"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Capítulo 78: Demetria e... Trace!

Capítulo Anterior:
Caminhei até a sala e o professor de física ainda não havia chego, olhei para a carteira de Demi e ainda estava vazia. Quando olhei novamente para porta, vi Trace entrar com aquele maldito sorriso. Minha vontade era de soca-lo, mas eu não podia. Infelizmente eu não podia.
Sentei-me em meu lugar e sem mais demoras o professor havia chego... E nada dela!
 



Demi’s POV
Eu me sentia sufocada, cada vez mais sufocada, como se não houvesse ar no mundo que me tirasse desse sufoco. Toda essa situação de Joe e Trace me deixava assim. Eu não estava brava com Joe em si, estava brava por ele realmente achar que eu sou tão burra ao ponto de acreditar em Trace. Mas eu simplesmente não iria destrata-lo só porque Joe o odeia, certo?
Se fosse no começo de tudo, eu estava nem um pouco me fodendo em ser grossa com ele ou qualquer pessoa, mas o Joe, ele realmente me mudou. Será que ele não percebe isso?
Trace veio me pedir desculpas e eu disse que tudo bem, mas ainda sim, queria distância dele, e eu havia deixado isso muito claro.
Não estava mais aguentando tanta desconfiança de Joe.
Estava sentada nos degraus, atrás da parte do banheiro feminino, lugar onde poucas pessoas vinham e se vinham não era pra fazer boa coisa, como eu que nesse momento, que estava fumando.
Eu disse que ia parar com essa merda de cigarro, mas nesses momentos a última coisa que me deixava calma, era essa porra! E o pior de tudo é que eu nem trouxe meu diário, precisava tanto, tanto conversar com Alex... Essa era outra coisa que me acalmava, e muito!
Depois de mais duas ou três tragadas no meu cigarro, eu o joguei fora e abri um chiclete de menta, o pondo na boca logo em seguida.
Levantei-me e caminhei até a sala de aula, bati na porta e o professor a abriu.
- Professor, me desculpe pelo atraso, não estava me sentindo bem. – Falei baixo, com a voz realmente afetada. Ele me olhou com desconfiança, mas prosseguiu:
- Certo, senhorita Devonne, entre. – O professor me deu espaço para entra e assim eu fiz.
Assim que entrei na sala, meus olhos procuraram os de Joe e sem demoras, os encontrando. Ele também estava procurando por mim, eu sabia disso e isso fez com uma rápida alegria se instalasse dentro de meu peito. Sua expressão passou de preocupada para aliviada.
Sentei-me em meu lugar e fui logo pegando meu material, na parte debaixo da carteira.
Miley jogou um papel em forma de bolinha para mim. Peguei a bolinha e a abri discretamente.
“Você está bem?” Era o que estava escrito no papel.
“Estou viva, haha. Estou parcialmente bem.” Escrevi no papel, amassando-o e jogando de volta para Miley.
Após ler o papel, Miley se virou para mim e fez uma expressão de preocupação. Sorri forçadamente para ela e fiz sinal com a mão, para que ela virasse para frente e assim ela fez.
As duas últimas aulas eram de física e eu estava quase morrendo, não aguentava mais saber sobre calor latente e não aguentava mais ver aquele professor com o mesmo moletom vermelho, em todas as suas aulas. Ele ficou explicando e explicando, mas coitado, parecia que estava morrendo. Depois que ele terminou de explicar o conteúdo, nos entregou uma folha com exercícios, ele nos avisou que teríamos um trabalho em dupla daqui a duas semanas, disse que ele escolheria as duplas porque nós, alunos, escolhemos muito e 20 minutos antes, ele faria isso.
Passei o restante da aula fazendo os exercícios, que por algum motivo ou força sobrenatural, eu havia entendido o conteúdo e cheguei até a explicar para Miley. Incrível não?! Acho que tristeza despertava meus sentidos de nerd.
Já estava no fim da aula, todos já haviam arrumado seus materiais e o professor já estava escolhendo as duplas. Algumas pessoas gostaram das pessoas que foram e outras não, pareciam até que iriam fazer uma Terceira Guerra Mundial na sala de aula.
Logan iria fazer dupla com Anne, uma garota de cabelos cumpridos, cacheados e ruivos. Ela era bonita e bem gente boa, e bastante inteligente também. Logan com certeza gostou de fazer par com ela, apesar de que eles nunca haviam se falado.
Travis e Joe foram juntos, quase se comeram dentro da sala de aula, me senti meio traída pelo meu namorado – cujo no momento estava brigada – e meu melhor amigo.
Por algum milagre divino de Deus, professor fez com que Miley e Nick fossem juntos. Acho que as macumbas da Miley estavam dando certo, porque olha...
Faltavam poucas pessoas para fazerem duplas e eu, infelizmente era uma delas. Acho que o professor não ia muito com a minha cara, ele sempre me deixava por último.
Mais alguns minutos se passaram e mais duas duplas foram formadas... E eu ali morfando na vida.
- Demetria e... Trace! – O professor falou animado, enquanto eu arregalava os olhos.
O meu namoro já não estava indo as mil maravilhas desde que esse rapaz chegou aqui, meu namorado está quase virando um psicopata, aí o queridíssimo professor de física resolve foder mais ainda minha vida. Com tantas opções, ele escolhe logo o Trace? Tinha tanta garota que queria fazer dupla com ele, por que logo eu?
Esse professor realmente me odeia! É fato!
Olhei na direção de Joe, encontrando seu rosto quase que vermelho, sua testa estava franzida, seu maxilar travado, seus olhos transbordavam fúria e sua boca estava fechada, numa linha reta. Toda sua expressão estava dura, ele estava furioso. Travis falava baixo algo.
- Professor, não posso fazer o trabalho sozinha? – Perguntei. – Eu acho que me dou muito melhor sozinha, não gosto de trabalhos em duplas.
- Veja, bem senhorita Devonne, você não é a primeira a me pedir isso e como eu já disse a todos que me fizeram essa mesma pergunta: Este não é um trabalho individual, é em dupla! Se você não gosta, comece a gostar ou pelo menos, se conforme. – O professor falou de um jeito educado, mas ao mesmo tempo grosseiro. Esse homem realmente me odeia!
O sinal tocou e os alunos foram saindo da sala de aula, continuei no meu lugar, realmente, não estava afim de sair dali. Fechei meus olhos, soltei uma respiração pesada e contei até dez mentalmente. Estava me preparando para a reação de Joe, que com certeza, não seria nada boa. Oh my fucking God!
