"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Capítulo 98: Você nunca será melhor que Joe.

Capítulo Anterior:
Então, era isso? Ela iria embora mesmo. Nunca mais eu teria Demetria em meus braços. Nunca mais eu veria seus sorrisos, não escutaria sua voz. Nunca mais sentiria seus braços em torno de mim, não sentiria mais seu cheiro, que eu tanto amo. Nunca mais escutaria um “eu te amo” saindo de sua boca. Nunca eu diria um “eu te amo” á ela. É assim que acaba? Sem final sem feliz? Apenas eu a perdendo para sempre.


Capítulo divido em dois, por ser muito grande!
Parte I

Demi’s POV

A semana havia se passado rapidamente, logo já era segunda-feira, ou seja, hoje eu teria que ir para aula. Mamãe já havia ido embora, mas minha passagem só de ia para Londres já tinha sido comprada. Ficaria só mais está semana em Los Angeles e depois voltaria para Londres.

Levantei e preguiçosamente caminhei até o banheiro, onde lavei meu rosto, escovei meus dentes e fiz toda minha higiene matinal necessária. Saí do banheiro e caminhei até o closet, entrando no mesmo. Vesti minha camisa do uniforme, um shorts rasgado preto e uma camisa xadrez preta com branco. Calcei meias pretas 7/8 e em seguida, calcei meu coturno. Penteei meu cabelo, fazendo um rabo de cavalo alto. Por último, passei fortemente o lápis preto nos olhos e depois rímel nos cílios. Arrumei rapidamente meu material na mochila e saí de meu quarto, deixando a porta fechada.
Caminhei até a cozinha, onde me sentei na banqueta em frente á bancada, ao lado de meu pai.
- Bom dia! – Carmen falou sorridente.
- Bom dia. – Papai falou sério. Ele estava meio aborrecido por eu ir embora.
- Bom dia pra vocês. – Falei e sorri de lado, sem muita vontade. – Não estou com muita fome, então, só suco e torradas. Pode ser?! – Falei, servindo meu copo de suco de abacaxi, pegando algumas torradas e pondo em meu prato.
- Quer que eu te leve para escola? – Papai perguntou.
- Se você não se importar, por mim tudo bem... – Respondi, o encarando, antes de morder a torrada. Ele assentiu.

Já que papai me levaria para escola, resolvi tomar meu café tranquilo, apesar de não querer comer muito. Demorei longos minutos para comer duas fatias de torradas e beber apenas meio copo de suco de abacaxi.
Assim que terminei meu café, papai e eu nos despedimos de Carmen e saímos. No elevador alguns vizinhos perguntaram novamente como eu estava e eu respondi, com a maior tranquilidade do mundo que estava bem. 

Papai entrou no carro, pelo lado do motorista, enquanto eu entrei pelo do passageiro.
Sem demoras papai já havia dado partida no carro e já estávamos a caminho da escola.
O caminho até a escola foi um silêncio, papai e eu não trocamos nenhuma palavra e nem ousamos ligar o rádio. Eu sabia que o motivo disso era a minha decisão de voltar para Londres. Apesar de papai respeitar minha decisão, eu sabia que ele não aceitava. Nós dois éramos tão apegados um ao outro, que eu jamais pensei em voltar para Londres por conta própria. Jamais pensei que deixaria meu pai, porque eu quisesse. Sem ser obrigada por ninguém. Porém, eu precisava fazer isso e eu sabia que mesmo não aceitando, ele entendia.

Finalmente chegamos á escola. Havia poucas pessoas na rua, olhei no relógio do celular e vi que estava meio atrasada.
Antes de sair, papai me segurou pelo ombro com delicadeza. Virei para ele e o encarei.
- Você sabe que eu não quero que você vá para Londres... – Eu o interrompi.
- Pai... – Ele fez sinal com a mão, para que eu não falasse.
- Por favor, me deixe falar. É capaz de eu perder a coragem. – Ele falou, com um sorriso amargo. – Realmente, não quero que você volte. Queria que você ficasse morando comigo e com Carmen pelo resto da vida. Eu e ela finalmente nos resolvemos sabe?! Porém, nem tudo é como queremos. Se essa mudança é pra você melhorar, então, faça isso, mas se for só para fugir, não vá Demetria. Estou falando isso, porque não tive a mesma oportunidade com seu irmão. Enfrente seus problemas hoje, agora. Porque se não fizer isso, eles vão te atormentar para sempre. Só quero o melhor pra você, porque te amo e te quero ver bem. E fugir, não é o melhor caminho. – Ele falou, com a triste, me encarando.
- Tudo bem, pai. – Concordei. – Tenho que ir, já estou atrasada. – Ele assentiu. Abri a porta do carro e saí. – Não precisa vir me buscar e obrigada pela carona... E pai, eu amo você! – Falei e sorri de lado. Fechei a porta do carro e depois de alguns minutos, meu pai arrancou com o mesmo.
Antes de começar a caminhar em direção ao portão, respirei fundo incontáveis vezes. Feito isso, comecei a mover meus pés.

