"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Capítulo 07: Vou levá-la para minha casa.

Capítulo Anterior:
Parece que o garoto foi expulso da escola, onde estudava junto com Demetria, porque vendia drogas para os alunos. Isso chegou até a ser um escândalo e teve reunião com todos os pais, professores e funcionários da escola, conversando como poderiam evitar que coisas erros como aquele acontecesse.




Nick's POV 

Sexta-feira, nove e quarenta e cinco.

Olhei em meu relógio de pulso e o mesmo marcava nove e quarenta e cinco. A última vez que Dianna batera em minha porta para mandar eu ir pra casa descansar, o mesmo relógio marcava sete e treze. E finalmente era sexta-feira!
A empresa estava praticamente vazia. Estava sendo habitada apenas pelos seguranças e por mim, o restante dos funcionários já haviam ido embora. Dianna não era diferente deles, ela também havia ido embora. 
Eu sempre ficava até mais tarde, para dar uma última olhada que para mim, parecia nunca acabar nos últimos croquis, análises de faturamentos e orçamentos, e os demais contratos a serem (re)avaliados.

Assim que olhei mais uma vez para aquele relógio e o mesmo marcou dez e dois, decidi que já estava na hora de ir embora. 
Arrumei minhas coisas rapidamente, colocando todos os papéis que estavam em minha mesa em minha pasta preta de couro, em seguida, peguei meu paletó que estava sobre a cadeira, colocando-o por cima de meu ombro.
Sai de minha sala, fechando a porta e logo caminhei em direção ao elevador. Enquanto caminhava até o elevador, percebi como aquele prédio era um tanto assombroso com todos aqueles corredores com pouca luz e um silêncio extremo.

Apertei o botão para chamar o elevador e, sem demoras, o mesmo chegou. Entrei no elevador, apertando o botão da garagem e enquanto não chegava, dei uma rápida olhada em meu celular. Nada além de mensagens desnecessárias de Olívia. 

O elevador parou no andar em que eu queria, então, sai. Caminhei até minha BWM preta e ao chegar perto da mesma, retirei a chave do bolso esquerdo da calça. 
Entrei em meu carro, pondo minha pasta no banco traseiro e em seguida, pondo a chave na ignição. 
Dei partida e logo já estava dirigindo para fora dali.

O sinal do semáforo estava vermelho, enquanto esperava que ficasse verde, os pedestres caminhavam lentamente. 
Meus olhos se perderam quando eu encontrei uma criatura de cabelos loiros. Demetria!
Ela tinha a companhia de um garoto alto, com os cabelos enrolados. 
Escutei a buzina do carro de trás e minha concentração se focou novamente no semáforo, que agora, estava com o sinal verde.
Consegui ver que Demetria e o tal garoto, haviam entrado na cafeteria da esquina. Então, sem demorar mais, dei partida no carro e dirigi em direção á cafeteria.

Estacionei meu carro do outro lado da rua. Sai do carro, atravessei a rua e caminhei em direção a tal cafeteria. Pelo vidro, consegui ver Demetria e o garoto, sentados no canto.
Entrei na cafeteria e caminhei em passos firmes até onde os dois se encontravam.
A risada de Demetria cessou assim que seus olhos encontram os meus.
- O que está fazendo aqui? Ela perguntou, parecendo estar nervosa.
- O que eu estou fazendo aqui? Perguntei sarcástico. O que você está fazendo aqui? Refiz a pergunta. Achei que sua mãe tivesse lhe deixado de castigo... E lhe proibido de sair com um certo rapaz... Falei sério, olhando para o garoto que olhava confuso para Demetria. 
- Anda escutando as conversas minha e de minha mãe, senhor Jonas? Ela perguntou sarcástica. 
- Não é como eu quisesse. Sua mãe sabe que você está aqui, Demetria? Perguntei. O sorriso, que Demetria tinha no rosto, foi substituído por uma revirada nos olhos, seguido de uma careta.
- Ela está comigo! – O garoto falou, se levantando e ficando frente a frente comigo.
- Não perguntei nada para você. – Falei ríspido, sem olhar aquele moleque. – Vamos embora, Demetria! Rápido! – Ordenei, a encarando.
- Mas... – A interrompi.
- Nada de mas. Vamos de uma vez, antes que eu ligue para sua mãe. – Ameacei-a. 
Sem mais protestos, Demetria se levantou bufando e caminhou até o garoto, se aproximando dele e lhe dando um selinho no canto da boca. Então, era isso? Ela fazia comigo, o mesmo que fazia com os outros?! Senti meu sangue ferver de ódio.
- Desculpa, Joe. Amanhã a gente se fala. Prometo! – Ela falou baixo e com a voz desanimada. O garoto apenas concordou.
- Rápido! – Esbravejei e sem pensar duas vezes, puxei-a pelo braço. 

Praticamente arrastei Demetria para fora daquele lugar, enquanto a mesma pedia para que eu soltasse seu braço. 
Abri a porta do carona para que ela entrasse e ela se mantéu parada ao meu lado, me encarando séria.
- O que? Pra onde você acha que vai me levar? – Demetria perguntou debochada. 
- Entra na porra do carro de uma vez. – Ordenei ríspido. Ela bufou mais uma vez e entrou.
Assim que Demetria entrou, dei a volta no carro e entrei no lado do motorista. Coloquei a chave na ignição e dei partida.

