"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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sábado, 12 de julho de 2014

Capítulo 10: Será que ele veio me procurar?

Capítulo Anterior:
Por que eu tive que me preocupar com Demetria? Por que eu não a deixei sair com o babaca do garoto que ela tanto gosta? Isso evitaria dores de cabeça para mim. Evitaria estresse. 
Vi um clarão ofuscar meus olhos e em seguida uma buzina de caminhão ecoou por meus ouvidos. Manobrei rápido e desesperadamente meu carro para o lado esquerdo e a ultima coisa que lembro antes de apagar, foi sentir um baque no carro, seguido por um baque em minha cabeça. 



Demi’s POV

Sábado, meio-dia e quinze.

Acordei e abri meus olhos lentamente. Sobre a madrugada anterior ocorreu tudo bem. Mamãe havia chego quinze minutos depois de mim e não havia desconfiado de nada. 
E eu ainda estava morrendo de raiva de Joe. Como ele ousou ficar com a Blanda, sabendo que eu a odiava? 
Era só eu não estar por perto, para ele me substituir por qualquer uma. Aí, como eu morria de raiva disso! Mas ele ia ver só. Ele ainda ia ter que escutar muito de mim.

Levantei lentamente e caminhei até o banheiro, onde fiz minha higiene matinal e escovei meus dentes. Saí do banheiro e voltei ao meu quarto, caminhando em direção ao meu guarda-roupa. Retirei dali uma regata preta, que chegava até metade das minhas coxas, e um shorts jeans rasgado. Vesti as roupas e em seguida, fiz um coque malfeito em meu cabelo.
Sai de meu quarto, deixado á porta entreaberta e desci as escadas.
Caminhei até a cozinha e ao chegar a mesma, encontrei ali, minha mãe conversando ao celular. Ela parecia estar preocupada. Muito preocupada!
- Certo. Mas ele está bem? Tem certeza que não está muito ferido?  – Ela perguntava nervosamente. Senti um sentimento de angustia em meu peito. Como se algo estivesse errado. Pigarrei e mamãe olhou em minha direção, fazendo um sinal de espera com a mão.

Sentei-me na banqueta em frente ao balcão, pegando um copo que estava perto de mim e colocando suco de abacaxi, que estava em cima da mesa. Depois peguei duas torradas e passei geleia de maçã por cima, mordendo-as em seguida.
Mamãe encerrou a ligação e pós o celular em cima do balcão. Seu olhar era um misto de preocupação com tristeza. Estava começando a ficar preocupada.
- O que aconteceu? – Perguntei, enquanto bebia o suco.
- Nicholas sofreu um acidente ontem. – Ela respondeu, sem me olhar. Meus olhos se arregalaram em uma fração de segundos e quase me engasguei com o suco.
- O que? – Perguntei tentando não parecer desesperada.
- Pois é. Parece que ontem ele andava por essas redondezas e bateu com o carro em um poste. Graças á Deus não aconteceu o pior. Ele está bem, mas está no hospital, vai voltar para casa hoje mesmo. Ele apenas sofreu uns arranhões na testa. – Mamãe respondeu. – Ele bateu com o carro a umas duas quadras daqui. Será que ele veio me procurar? Por acaso ele esteve aqui, filha? – Mamãe perguntou.
- Ãn... Não, mãe. – Falei sem jeito. – Você vai ir ver o Nicholas? Quem te contou que ele está no hospital? – Perguntei, tentando disfarçar o nervosismo.
- Sim. Só que mais tarde. Ah, um amigo dele, chamado Michael. Sabe, o Nicholas não tem muito familiares aqui em Los Angeles. Esse tal Michael é um dos poucos amigos dele e ele me conhece, Nicholas já nos apresentou. Então, provavelmente, ele se lembrou de mim. – Ela respondeu.
- Ah, sim... E eu posso ir com você? – Perguntei, mais uma vez.
- Por que todo esse interesse hein? – Ela perguntou risonha.
- Ué, nada, mãe. Só que o senhor Jonas é bem gente boa. Queria visita-lo só pra ser legal mesmo. – Respondi insegura, sem olha-la.
- Tudo bem, filha. Sabe que eu estou brincando. – Ela falou e riu.
- Certo. Vou pro meu quarto. – Falei ainda sem jeito, me levantando.
- Mas você nem comeu nada. – Mamãe me avisou.
- Mais tarde eu como! – Falei alto e saí da cozinha de uma vez por todas.

