"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Capítulo 12: Que porra é essa?

Capítulo Anterior:
Olhei em seus olhos e ela estava olhando fixamente para mim, como se eu fosse a única coisa naquela sala, seu único foco. Percebi que seu olhar transmitia angustia, preocupação. Não poderia ser... Ela realmente estava preocupada comigo? Ela estava ali por que ela queria?
Um sorriso quase abriu em meu rosto, se não fosse pela imagem de Olivia interromper meu contato visual com Demetria.


Nick’s POV

Olivia caminhou para sala novamente, se posicionando ao lado de uma poltrona, mas sem sentar-se na mesma, ficou apenas parada e em pé, enquanto me encarava.
Meu olhar encontrou Demetria novamente. Seus cabelos preso num coque malfeito, uma roupa qualquer e o rosto levemente inchado. Ela estava ali. Essas três palavras ecoavam por minha mente á todo momento. Parecia que assimilar aquelas palavras doíam mais do que a minha própria dor de cabeça.
Demetria caminhou em nossa direção e ficou no último degrau da escada.
- Co-como você está, senhor Jonas? – Demetria perguntou sem jeito.
- Vivo. – Respondi ríspido. Ela suspirou pesadamente e parece que apenas eu percebi isso.
- Vamos parar de fazer essas perguntas, certo?! – Dianna falou contente. – Você comeu? – Ela perguntou, me encarando.
- Ele não comeu nada. Ficou reclamando que comida de hospital é um horror. – Olivia respondeu por mim. Odiava quando ela fazia isso.
- Então, que tal eu preparar algo bem gostoso para todos nós comermos. Você pode me ajudar, Olivia querida. – Dianna falou, levantando-se e colocando a bolsa ao meu lado.
- Eu? – Olivia perguntou incrédula. – Eu não levo o menor jeito para isso. Aposto que sua filha é a melhor ajuda para você. – Ela explicou.
- Demetria? – Dianna perguntou risonha. – Demetria não sabe nem fazer miojo. Já que você está noiva de Nicholas, deve aprender pelo menos umas coisinhas básicas. Nada de mais e nem vai sujar suas mãos ou unhas. – Dianna, perguntou puxando Olivia pela mão.
- Onde fica a o banheiro? – Demetria perguntou do nada, antes que Dianna e Olivia saíssem.
- Tem um aqui embaix... – Interrompi Olivia.
- Aquele está estragado. Vem comigo, que eu te mostro o meu, no andar de cima. – Falei, me levantando.
- Nick, o médico falou que você tem que descansar. Não deve ficar fazendo esforço. – Olivia falou emburrada. – Creio que Michael pode mostrar o banheiro do andar de cima para ela. – Falou, por fim.
- Esforço? – Perguntei sarcástico. – É a escada do meu apartamento. Tenho que subir de qualquer jeito. E Mikey está muito ocupado com seu celular. Não quero atrapalha-lo.  – Expliquei.  Mikey gargalhou. – Vamos, Demetria. – Pedi quase que ordenando.