Depois de alguns minutos em silêncio, finalmente escutei a voz de Demetria. Estava baixa e um tanto amedrontada:
- Pra onde você vai me levar? – Olhei de esguelha e vi que ela mantinha seus olhos na janela do carro.
- Pra sua casa. – Respondi ainda carrancudo. Não sei o que estava dando em mim, só sei que não gostei nenhum pouco daquela cena de afeto entre Demetria e seu "amigo". Só que falta estar com ciúmes dessa garota, aliás, pirralha!
- Minha mãe não está em casa. – Ela respondeu. Parei o carro bruscamente. – Ei, tá maluco?  Ela perguntou, pondo a mão no painel do carro. 
- Sua mãe não está em casa? Onde ela está? – Perguntei irritado. 
- Ela saiu com algumas amigas. Hoje é sexta-feira. Se você não se diverti, não venha querer proibir seus funcionários de fazer isso. – Ela respondeu malcriada. 
- Ela sabe que você saiu? – Perguntei.
- Não. – Ela respondeu curta.
- Saiu escondida? – Perguntei.
- Se ela não sabe que eu saí... – Ela respondeu óbvia. Revirei os olhos – Você sabe que estou de castigo, escutou a minha conversa com ela. – Explicou. 
- Aquele é o garoto que ela não quer que você saía? – Perguntei, agora, interessado. Ela apenas afirmou com a cabeça. – Então, por que saiu com ele? – Perguntei, mais uma vez.
- Porque eu gosto de sair com ele e fazer coisas com ele. Joe é divertido! – Ela respondeu, com um sorriso bobo no rosto. E aquele sentimento, chamado ciúmes, que eu senti quando vi Demetria sendo carinhosa com o tal garoto, me invadiu novamente. Eu gostaria de vê-la sorrindo daquela forma por mim. 
- Você gosta dele? – E quando percebi, aquela pergunta havia pulado da minha boca. Demetria riu baixo. 
- Claro que gosto. Somos amigos, oras. – Ela respondeu esperta. Retirei minhas mãos do volante e as apoiei em cada uma de minhas pernas, enquanto encostava minha cabeça no banco. Demetria direcionou seu olhar para mim.
- Eu não estava me referi... –Ela me interrompeu. 
- Pra onde você vai me levar? – Ela perguntou, me encarando.
- Não faço á mínima ideia. Você tem algum parente ou alguma amiga? – Perguntei, encarando seus pés, que estavam descalços, em cima do banco. Ela havia retirado os sapatos. 
- Meus parentes moram ou na Austrália ou no Texas. E minhas amigas, nesse momento, estão na festa que eu também deveria estar. – Ela respondeu, ainda me encarando. 
- Espera, você não tem a sua chave de casa? – Perguntei.
- Não. Eu esqueci... Como sempre. – Ela respondeu. – Tenho um serio problema com essa chave. – Ela comentou divertida. Ri, sem deixar que ela percebesse. 
- Sinto em te dizer, mas vou levá-la para minha casa. – Falei sério. Voltei a minha posição de antes e logo dei partida no meu carro. Olhei de esguelha para Demetria e ela estava surpresa. 

O caminho até minha casa, foi um silêncio. Em momento nenhum Demetria ousou falar um aí e nem mesmo direcionar seu olhar para mim.
Assim que chegamos, estacionei o carro na garagem interna. Esperei que Demetria saísse do carro, para depois eu sair. Mas ela não fez menção disso.
- O que está esperando? – Perguntei sério. 
- Não vou com você. Não vou entrar em seu apartamento. Eu nem sequer conheço você. Você é só o chefe da minha mãe. Só isso. – Ela respondeu nervosa.
- Ah, e agora você resolve falar isso?  Perguntei sarcástico. – Eu não parecia ser só o chefe da sua mãe, quando você ficou me dando selinhos ou olhares maliciosos. – Respondi serio. 
- De qualquer forma, não conheço você. – Ela falou firme.
- Você vai gostar do meu apartamento. – Falei cínico. 
- Não. – Ela falou.
 - Vamos logo, Demetria! Não me irrite. – Falei ríspido. Ela continuou parada. 
Sai do carro, dando meia volta e logo abrindo a porta do carona, com certa brutalidade. Demetria me olhou assustada.
- Vamos logo! – Ordenei. Ela calçou seus sapatos e saiu lentamente do carro. – Obrigado. – Agradeci cínico. 
Tranquei o carro com o alarme e quando fiz menção de caminhar em direção ao elevador, vi que Demetria não estava ali. Escutei seus saltos quicando na direção contrária da minha e me virei. Ela estava caminhando para fora da garagem.
- Onde você pensa que vai? – Perguntei alto. 
- Vou pra festa! Onde eu deveria estar agora. Na festa. Com meus amigos e um garoto maravilhoso, que provavelmente, eu faria coisas no carro dele. – Ela respondeu malcriada, na mesma altura de minha voz e mostrando o dedo do meio.

