"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Capítulo 67: Tchau, meu amor...


Capítulo Anterior:
Depois que terminamos de comer, Demi me ajudou a lavar a louça. Ao invés de realmente limparmos a cozinha, ficamos mais jogando água um no outro, ou dando com a toalha da louça um no outro, ou só ficamos trocando beijos, caricias e passadas de mãos. Mas depois de um tempo, realmente lavamos as louças sujas. Voltamos ao meu quarto, onde deitamos em minha cama.



Joe’s POV
          
 Estávamos deitados e abraçados, Demi assistia a um filme que eu não sabia
o nome certo, afinal não estava prestando a mínima atenção. Realmente, assistir filme não estava me distraindo nenhum pouco, mesmo com a presença de Demi, eu não conseguia me sentir distraído. A única coisa que eu pensava era na separação terrível de meus pais, na reação de minha mãe, quando souber de tudo e como as coisas chegaram a este ponto.
Lembro-me que até meus 13 anos, meus pais eram muito felizes, um casal de dar inveja a qualquer outro. Éramos realmente uma família perfeita. Bem, era isso que eu pensava. Meus pais se davam muito bem, não os via se brigar nunca, Nick não era um garoto tão calado dentro de casa, como é hoje em dia e meu pai não trabalhava do mesmo jeito que trabalha hoje, naqueles tempos, ele dava mais atenção a mim, a Nick e a minha mãe. Ele dizia que não existia nada mais importante do que nossa família e que nunca nos deixaria. E até agora estou tentando assimilar tudo, tentando entender como as coisas foram de ótimas á horríveis. Simplesmente não entendo.
Quando completei 14 anos, já ouvia meus pais tendo pequenas discussões, quando completei 15 anos, tudo era briga. Dos meus 16 anos em diante, todos os dias eles se brigavam, a maioria das vezes escutava gritos vindo de meu pai, soluços dos choros desesperados de minha mãe e, eu e Nick apenas calados, escutando, vendo tudo acontecer, sem ter ideia de nada, sem ter ideia dos motivos e dos por quês. Nick já não parava mais em casa, quando nossos pais começavam uma briga, não trazia mais Miley aqui em casa, por causa da briga que meus pais tiveram, quando ela esteve aqui. Bem, até hoje eu não entendo os verdadeiros motivos.
Realmente queria entender como meus pais chegaram este ponto. Parecíamos tão felizes, uma família que se entendia bem e hoje, eu me pergunta: Será que tudo isso foi uma fachada? Uma ilusão?
Logo meus pensamentos foram interrompidos, quando senti as mãos de Demi sobre meu rosto e quando percebi, eu estava chorando e ela enxugando minhas lágrimas. Não me lembro de nenhum momento em que eu chorei, sem nem perceber que isso acontecia.
Ela se sentou na cama, ficando com as duas pernas dobradas em posição de índio, olhando para mim sem saber o que dizer e ainda enxugando minhas lágrimas.
- Demi: Odeio te ver chorar e não poder fazer nada. – Falou baixo. Sentei-me na cama, ficando com as pernas esticadas e com o tronco encostado na cabeceira da cama.
- Joe: Você não sabe o quanto me faz bem só a sua presença. – Falei, dando um leve sorriso e finalmente, parando de chorar. Segurei sua mão e entrelacei nossos dedos.
- Demi: As coisas vão se ajeitar, Joe... Talvez seu pai tome consciência do que fez e desista dessa ideia absurda de separação. – Falou receosa.
- Joe: Não, Demi! Sabe, o casamento dos meus pais já estava se acabando aos poucos e eu só percebi isso, quando minha mãe foi procurar um advogado, dizendo que iria se separar... Aí eu vi, que mesmo que meu pai tentasse ajeitar as coisas, elas nunca se ajeitariam, pois nem minha mãe estava mais aguentando. Não sei o que vai acontecer com Paul, eu realmente não desejo nada de mal a ele, por mais que ele tenha feito minha mãe sofrer, mas acho que já é hora em seguir em frente. Minha mãe já está voltando a trabalhar, Nick está voltando a ficar mais em casa e bem, é isso. Se for para eles voltarem e nós vivermos naquele maldito inferno, eu não quero, mas se for para eles se separarem e nós seguirmos nossas vidas bem, eu mais do que ninguém desejo isso... Só queria entender. – Falei a olhando. Demi me olhava como se soubesse, sentisse exatamente o que eu estava dizendo. E bem, ela sabia! Afinal seus pais eram separados!
