"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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sábado, 27 de setembro de 2014

Capítulo 31: Muito menos por Demetria.

Capítulo Anterior:
Olhei para ela sem entender e ela fez sinal com a cabeça, para que eu olhasse para frente. Feito isso, encontrei Nicholas vestido num terno gelo, perfeitamente alinhado ao seu corpo, entrando na loja. Ele me encarou com surpresa. Peguei na mão de Selena, agradeci a atendente e saí logo dali.




MARATHON SATURDAY (1/4)!

Capítulo divido:
Parte I.

Nick’s POV

Minha reunião com Kevin saiu pior que eu esperava. Ele me perguntará se estava tudo bem e eu menti, é óbvio. E mesmo assim ele achou melhor remarcarmos a reunião para semana que vem. Esse era um dos meus raros momentos de desconcentração. 
O restante do meu dia foi um verdadeiro desastre, então, aleguei estar me sentindo mal e fui embora mais cedo.

No caminho até meu apartamento fui pensando em Demetria. Havia perdido as contas que quantas ligações fizera para ela. Quando ela atendeu uma das ligações, preferi que não tivesse atendido ao ter que estucar as quatro palavras que mais doeram em meu ego (e mesmo não querendo admitir, em meu coração também): “Fique longe de mim”. É, doeu. Doeu pra caralho!
As pessoas tinham essa mania irracional de tirar conclusões precipitadas das coisas. Primeiro elas veem o que querem e saem por aí dizendo coisas das quais nem sabem. Demetria nem sabia o que realmente havia acontecido e nem tinha me deixado explicar. 

Ao chegar em casa, a primeira coisa que fiz, foi encher um copo com Whisky e beber o conteúdo em questão de segundos. Repeti o ato mais algumas vezes e assim foi a minha noite.

Terça-feira, oito e quinze. 

Meu despertador escandaloso começou a tocar, me despertando. Estiquei minha mão e desliguei o aparelho. Abri meus olhos lentamente e os senti pesados. Assim que levantei, senti minha cabeça latejar forte. Acho que bebi demais. Percebi que vestia as roupas de ontem e que havia um copo em cima do criado-mudo, ao lado da cama. É, eu realmente bebi demais!
Caminhei até o closet, onde peguei uma tolha de banho limpa e separei as roupas que vestiria. Sai do closet e entrei no banheiro, já ligando a banheira e sem esperar que a mesma enchesse, entrei. A água estava gelada e fez me sentir bem. Fechei os olhos e mergulhei. A primeira coisa que me veio á cabeça, foram àquelas malditas quatro palavras: 
“Fique longe de mim”
“Fique longe de mim”
“Fique longe de mim”
Como ela podia tirar conclusões sem ao menos escutar meu lado da história? Ela nem sabia realmente o que tinha acontecido e achava que podia falar assim... Comigo? Não, ela não podia e ela me escutaria. Querendo ou não. Ela é só uma adolescentezinha de merda e não iria me tratar como um dos seus namoradinhos de colégio. Ah, com certeza não iria.

Cheguei á empresa atrasado, o que fez Dianna ficar preocupada mais do que deveria, pois ontem sai cedo e hoje cheguei atrasado. Foquei toda a minha concentração em meu trabalho, tinha muita coisa para fazer e eu não podia deixar nada pendente. Comecei a fazer os orçamentos das novas joias, o que deveria ter feito ontem. 

Onze e dez da manhã.

Escutei duas batidas em minha porta e ordenei que entrasse. A porta foi aberta e Dianna apareceu entre a mesma e logo entrou. Caminhou lentamente até minha mesa, com alguns papéis na mão e parou em frente á minha mesa.
- Senhor Jonas, não vai almoçar? – Dianna perguntou.
- Estou sem tempo. Tenho que terminar os orçamentos. – Respondi, não desgrudando os olhos dos papéis a minha frente. – Graças á minha saída ontem, deixei atrasar alguns trabalhos. – Expliquei sarcástico. – Esses são os croquis que foram refeitos ou são os novos? – Perguntei, agora, encarando-a e olhando para o monte de papel em suas mãos.
- Na verdade, são os novos contratos das novas joalherias. – Ela respondeu, pondo o s papéis em minha mesa. – Sabe, senhor Jonas, eu acho que todo esse seu mal estar é estresse. O senhor trabalha demais, sem contar que mal se alimenta quando está trabalhando. – Dianna falou com aquela voz velosa. Ri anasalado.
- Sabe o que realmente me estressa? Você me chamando de senhor á todo momento. – Falei divertido.
- Então, façamos assim, eu paro de te chamar de senhor e você desce e almoça comigo. – Ela sugeriu, com um sorriso esperto.
- Fechado. – Concordei, me levantando.

Assim que peguei minha carteira e meu celular, Dianna e eu saímos da minha sala e caminhamos lentamente até o elevador. Apertei o botão chamando o elevador e em poucos minutos o mesmo veio. Entramos e apertei o botão do térreo.
O elevador parou, Dianna e eu saímos, caminhamos para fora da empresa.