"Um garoto maravilhoso, que provavelmente, eu faria coisas no carro dele" quando escutei essas palavras senti todo meu corpo ferve de raiva e ciúmes. E sim, eu estava com ciúmes daquela criatura. Eu infelizmente estava com ciúmes de Demetria.
Quando percebi, corri rapidamente até Demetria. Chegando perto o suficiente dela, segurei seu braço com força, fazendo-a parar de caminhar.
Segurei o corpo de Demetria pela cintura, sem mais e nem menos, coloquei-a em meu ombro. Seu tronco estava jogado para trás, enquanto sua bunda pendia para cima, na altura de meu rosto. 
- O que você pensa que está fazendo? – Demetria perguntou em meio de gritos. – Me solta agora! – Ela gritou. 
- Não. Nós vamos para o meu apartamento e se não se comportar eu vou telefonar pra tua mãe. – Falei risonho. Vendo-a naquela situação, não me deixava mais com raiva, mas me divertia. Me divertia muito!
- Me solta agora, Nicholas! – Ela gritou, enquanto estapeava minhas costas e batia, sem muito força, seus pés em meu joelho.  Eu odeio você! Odeio! – Ela gritava bravíssima, enquanto continuava a me bater.
- Você vai superar isso. 
– Falei cínico. Bocejei, para mostrar o quão estava entediado.

Caminhei com Demetria gritando e me batendo, até o elevador. Apertei o botão e esperei até que o mesmo chegasse. Demetria continuava a gritar e me bater. 

Depois de dez minutos, o elevador chegou e eu entrei. Apertei o botão de meu andar e quando as portas se fecharam, coloquei Demetria no chão. 
- Eu deveria ligar pra polícia! – Ela rosnou, estapeando meu peito.
- Ligue. Sua mãe iria adorar saber que além de sair escondida, porque está de castigo, também saiu com aquele sujeito que ela não aprova. – Falei vitorioso, enquanto segurava seus pulsos e encarando-a divertido. Ela bufou e puxou com força seus pulsos, fazendo com que eu os soltasse.
- Foda-se! – Ela falou irritada, arrumando sua roupa.
- Não seja malcriada. – Pedi em tom de deboche.

O elevador parou em meu andar e como meu apartamento era cobertura, o elevador ia direto ao meu andar.
Só quando ela estava de costas, percebi que ela vestia um vestido preto curtíssimo e uma jaqueta de couro vermelha igual o sapato de salto alto fino. Já disse como eu me excitava quando via mulheres usando salto alto? Pois é. E a maldita estava usando.
Passei em sua frente rápido, antes que começasse a ter pensamentos pecaminosos com ela e não conseguisse me segurar. 
Assim que ela entrou, senti seu perfume adocicado entrando sem nenhuma permissão em minhas narinas. 
Entrei e fechei a porta, em seguida trancando-a com a chave.
- Vou tomar banho. Você pode ficar a vontade desde que não me roube nada ou fuja. – Falei sério. Demetria continuou parada no meio da sala, com a expressão de surpresa em seu rosto.
- Não irei roubar você. Você é chefe da minha mãe! – Ela retrucou indignada. Apenas ri baixo.

Deixei Demetria na sala e subi as escadas, caminhando em direção ao meu quarto. 
Entrei no quarto, deixando a porta entreaberta e joguei minhas coisas em cima da cama. Caminhei até o closet, onde peguei minhas peças de roupa e uma toalha de banho limpa. Entrei no banheiro e liguei a banheira, enquanto retirava minhas roupas, colocando-as no cesto de roupa suja. Assim que a banheira encheu, eu entrei. Ao sentir toda aquela água morna, meu corpo relaxou. 


Fiquei naquele banheiro, no mínimo uns cinquenta e cinco minutos, depois sai da banheira, retirando a tampa do ralo para que a água escoasse. Sequei meu corpo e vesti minhas roupas. Vesti uma camisa preta de mangas cumpridas e com três botões na gola V; e uma calça de moletom escura. Passei as mãos entre meus cabelos, desarrumando-os.

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Capítulo 07 postado! E é á partir desse capítulo que as coisas começam a esquentar. Posso dizer que o capítulo 07 em diante, são meus capítulos favoritos e espero que sejam os de vocês também. Enfim. Comentem sobre o que vocês acham que vai acontecer. Hahahahaha. Beijocas e até sexta-feira, galera!

6 comentários:

  1. Estou amando e estou doida pra saber o que vai acontecer

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  2. Como você pode parar nessa parte?! Humm acho que pode ser que algo vá acontecer entre esses dois. Enfim, você me deixou MUITO curiosa..
    Muito bom o capítulo! Amei...

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  3. Será que a Demi vai fugir?..Hahahahaha que capítulo emocionante hjjkjkjkyhs adorei. ❤️❤️❤️ ;)

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Não faço a mínima ideia do que pode acontecer.. kkkkk até pq acho que td pode acontecer. Enfim. Tá ótimo!!!

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  6. mds, voce me deixou curiosa pra saber o que vai acontecer!!!! posta logo, por favor <3

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