Estava guardando meu material, quando vi Joe se levantar bruscamente e sair da sala de aula, sem ao menos me esperar ou olhar para mim. Nossos amigos olharam para que ele, que a poucos segundos atrás estava na porta e depois olharam para mim. Guardei todo meu material com mais pressa e sem nenhum jeito, levantei rápido e fui atrás de Joe.
Como já estava na hora da saída, eu tive um pouco de dificuldade em encontrar Joe, afinal, todos os alunos estavam caminhando na mesma direção. Andei de pressa e consegui chegar ao estacionamento e vi que Joe estava entrando em seu carro, enquanto Trace estava praticamente ao seu lado, subindo em sua moto.
Corri até o carro de Joe, que agora já estava dentro do mesmo e trancado ali. Bati no vidro do lado do motorista e Joe me olhou meio... Furioso?
Ele estava bravo, isso era fato, mas por que comigo? Eu não tive culpa se o professor resolveu me obrigou a fazer dupla com Trace.
Bati no vidro do carro mais uma vez e desta vez, Joe abaixou o vidro.
- Vai embora sem mim? – Perguntei meio triste.
- O que você quer? – Perguntou sem me olhar e ignorando minha pergunta anterior.
- Por que você está bravo comigo? Sabe que eu não tenho culpa! – Falei, levantando minha voz. Joe soltou um riso sarcástico sem humor.
- Você nunca tem culpa, não é mesmo?! Você podia simplesmente... – Eu o interrompi.
- Eu podia simplesmente o que, Joe? Não fazer meu trabalho e ficar com zero, por causa da sua falta de confiança em mim? Por que você cisma em pensar que, o que aconteceu contigo e com a Blanda, vai acontecer com nós dois? – Falei brava. – Eu não sou ela, eu sou diferente dela! Será que você não entendeu isso ainda? Eu nunca faria nada para machucar você, porra, o que eu tenho que fazer pra você entender isso? – Falei, olhando-o séria. Coloquei minhas mãos nos vidros abaixados.
- No momento você tem que se afastar do meu carro, para eu poder ir embora... – Ele falou ríspido. Abri a boca, mas não consegui falar nada.
- Então é isso? Você simplesmente vai embora? Vai fugir, sem nem ao menos ter a capacidade de me olhar nos olhos ou de conversar comigo? – Perguntei.
- Demi, por favor, se afasta do carro. – Ele falou ríspido, ignorando novamente, o que eu havia dito.
- Sabe Joe, não vai ser preciso Trace, Blanda ou qualquer outra pessoa estragar nosso namoro... – Desviei meus olhos de sua direção e abaixando o volume da minha voz. – Você está fazendo isso muito bem... Sozinho. – Falei baixo. Quando voltei meu olhar em sua direção, ele estava me olhando. Retirei minhas mãos do vidro, sem falar mais nada.
Caminhei em passos rápidos ao caminho aposto ao de Joe e a última coisa que escutei foi o barulho de seu pneu. 
Senti meus olhos lacrimejando, mas não queria chorar... Pelo menos, não ali. No meio daquelas pessoas fúteis e fofoqueiras, onde ficavam cuidando da vida dos outros e torcendo para que alguma desgraça acontecesse, só para que eles pudessem ter um assunto novo para falar.
Meu corpo bateu em outro, que parecia ser mais forte e foi quando eu senti uma mão grande e pesada em meu ombro. Levantei meu olhar e tomei um susto ao ver Trace a minha frente. Ele mantinha uma expressão de preocupação, mas eu sabia que era mentira. Nada que viesse dele, podia ser verdadeiro, bom...
- Você está bem, Demi? – Perguntou.
- É Demetria para você! E eu estou ótima, obrigada por fingir que se preocupa.
- Eu só quero te ajudar, Demetria... – Ele falou simples.
- Comece retirando suas mãos de mim. – Falei ríspida.
- Você é difícil hein... – Ele falou divertido e em seguido tirou sua mão de meu ombro.
- Por último: VÁ EMBORA E ME DEIXE EM PAZ, DEIXE MEU NAMORADO EM PAZ! – Gritei furiosa. Ele me olhou meio assustado, mas logo sua expressão voltou ao deboche de sempre.
- Sabe qual a diferença entre eu e as pessoas dessa escola? – Ele me perguntou. Olhei-o confusa sem o entende, mas pouco me importava. Antes que eu abrisse a boca, ele voltou a falar: - Eu sou direto! Eu falo o que eu quero, não fico de rodeios! Falo tudo na cara, não importa como seja ou o que seja. Simplesmente digo o que penso... Por isso estou te contando isso. – Ele falou.
- E por que está me contando isso? – Perguntei confusa.
- Porque no momento, eu quero você, Demetria! – Ele falou e sorriu de lado, sem mostrar os dentes.
- Vá embora, Trace! – Falei ríspida. Quando eu estava prestes a me afastar, ele segurou meu braço.
- Não existem pessoas ruins ou boas. Existem quatro tipos de pessoas: As que sabem o que querem, as que correm atrás do que querem, as que não lutam por nada e as que não se importam com as consequências. Você é os dois primeiros tipo de pessoas, o que é raro, incomum; Joe é o terceiro tipo de pessoa, por isso ele foi embora sem ao menos conversar contigo, sem te olhar. Por isso ele tem tanto medo de perder você, porque ele não quer lutar por você. – Ele falou, me olhando fixamente. Nesse momento, eu percebi que meus olhos e os de Trace se encaravam fixamente, em um tipo de contato proibido, tenso.
- E você seria qual tipo de pessoa, Trace? – Perguntei.
- Eu sou o último tipo de pessoa... – Ele falou.
- As que não se importam com as consequências. – Completei.
- Mas isso não quer dizer que eu seja uma má pessoa. – Ele defendeu-se.
- Quer dizer que você só se importa com si mesmo. Pode não ser uma má pessoa, mas você é egoísta, Trace! Você não se importa com ninguém além de você, não se importa com os sentimentos dos outros. E sobre o Joe, você está completamente enganado. – Ele me olhou surpreso. –  Ele que é os dois primeiros tipo de pessoa! Porém, você é egoísta demais para entender isso! – Falei e soltei meu braço. – Tchau, Trace! – Falei dando as costas.
No caminho para casa, escutava meu celular tocar a todo momento, mas não estava e condições de atender e ficar dando explicações sobre o que aconteceu comigo e Joe, apesar de saber que eram meus amigos telefonando para saber como eu estava. Meus olhos ainda lacrimejavam, meu coração doía e eu me sentia sufocada... Parecia que essa sensação jamais passaria, parecia que estavam enfiando milhares de adagas no meu coração ou até mesmo, rasgando meu peito. Eu sabia que daqui para frente isso só pioraria, eu e Joe não estávamos conseguindo nos entender por causa de Trace, e por conta desse maldito trabalho, iriamos brigar mais vezes. Eu só tinha uma saída... Eu sabia que iria ser dolorida, tanto para mim, quanto para ele, mas era melhor assim, melhor para nós dois. Pelo menos por um tempo, até nós conseguirmos pôr nossas cabeças no lugar.