Subi as escadas rapidamente e caminhei mais rápido ainda em direção ao meu quarto.
Entrei em meu quarto e fechei a porta, trancando-a também. Encostei-me na porta e deslizei até o chão, sentando no mesmo. Abracei minhas pernas e quando menos percebi, comecei a chorar.
Nicholas sofreu acidente e aposto que foi culpa minha. Porque eu fui egoísta, porque fui mal agradecida e porque o tratei mal, sem ele merecer.
Apesar de eu não ter ido á festa, por causa dele, ele me tratou muito bem na noite passada e se preocupou comigo á todo momento. Enquanto eu fui egoísta, mesquinha. Estava mais preocupada com a festa, com Joe que estava se esfregando em outra garota.
Eu me sentia culpada. Completamente culpada. E de fato, a culpa era minha!
Algo muito pior podia ter acontecido com ele. Ele poderia ter se ferido muito mais. E tudo isso era minha culpa. Eu sabia, ninguém precisava me dizer!
A cada pensamento que eu tinha sobre o que aconteceu e o que poderia acontecer com Nicholas, minhas lagrimas só desciam mais rápidas e com mais desespero.
Cheguei até ao ponto de soluçar de tão grande que era a angustia que eu sentia.

Quando eu finalmente consegui parar de chorar, me levantei e enxuguei minhas lágrimas. Caminhei até o banheiro, ficando de frente com a pia, me olhei no espelho e vi o estado lamentável que me encontrava. O rosto inchado e avermelhado, assim como os olhos e a ponta do nariz. Lavei meu rosto, tentando amenizar aquela situação.
Saí do banheiro e caminhei em direção ao criado-mudo, pegando meu celular em cima do mesmo e procurando o número de Nicholas. Havia pego o número dele no celular de mamãe.
Resolvi ligar, mesmo sabendo que talvez ele não me atendesse.
A ligação chamou, chamou e chamou, mas logo foi atendida. O que me surpreendeu.
Uma voz feminina ecoou pelo celular:
- Alô? – A voz era fina, de mulher,  e meio irritadiça.
- Ah, de-desculpe. É engano. – Falei sem jeito e logo desliguei.

Joguei o celular em cima da cama e logo em seguida me jogue na mesma direção.
Estava me sentindo tão mal. Queria logo ver Nicholas, pedir desculpas a ele e dizer o quão egoísta eu fui. Dizer que não queria que nada daquilo tivesse acontecido com ele.
Porém, também tinha medo de ser rejeitada e esculachada. Algo que eu merecia. Merecia que Nicholas fosse um baita filho da puta comigo. Porque quando ele foi gentil, eu fui babaca e talvez, só quando ele fosse babaca comigo, eu aprendesse...

Sete e dez da noite.

Senti meu corpo sendo balançado lentamente e quando abri os olhos, encontrei minha mãe.
Acabei dormindo depois de ter telefonado para Selena e ter contado toda a história.
- Filha, estou indo ver Nicholas. Ele já está em casa... Você quer ir? – Ela perguntou baixinho.
- Sim. – Respondi sonolenta. Cocei meus olhos.
- Ok. Então, se arruma rapidinho e vamos. – Ela pediu.
Assim que mamãe saiu do quarto, levantei e caminhei lentamente até o banheiro, onde lavei meu rosto e escovei meus dentes. Voltei ao quarto e caminhei em direção ao guarda-roupa. Peguei uma calça jeans rasgada e uma blusa cinza, de mangas cumpridas. Vesti as roupas e em seguida, calcei meu coturno. Arrumei meu cabelo, fazendo um coque mais ajeitado.