Caminhei lentamente até a orientação, onde comuniquei minha volta e mostrei meu atestado médico, a orientadora marcou, para que os professores soubessem que ele foi visto. Logo, eu já estava caminhando em direção á sala de aula.

Chegando a porta da sala de aula, bati na mesma e segundos depois, o professor de Jean, de filosofia, apareceu na mesma. Ele me olhou e eu lhe entreguei o bilhete, ele o leu e me deu espaço para entrar.
Entrei na sala de cabeça erguida. Não iria me deixar abalar por Trace, Blanda ou qualquer um que seja. Se todos já estavam sabendo o que havia acontecido comigo, isso pouco me importava. Eu estava decidida a ser forte e eu seria.
A reação da turma ao me ver não foi nada diferente do que eu pensava. Seus olhares eram bem curiosos. Percebi que Trace tinha um sorriso sarcástico no rosto, enquanto Blanda um sorriso debochado. Ignorei-os.
Sentei-me no meu lugar de sempre: ao lado de Miley.
Assim que me sentei, ela se virou em minha direção e abriu um maravilhoso sorriso. Tentei sorrir da mesma forma, mesmo sabendo que seria difícil.

As duas primeiras aulas eram de filosofia, o professor Jean explicou o conteúdo tranquilamente, como de costume. A terceira aula foi história. Assim que professora me viu, ela veio em minha direção e perguntou super preocupada como eu estava. Achei aquilo engraçado e respondi com a maior calma do mundo, que estava bem.

O sinal que dava início ao intervalo soou, os alunos começaram a sair da sala. Eu fiquei sentada em minha cadeira. Queria que todos saíssem primeiro.

Trace parou na porta e ficou me encarando por alguns minutos, sustentei o olhar. Talvez eu estivesse com medo dele, mas não deixaria mais isso transparecer. Ele riu e logo saiu da sala.
- Vamos Demi? – Miley perguntou, chamando minha atenção. Olhei para ela e vi que Travis, Logan e Nick estavam ao seu lado. Joe não estava com eles. Havia visto saindo da sala com pressa.
- Se vocês não se importam, eu prefiro ficar sozinha hoje. – Falei calma, pegando o cigarro e o isqueiro, que estavam em minha mochila e pondo-os no bolso do shorts. –
- Mas... – Interrompi Travis.
- Não é nada com vocês. Sou eu e vocês não tem obrigação de ficar vinte e quatro horas comigo. Vocês sabem a onde eu vou estar. – Falei, me levantando.