Não sabia se Demetria, realmente, queria usar o banheiro, mas usaria isso como uma desculpa para ficar sozinho com ela, nem que fosse dois minutos. Fui na frente e Demetria me seguiu.
Durante o curto trajeto até o meu quarto, comecei a pensar no beijo que aconteceu ontem.
Tudo aconteceu tão rápido, que eu havia até me esquecido que aquele beijo realmente havia acontecido. Aqueles lábios carnudos e macios haviam sido meus por longos minutos. Tão longos que pareciam ser eternos. E só de pensar naquela boca, naquela língua, eu sentia vontade de mais. Queria provar mais daquele jeito. Queria ver até onde Demetria queria ir comigo. Até onde ela capaz. Do que ela era capaz. Eu a queria... Mas ela não me queria.
Estava ocupada demais, se preocupando com o babaca do namorado dela, que não parecia dar a mínima pra ela. E foi só pensar no maldito, que eu senti uma raiva imensa tomar conta do meu corpo.
Entrei no quarto e esperei que Demetria entrasse, assim que ela o fez, fechei a porta e me encostei nada mesma. Ela se virou lentamente e me encarou. Ela estava distante.
- Me desculpa... – Ela falou triste.
- Oh, por favor. Não seja cínica, Demetria. – Falei ríspido.
- Não estou sendo cínica. Estou falando a verdade. Depois que eu soube o que aconteceu contigo, me senti culpada. E de fato a culpa é minha. Porque eu deixei você irritado. Fui mal agradecida e só pensei em mim. Você foi tão bom pra mim ontem... – Ela falou, me encarando. – É. Está aí uma coisa que nós dois concordamos. Você foi mal agradecida pra caralho! – Falei sarcástico.
- Não me faça sentir pior do que eu já estou, por favor. – Ela pediu.
- Não seja patética, garota. Não sei o que me deu na cabeça de me meter na sua vida. Deveria ter deixado você ir a tal festa. Talvez, assim não estaria com a testa rachada e minha BWM não teria virado sucata. – Falei ríspido. – Veio aqui só por isso? Por que sentiu culpa?! Você é pior do que eu pensei. – Falei, agora, sarcástico.
- Não... Eu estou me sentindo culpada sim, mas també... – Eu a interrompi.
- Mas também o que? Também veio me pedir desculpas porque sabe que foi uma adolescentezinha mimada? – Falei ríspido, me aproximando dela. – Aposto que eu não tivesse parado no hospital, você não estaria pouco se fodendo para mim. – Falei, chegando mais perto. – Aposto que estaria pensando naquele babaca do seu namorado. – Falei, agora perto dela. Perto demais.
- Não fala isso. – Ela pediu. Ela já não me encarava mais. Estava olhando para baixo e sua voz era arrastada, como se estivesse chorando.
- Por quê? – Perguntei. – Você pode falar o que bem entender para mim, mas eu não posso fazer o mesmo com você? – Perguntei e segurei seus braços com força. – Responda-me! – Ordenei.
Demetria ergueu seu rosto e eu pude ver que ela, realmente, estava chorando. E foi nesse momento que eu me senti o cara mais babaca do universo. Vendo-a chorar daquela forma tão frágil...
Por mais que eu quisesse sentir raiva dela, por mais que eu quisesse fazê-la pagar pelas coisas que me disse ontem, eu não conseguiria fazer nada para magoa-la. Aquilo mexia comigo de uma forma indescritível. Vê-la daquela forma tão frágil mexia com meu ego, com a minha arrogância e me fazia ter vontade de cuidar dela. O que eu senti ao vê-la naquele estado, não tinha nome, não tinha explicação.
Afrouxei minhas mãos em seus braços e ela em um ato rápido, me abraçou. Abraçou-me forte. Em seguida, repetiu por milhares de vezes em meio de choros:
- Desculpe-me, Nicholas. Por favor, me desculpe... – Ela repetia. Retribui o abraço e em seguida, passei minhas mãos por seus cabelos, depois afastei seu rosto de meu peito e segurei-o entre minhas mãos. Seus olhos estavam avermelhados, assim como a ponta do nariz e as suas bochechas.

Encostei nossas testas e percebi que Demetria havia fechado os olhos, fiz o mesmo e me deixei levar pelo momento. Sem demoras nossos lábios roçaram um no outro e Demetria entreabriu boca, então, invadi a mesma com minha língua, fazendo com que sua boca abrisse mais e se encaixasse perfeitamente a minha. Nossas línguas se encontraram, entrelaçando-se uma a outra e logo em seguida, desentrelaçando, e repetindo tais movimentos por diversas vezes.
Desci uma de minhas mãos para a nuca de Demetria e a outra para suas costas, apertando-a mais para mim. Senti o corpo de Demetria se arrepiar assim que minha língua começou a explorar toda a sua boca. E eu gostei disso... Gostei muito disso!
As mãos de Demetria foram parar nos meus ombros, apertando-os levemente e em seguida, em minha nuca, apertando a mesma e finalmente, depois bagunçar meus cabelos, suas mãos se aquietaram ali.