Mamãe e eu já estávamos no carro, á caminho do apartamento de Nicholas. Antes de sairmos de casa, ela ligou para o amigo dele, o tal de Michael, avisando que iriamos ir vê-lo.
O caminho todo fui pensando em como seria ver Nicholas daquela forma. Por mais que ele não estivesse tão ferido, eu não saberia como encara-lo depois de saber que ele sofreu um acidente por culpa minha.

Chegamos ao condomínio de Nicholas e mamãe estacionou do outro lado da rua. Saímos do carro, mamãe trancou o mesmo e atravessamos a rua, caminhando em direção á entrada do prédio. O porteiro já conhecia mamãe e ele pareceu também me reconhecer, apesar de não ter tido nada. Graças á Deus!
Caminhamos pelo hall do prédio e logo chegamos á frente do elevador, onde mamãe apertou o andar de Nicholas, era o último.
Entramos no elevador e cumprimentamos com sorrisos (tolos) as poucas pessoas que estavam ali.
Assim que o elevador parou no andar que queríamos, eu e mamãe saímos. Caminhamos até a porta do apartamento de Nicholas e assim que mamãe apertou a campainha, senti meu coração bater mais rápido a cada segundo. Era capaz de eu passar mal ali mesmo.
Depois de alguns minutos, a porta foi aberta por uma mulher. Ela era bem alta, magra (demais), cabelos totalmente lisos e castanhos. O rosto fino, olhos grandes e bem desenhados, os lábios de tamanho médio, o nariz fino e arrebitado na ponta.
 Ela estava muito bem maquiada, além de muito bem arrumada. Vestia um vestido vermelho de ombro-caído, que chegava até seus joelhos, e calçava sapatos brancos de salto alto.
Ela era bonita... Muita bonita!

- Olá, Olivia. – Mamãe cumprimentou-a.
- Olá, Dianna, querida. Veio ver o Nick, não é?! Entre, por favor. – Ela falou simples. Senti uma falsidade em sua voz.
A tal Olivia (palito) deu espaço para nós passarmos e quando eu passei, ela ficou me encarando sério. Como quem pergunta "O que esse ser está fazendo aqui?” Com muita dificuldade a ignorei.

Assim que entramos, podemos ver Nicholas sentado no sofá da sala, junto com outro homem – deduzi que era o tal Michael. Os dois conversavam animadamente.
A cada passo que eu dava para mais perto dele, meu coração batia mais forte, parecia até que ele sairia pela boca.
Escutei Nicholas rindo e aquilo me fez parar de andar, antes que eu me aproximasse mais dele. Ao contrário de mamãe, que se aproximou totalmente. Abraçou-o, beijou-o e falou mais de mil vezes que ficou preocupadíssima ao saber que ele havia sofrido um acidente. Mamãe falava que estava preocupada e Nicholas achava graça, como se nada tivesse acontecido.
Qual era o problema dele? Ele quase morreu, porra!

- Demetria, vem aqui! – Escutei mamãe me chamando.

Olhei na direção onde Nicholas se encontrava e ele estava me encarando de uma forma curiosa, enquanto a minha expressão devia ser de puro espanto. Olhei para seu rosto que continha alguns cortes, o lado direito estava arroxeado e ele tinha um curativo enorme na testa. Aquilo cortou meu coração de uma forma inexplicável. Não gostava de vê-lo daquela forma.


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Capítulo 10 postado! Não pude postar ontem, porque estava muito ocupada com a festa da minha escola, por isso, vou postar dois capítulos hoje (10 e 11). Espero que vocês gostem e me desculpem por atrasar os capítulos. Beijocas! 

2 comentários:

  1. Olivia (palito) KKKKKKKKKKKKK MORTA awn que dósinho da Dems,enfim o cap ta ótimo (:
    Beijos ♥

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  2. Omg! *--*
    Muito bom! Eu estava muito ansiosa por este capítulo, e realmente gostei muito! Continua!

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