Antes que eles falassem mais alguma coisa, saí da sala em passos tão apressados, que eu nem sabia que podia andar tão rápido.
Caminhei em direção á arquibancada, atrás do banheiro, onde eu costumava ficar nos primeiros dias de aula aqui. Assim que cheguei ao lugar, sentei ali e retirei um cigarro da pequena caixa junto com o isqueiro. Coloquei o cigarro na boca e acendi-o. Coloquei os fones em meu ouvido e dei play na música de meu iPod. Alguma música da My Chemical Romance começou a tocar.
Enquanto dava tragadas no cigarro, pensava em Joe e de repente, uma vontade de ir até ele e pergunta como ele estava, bateu em mim. Porém, eu não tinha coragem nem de olhar para ele depois de tudo o que aconteceu. A única coisa que eu queria dele, era que ele ficasse bem, que ele se cuidasse e que ele não se deixasse abalar tão fácil por todas as coisas que aconteceram conosco. Ele era tão forte, será que ele não percebia isso?
- Por que eu senti que iria te encontrar aqui? – Escutei aquela voz e olhei em direção. Senti meu corpo estremecer.
- O que você quer, Trace? – Perguntei ríspida e soltando a fumaça do cigarro. Desviei meu olhar dele.
- Queria saber se você estava... Bem. – Ele respondeu, com aquele costumeiro tom de sarcasmo.
- Estaria melhor se você não estivesse aqui. – Falei ríspida.
- Nossa, de repente você criou coragem?! – Ele falou debochado. – Lembra quando você estava no meu apartamento, chorando e pedindo desesperadamente para eu deixar você ir embora? – Ele perguntou sarcástico. Percebi que ele estava se aproximando de mim. Levantei-me.
- Lembro. Aliás, nem tem como eu esquecer. – Respondi. – Blanda foi á única garota que você conseguiu transar sem estupro? – Perguntei fria. O sorrisinho de Trace se desfez.
- Eu deveri... – O interrompi.
- Deveria o que? Me estupra aqui? Me bater? – Perguntei. – Por que não faz isso? Estou aqui. Indefesa, como você gosta. Sem ninguém pra me proteger e acho muito difícil alguém passar por aqui. – Falei. – Vamos, Trace. Faça o que você tem vontade de fazer. Porém, eu quero que você se lembre de uma coisa: Você nunca será melhor que Joe. Jamais! – Aproximei-me dele. Ficamos frente á frente. – Você faz de tudo pra ser melhor que ele. Transou com a Blanda, estragou meu namoro com ele, mas você nunca, jamais, vai ser melhor que ele. Não importa o que você faça Trace. Você é patético! Será que não percebe? – Perguntei. – Você é tão fracassado, que precisa ser melhor que alguém pra se sentir bem. Você é fracassado, invejoso e até pra estuprar alguém é incapaz. – Falei e ri debochada. – Sabe por que a Blanda deu pra você? Porque ela é como você. Dois fracassados se merecem. E é só esse tipo de garota que tu vai conseguir comer. Garotas fáceis, sem autoestima, fracassadas ou então, putas. – Falei fria. Trace não falou nada, engoliu em seco. – Agora com licença. – Falei, aproximando meu rosto do seu e jogando a fumaça do cigarro em seu rosto.


Me afastei de Trace e joguei o cigarro no chão, pisando em cima do mesmo, em seguida. Retirei um chiclete de menta, que tinha em meu bolso do shorts e coloquei-o em minha boca. Dei uma última olhada na expressão (e rosto) de bosta de Trace e caminhei para longe dali.
Confesso que no começo eu fiquei com medo de dizer todas aquelas coisas a ele, mas no fim, fui vendo o quanto eu estava certa e percebi que nada do que ele dissesse podia me ferir mais depois de tudo que ele me fez. Perdi meu namorado por causa dele, perdi toda minha confiança e passei por uma situação de horror, quando estive sozinha com ele. Nada do que Trace dissesse agora, podia me ferir mais. Nada.

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Primeira parte do capítulo 98 postado! Espero que gostem e me desculpem por não ter postado ontem. Confesso que a culpa foi da minha preguiça mesmo. Enfim. Está acabando, gente!!!! Espero que vocês estejam gostando e me digam como vocês acham que vai ser o final de HOL?
Alguém aí foi na TNLT?
Beijocas!

6 comentários:

  1. Fico perfeito esse cap Demi sambando AMEI toma Trace escroto e ridiculo '-'
    Sobre a TNLT não fui eu ia na de SP mas não consegui comprar ingresso,e pior nem no hotel/aeroporto não pude ir pois moro no PR :/ E vc foi?

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  2. Ao mesmo tempo que eu quero a fic nova, eu não quero que essa acabe.
    Bem feito pro Trace.
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  3. Ficou perfeito, posta logo. EU N ESTOU PREPARADA PARA ESTE FINAL, N!!!
    Eu vou em Porto Alegre dia 3 <3

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  4. P-E-R-F-E-I-T-O!!!!
    amei o cap.
    Oiee!! Eu acompanho o imagine a pouco tempo. Novata o/ dsclp nao comentar antes,preguiça define.kkkk
    EU FUI NA TNLT dia 25 em São Paolo(se me entendem?) A Demi é linda e perfeita pessoalmente.mds.
    Enfim amei o seu imagine e to mt curiosa para proximo.
    - Carol

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