- Demi: Sua mãe é forte, Nick é forte, mesmo que ás vezes ele fuja e você... Você é muito forte, Joe! Você ficava todos os dias nessa casa, escutando seus pais brigarem e pronto para defende-los de alguma bobagem que ambos pudessem fazer, você teve a coragem de sugerir uma separação para sua mãe e você aguentou tudo, calado, sem reclamar... Vocês todos vão conseguir! Até mesmo seu pai. Ele não sabe a família maravilhosa que esta perdendo, mas sabe, ás vezes as pessoas que mais amamos, acabam sendo egoístas conosco. – Falou confiante, enquanto fazia carinho em meu polegar. Dei um leve sorriso e ela também.
- Joe: O que seria de mim sem você? – Perguntei sorrindo.
- Demi: Um jogador boboca! – Falou divertida. – Mas sério, vai dar tudo certo... No começo pode doer e você pode até ficar meio indignado, querendo quebrar tudo e todos, que vem pela sua frente, mas depois vai passar... Mas também depende como sua mãe vai lhe tratar, e bem, acho que isso não vai ser problema. Porque conhecendo o pouco de Denise, já percebi que ela é uma mãe maravilhosa... – Falou, se sentando ao meu lado e adquirindo minha posição. – Tenho inveja de você, sabia?! – Falou e deu um sorriso sem graça.
- Joe: Mas por quê? – Perguntei, um tanto confuso.
- Demi: Sua mãe é maravilhosa e apoia sempre você... E você ainda tem o Nick, que é um irmão maravilhoso! – Falou meio sem jeito. Nesse momento quis dar minha mãe e meu irmão para Demi, era difícil para ela ter uma mãe tão desmiolada como Dianna, ter perdido o irmão mais velho, que era seu melhor amigo, de uma maneira tão trágica e ainda ter presenciado isso, ter que aturar o padrasto que ela não gostava – odiava – e ter sido tratada como louca. A vida de Demi foi muito difícil em Londres... Mas ela tinha Patrick, que era um pai excelente. Eu podia ver nos olhos de Patrick como ele amava Demi e como ela significava o mundo pra ele. Pelo que ela me contou, eles sofreram muito com a distância, pois Patrick mal via Demi e Alex, e quando Alex morreu, ele via menos ainda, mas eu sabia que Patrick a amava como ninguém.
- Joe: Mas em compensação, meu pai é um babaca! Já o seu, é muito gente boa e trata você, como você realmente merece. – Falei apertando sua mão. Ela deu um lindo sorriso, quando eu falei a palavra “pai”.
- Demi: É... Realmente, meu pai é maravilhoso! Mas sinto falta de uma boa mãe, sabe... Mas não quero falar disso! Quem está com problemas é você e você que precisa desabafar, não eu. – Falou divertida, encostando sua cabeça em meu ombro. – As coisas vão ficar melhores sexta-feira, porque vai ter o jantar e aposto que a sua mãe vai ficar feliz da vida por ter suas duas noras aqui. – Falou e rimos.
- Joe: Duas? Mas Miley e Nick nem estão namorando...
- Demi: Por favor, Joe, você sabe que eles estão juntos á tanto tempo. Eles podem negar que não é namoro, mas é como se fosse e eles se gostam muito... Isso basta para ela ser uma das noras de sua mãe.
- Joe: Certo! – Apenas concordei.
              Demi e eu continuamos conversando sobre o jantar de sexta-feira,
ela estava muito animada, eu também estava, mas não tanto como ela. Talvez ela estivesse assim, porque nunca teve um namoro de verdade e nunca jantou na casa de uma sogra de verdade. Eu estava feliz por vê-la tão feliz e animada, daquele jeito, isso acabava me contagiando e eu acabei esquecendo por horas o assunto “Meus pais”.
