ordem, como uma boa filha. Porém, ela continuava mantendo contato com sua vó por telefonemas e mensagens. 

Demetria também contou que ás vezes sua avó pedia para que elas se encontrassem escondidas, sem que Dianna soubesse, mas Demetria não conseguia. Ela sentia como se estivesse traindo ainda mais mãe, pois nem deveria falar com a avó. Só que Demetria e sua avó se amam demais e não conseguiam deixar de ser falar.
Não consigo entender como Dianna pôde fazer isso com Demetria e sua sogra. Talvez sua sogra nem importe, mas Demetria sim. Como ela pôde encarar a própria filha exigir que ficasse longe da sua avó? É muita crueldade. Nenhum filho deve pagar pelos erros dos pais e Demetria não era exceção. Seu pai é quem havia abandonado ela e sua mãe, mas sua avó continuava ali e Dianna tinha que entender isso. Tinha que entender que Demetria queria ficar perto de sua avó e sua avó queria ficar perto dela. Não posso dizer se a avó de Demetria sabia ou não sobre a amante de Patrick, mas de qualquer forma Demetria não tinha culpa.


Essa situação faz com que eu fique em alerta sobre Dianna. Agora que Demetria está internada, ela permite que eu venha visita-la e que até mesmo fique aqui com Demetria em seu lugar. Mas e depois? Depois que Demetria estiver fora daqui? Depois que Demetria estiver melhor e estiver boa como antes? Ela proibira sua filha de estar comigo novamente? Ela me proibira ver sua filha? Ela nos proibira outra vez de ficarmos juntos?
Eu realmente não quero isso e por isso devo conversar com Dianna o quanto antes e pôr todos os pingos nos I. Confronta-la e dizer que desta vez eu não quero e não vou me afastar de Demetria e não há nada que ela possa dizer ou fazer que consiga realizar tal ato. Desta vez eu não darei tempo para que Dianna esfrie a cabeça e pense para que nós conversemos mais tarde.

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Segunda e última parte do capítulo 90 postada! Esse capítulo não estava dividido antes, mas eu resolvi mudar para que ficasse mais organizado. E por ser um capítulo dividido essa última parte ficou pequena, mas espero que gostem. Sei que em nenhum dos capítulos anteriores eu falei sobre a avó paterna da Demi, mas justamente por causa disso. Era pra fazer tipo um mistério, acho que não deu muito certo, mas né... Tentei. Okay, é isso, babies! Já comecem a preparar seus corações, pois faltam poucas semanas pra TWC acabar. Logo, logo eu já mudo o Layout do blog pra fazer jus à BB. É isso. Até amanhã, com CC. Beijocas! <3 

8 comentários:

  1. Ufa ficou tudo bem, ainda bem. Nick só precisava de um tempo pra se recuperar e entender, depois de tudo que eles passaram ficar separados por causa disso sendo que eles podem ter outro filho lá pra frente, achei ate que teria uma coisa por tras pq o Nick parece querer muito um filho. Ele vai ser um ótimo pai, acredito.
    É verdade o layout é especial pra fic principal eu nem tinha parado pra pensar ja tô acostumada com esse, já faz tanto tempo mas tô curiosa com o próximo, layout e o capítulo. Hmm e essa conversa da Dianna e o Nick, deixar a Dianna pensar não deu certo da outro vez então plano b kkkk' bjs e ate
    Ass.: Cys

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  2. Aí que lindo. Nick mostrou que apesar das adversidades o desejo deles é ficarem juntos. Não acho que a Dianna seja uma bruxa má, apesar dos apesares ela não queria o mal da Demi jamais. Espero que tudo se resolva. Essa conversa deles promete bombar. Até sexta
    Beeijao Mila :)

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  3. Own, mais apaixonada pelo Nick. Muito curiosa pra saber o destino final da fic. Até sexta
    Bj bj

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  4. Apaixonada pelo Nick. Pensou neles como um casal e não sozinho. Anciosa pelo fim
    Até sexta, bjos

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  5. Vai ter conversa do Nick e da Dianna e não rolou a da Demi com ela ainda tbm.
    Muitas emoções para esse final
    Até sexta
    Bjos bjos bjos bjos *-*

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