- Que porra é essa? – Escutei uma voz atrás de nós. E tão rápido como começou o beijo, ele terminou.
Agora, Demetria ofegante, olhando assustada para a porta e o mais longe possível de mim.
Virei-me lentamente e encontrei Mikey, nos olhando incrédulo.
- Caralho, você me deu um susto, Michael! – Reclamei ofegante, coçando minha nuca.
- Você já usou o banheiro, garota?! Então, saí fora! – Mikey falou ríspido. Sem dizer um aí ou direcionar seu olhar para mim, Demetria saiu de meu quarto.
- Não precisava falar assim com ela. – Falei sério.
- Ah, não precisava?! – Ele falou sarcástico. – Você esqueceu que foi aquela garota que te mandou pro hospital? E foi por causa dela, que você quase morreu. – Ele falou indignado.
- Mas não morri. Estou aqui. Vivo. Inteiro. – Falei ríspido. Suspirei, assim que minha respiração se normalizou. – Mikey, eu te falei sobre ela... – Dei uma pausa. – Ah, porra! Eu não sei de mais nada. Estava pronto para trata-la da pior forma possível, mas quando vi o estado que ela ficou, não consegui. Ela se preocupou comigo, entende?! – Falei sério. Mikey suspirou pesado e depois de longos minutos – que pareciam uma eternidade – em silêncio, ele abriu a boca:
- Você parece uma menininha apaixonada. Só que falta dizer que está apaixonado por essa ninfeta. – Ele falou, agora divertido.
- Ah, vá se foder, Michael! – Falei, revirando os olhos e ele riu.

Mikey e eu descemos, Olivia e Dianna ainda estavam na cozinha, preparando algo para comer. Podia escutar as risadas de Dianna e Olivia. Resolvi ficar em silêncio, para não ter perguntas sobre a demora minha e de Demetria. E falando nela... Ela estava jogada em minha poltrona, que ficava bem de frente a televisão, enquanto mexia freneticamente no celular. Ela e aquele (maldito) celular.

Quando o jantar ficou pronto, disse a Dianna que usasse a sala de jantar e quando disse a ela que aquela mesa enorme ainda não havia sido usada, ela só não me bateu porque eu estava todo dolorido. Demetria, Mikey e eu arrumamos a mesa, enquanto Dianna trazia o prato daquela noite: massa a parmegiana. 

Quando eu vi todas aquelas pessoas sentadas a mesa, jantando comigo, me senti estranho. Fazia um bom tempo que não jantava – ou fazia qualquer refeição – com muitas pessoas. Sempre era eu sozinho, ou eu e Olivia, ou e Mikey. Mas nunca, eu e mais quatro pessoas. Isso fez com que eu sentisse falta dos jantares que tinha junto a minha família.
Porém, de qualquer forma fiquei estranhamente feliz ao ver aquela mesa sendo usada. E só para não perder o habito, Demetria e eu trocamos olhares diversas vezes naquela mesa. Mikey, obviamente, percebeu já Olivia e Dianna não.

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Capítulo 12 postado! Mais um momento Nemi (Êh!). Espero que vocês gostem desse capítulo e comentem o que acham, se quiserem podem dar sugestões e coisas do tipo, mas comentem qualquer coisa, por favor!!! Enfim. Até sexta-feira, galera. Beijocas!

8 comentários:

  1. Que capítulo perfeito, mds! Sério, tá muito bom! Amo momentos Nemi, aliás, amo esses dois, apesar de não ser real.
    Estou ansiosa para o próximo! Posta logo!
    Beijos!

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  2. Você quer é me matar com esse capítulos. Nem shippava "Nemi" e você fez com que eu gostasse. Haha! Não sei consigo esperar, mas acho que até sexta eu vou morrer de ansiedade. Tá maravilhoso! Beijo!
    -Sthefane

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  3. Ai mds que maravilhoso! Eu morro de tanto esperar até sexta :x Ta pft!

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  4. Li o título já amei, agora "Aquele está estragado. Vem comigo, que eu te mostro o meu.." "Esforço? É a escada do meu apartamento" é pra me apaixonar de vez, Olívia acho que é hora de dar tchau. Ta bom parei vou terminar de ler.. Ass.:Cys

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  5. O melhor e mais perfeito capitulo, você se superou com certeza, mais momentos nemi, please! ♥-♥ Ass.: Cys

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  6. Mal posso esperar para chegar sexta-feira! Aaaaaah!
    Eu já shippava Nemi com todas as minhas forças, você ainda faz um capitulo perfeito desses? É pra acabar comigo! hahaha

    Posta logoo <3

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  7. Nossa, amo a atitude do Nicholas. Adorei esse e os capítulos anteriores que não comentei já que não tive tempo pra entrar aqui. Enfim. Sem defeitos... Como sempre. ;) xoxo

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