              Quando deu 19:35, eu levei Demi embora, ela disse e me lembrou, que haveria
prova de física amanhã, então ela teria que estudar – eu também, é claro – e não queria chegar tarde, para não estudar tarde.
Estacionei meu carro na frente do AP de Demi e encostei minha cabeça no banco. Ela me olhou e sorriu, acabei sorrindo também.
- Joe: Obrigado por hoje... – Agradeci sorridente.
- Demi: Não tem que me agradecer por nada, você sabe disso. Só quero te ver bem... – Falou sorrindo.
- Joe: Antes de você ir, me faz um favor? – Perguntei. Ela concordou com cabeça. – Adorei quando você me chamou de “meu amor”, pode fazer isso de novo? – Perguntei manhoso. Demi gargalhou gostosamente.
- Demi: Claro, MEU AMOR! – Falou sorrindo. Meu sorriso se alargou mais ainda.
- Joe: Eu amo você... – Falei, puxando seu rosto pelo queixo.
- Demi: Eu também amo você, Joe! – Falou manhosa.
Nossas testas e ponta de nossos narizes se encostaram, nossos lábios se roçaram um no outro e eu aprofundei o beijo. Minha língua de imediato entrou na boca de Demi e rapidamente nossas línguas se encontraram e se tocaram. Uma sensação gostosa percorreu por todo meu corpo ao sentir o gosto de menta, que tinha na boca de Demi por conta do chiclete, que antes ela mastigava.
Nossas línguas brincavam, se entrelaçavam e desentrelaçavam uma a outra, a todo o momento. Suguei os lábios de Demi podendo sentir mais seu gosto, enquanto ela contornava meus lábios com a sua língua. Ora eu dava leve mordidas nos lábios de Demi e ora ela fazia o mesmo em meus lábios. Senti Demi separando nossos lábios lentamente e, terminando o beijo com selinhos demorados e molhados.
- Demi: Melhor eu ir... – Falou ofegante. – Amanhã eu vejo você! – Sorrimos.
- Joe: Certo... Quer que eu passe aqui pra te buscar? – Perguntei, a olhando. Ela pensou um pouco e assentiu. – Tudo bem então, esteja pronta e até amanhã... – Falei e ela fechou a porta do carro. Ela já estava fora do carro, estava com as mãos apoiadas no vidro abaixado.
- Demi: Tchau, meu amor... – Falou sorrindo. Sorri ao escutar as duas últimas palavras.
Vi Demi andando lentamente até a porta de seu prédio e antes dela entrar, ela se virou, olhou para mim e sorriu, fiz o mesmo e sorri. Depois ela fechou a porta de vidro e a última coisa que eu vi, foi ela entrando no elevador.
Dei partida no carro e dirigi até minha casa, sabia que a conversa que teria com minha mãe seria difícil. Ou nem tanto, até porque ela já estava disposta a pedir a separação. Talvez ela não ficasse tão surpresa, mas talvez ficasse magoada pelo modo que as coisas iriam acontecer, se eu não tivesse quebrado a cara de Paul.
                 Cheguei em casa e tudo parecia calmo, ninguém havia chego ainda. Caminhei até a sala e vi alguns vestígios de minha briga com Paul. Eu não podia ter perdido a cabeça daquela forma, mas não consegui me segurar. Talvez fosse demais para mim, talvez não fosse tão forte como pensei. “Você é muito forte, Joe!” De imediato essas palavras juntamente com a voz da dona delas, invadiram minha mente. Demi acreditava em mim, ela tinha esperança e ela achava que eu era forte, e isso me dava forças, isso me aliviava.
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Aê, finalmente eu consegui postar! Desculpa demorar tanto, é por causa do meu curso - que graças a Deus já está acabando - e também, pra ser bem sincera com vocês, eu to cansando dessa fic. Estou tendo dificuldades pra escrever ela, mas to tentando fazer o máximo. Eu já sei exatamente como vão ser as coisas, mas na hora de escrever, que eu travo. Enfim, espero que gostem desse cap!!! 6 comentários

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