Fomos á um restaurante simples, perto da empresa, e Dianna revelou ser seu favorito. Ela almoçava todos os dias ali. No caminho conversamos sobre o trabalho, por falta de assunto, e depois acabamos conversando sobre como tinha sido o congresso. Acabei não perguntando isso á ela.
Chegando ao restaurante, sentamos numa mesa perto da janela. Sentei de frente para Dianna. O garçom veio e nos entregou o cardápio, antes que ele saísse pedimos algo para beber, feito isso, ele se foi. Olhamos o cardápio e não demorou muito para escolhermos o que queríamos comer. O cardápio parecia já ser decorado por Dianna.
O garçom trouxe nossas bebidas e nós fizemos nossos pedidos.
- Então, como está Olívia? – Dianna perguntou, parecendo animada.
- Não faço a mínima ideia. – Respondi. – Terminamos nosso noivado. Aliás, ela terminou. – Expliquei, bebericando meu suco de morango. Dianna ergueu as sobrancelhas, em sinal de surpresa.
- Sério? – Ela perguntou. Ri baixo e assenti.  – Ela sempre me pareceu tão... – Interesseira. Pensei. – Determinada em casar com você.  – Completou.
- Determinada? Nossa, até parece que eu sou um trabalho difícil de ser completado. – Falei divertido. Ela riu.
- Bem, digamos que você, Nicholas, não seja a pessoa mais fácil do mundo. – Ela falou séria. – Mas sabe, eu nunca achei que vocês estivessem apaixonados ao ponto de casar. – Comentou.
- Apaixonados? – Perguntei debochado e ri. – Dianna, minha cara, Olívia e eu só íamos nos casar por conveniência. Por título. Não estávamos nem um por cento apaixonados um pelo outro, isso é fato. – Falei sério. – Não posso dizer que estou triste por ela ter terminado este noivado. Na verdade, sinto que um grande peso foi retirado de cima de mim. – Comentei.
- Você vai arranjar a pessoa certa, querido. – Dianna falou novamente, com aquela voz velosa.
- Eu não acredito nisso, Dianna. Acho que as pessoas idealizam muito essa coisa de amor e de se apaixonar. – Falei sério. E foi falando neste maldito assunto, que Demetria invadiu minha mente. Por mais que eu disse que não acreditava nem nesse negócio de “se apaixonar”, era exatamente nesse estado que eu me encontrava: apaixonado. E quando falava para os outros que não acreditava nisso, na verdade, estava falando para mim mesmo. Estava tentando fazer meu cérebro entender que eu não acreditava nisso e que por essa razão, não deveria me apaixonar por ninguém. Muito menos por Demetria.
- Talvez se você trabalhasse menos
teria encontrado a pessoa que vai fazer você se apaixonar por ela. – Dianna falou séria. Foi a mesma frase que Demetria me disse, quando fui busca-la na boate. Ah, se ela soubesse que eu achei a pessoa.
- É, talvez. – Concordei, querendo logo acabar com esse assunto. Dianna fez uma careta de descontentamento, que me lembrou Demetria. Senti vontade de rir, mas não o fiz. – Por que essa cara? – Perguntei.
- É Demetria... – Ela respondeu. Ótimo, chegamos ao assunto que eu queria.
- O que tem ela? – Perguntei, tentando não parecer tão curioso.
- Parece que o tal Joseph, Joe ou sei lá, e ela andaram brigando. Ela está acabada tadinha. – Dianna respondeu. Engoli em seco.
- Ela é adolescente. Daqui a pouco isso passa. – Comentei, sem encara-la.
- É, eu sei. Mas sabe, Demetria nunca foi o tipo de garota que gosta seriamente de alguém. Ela sempre foi durona sobre isso, totalmente diferente de mim. É a primeira vez que eu a vejo assim. Ela anda triste e ontem eu escutei-a chorando. Não sei o que fazer. Porque geralmente quem saí magoada nos relacionamentos sou eu e é ela quem vem me acudir. – Ela falou tristonha.
- Não sei o que te dizer, Dianna, me desculpe. – Falei sem jeito.
- Tudo bem, querido. Isso não é assunto para você se preocupar. – Ela falou e sorriu amigável. Tentei sorrir da mesma forma, mas acho que foi impossível.

Quando nosso almoço chegou, comemos em silencio e agradeci por isso. Depois da conversa com Dianna, a única coisa que eu conseguia pensar no momento era em Demetria. Ela realmente parecia estar magoada e querendo ou não, isso doía em mim. Por mais que soubesse que ela estava errada em não querer me ouvir, não me deixar explicar, não queria vê-la triste. Magoar Demetria era a última coisa que eu queria e saber que ela estava mal ao ponto de chorar me deixava pior do que já estava. Precisava muito vê-la, tentar explicar o que realmente tinha acontecido.


Depois de terminar o almoço, fiz questão de pagar a conta e feito isso, voltamos para a empresa. Confesso que ter almoçado com Dianna me fez muito bem. Com certeza ter vindo foi uma ótima ideia.
Assim que entrei em minha sala, fui direto para minha mesa e retomei meu trabalho de mais cedo. Quero terminar logo o trabalho, que estava atrasado e deixar o trabalho de amanhã adiantado, para recompensar o tempo que havia perdido hoje. 

3 comentários:

  1. OMG, o capítulo está ótimo! Estou muito animada para ler os próximos *-*

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  2. Demais demais demais. Aaaah odeio ver eles assim. Valeeu pela maratona sua linda! Haha
    Beeijos :)

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  3. Ai meu Deus, porque tão orgulhoso Senhor Jonas kkk' Beijos.
    Ass.: Cys

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