Quando cheguei em casa, nem parei na cozinha, gritei que estava sem fome e fui direto para meu quarto.

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Quem é a autora mais legal do mundo que posta ás 02h25 da manhã com medo de apanhar das leitoras/leitores? Hahahahahahaha, euzinha. Desculpe a demora para postar, mas tinha viajado. Bem, espero que vocês gostem desse capítulo e me digam o que acharam.
Já viram que eu postei a segunda parte de Little Girl? Corram lá! 

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Aahh primeira a comentar sua bitch eu tenho aula cedo e tava até agora esperando o cap ahuaja mas valeu a pena tá ótimo o de little girl tabm OMG dó da Dems Trace vadio achei q ele fosse agarrar ela '0' q bom q nao kkk enfim posta logo flor <33

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  3. Gentesss, o Trace eh um puto mesmo, nao suporto!! E eu sinto que a demi pode querer a voltar pra gilete, certo? Enfim, sobre a mini-fic: DEMI IS THE NEW MENINA VENENO! Hahahaha, amo esra garota!

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  4. ahhhhhhh joe e otario ele vai perde ela

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  5. Posta logo!!
    Q raiva do joe, ele nao ve que assim vai perder ela?

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  6. Posta logo!!
    Q raiva do joe, ele nao ve que assim vai perder ela?

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