"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

SHORT-FIC [1/6]: Obsession.




Travis' POV

Já fazia nove anos que eu havia me mudado para Los Angeles, por causa de um desentendimento que tive com minha irmã mais nova. 
Depois de terminar minha faculdade de design gráfico, logo consegui um emprego numa ótima empresa. As pessoas diziam que eu sou talentoso e esforçado para o ramo, e eu concordo. Não demorou muito que eu conseguisse subir na tal empresa. Hoje, além de ser designer gráfico, também sou o codiretor junto com um amigo meu. 
Nesse meio tempo, conheci Jenny á quatro anos, que entrou na empresa como estagiária. Entre um ano e meio, virou minha secretária e não demorou muito para nos envolvermos. Estávamos juntos á três anos. 
No início eu não queria nada sério, era só transar e deu, mas eu acabei gostando de ter a companhia dela e a pedi em namoro. Não sou apaixonado por ela, mas sinto carinho o suficiente para estar com ela. 

Sexta-feira, meia-noite e duas. 

Respiração ofegante. Coração batendo forte contra o peito. Suor escorrendo pela testa. Corpo mole. Gemidos. Orgasmo. 
Jenny deixou seu corpo cair sobre o meu depois de chegar ao clímax. Ela se encontrava no mesmo estado que eu. 
Era assim que nos encontrávamos todos os dias após o expediente de trabalho. Assim que nós encontrávamos todos os dias após nos comportarmos como chefe e secretária. 

Minutos depois de Jenny normalizar sua respiração, ela saiu de cima de mim e levantou-se e vestiu sua calcinha, que estava no chão. Foi no banheiro e voltou minutos depois, sentando-se na cama, ao meu lado e acariciando meus cabelos.
- Vai jantar aqui? – Perguntou.
- Jantar? Você sabe, por acaso, que horas são? – Perguntei divertido. Ela riu.
- É sua última oferta, caso contrário à cozinha fechará. – Respondeu atrevia, levantando-se e saindo do quarto. Quem riu agora foi eu.
- Sim! – Gritei, me levantando.

Procurei minha cueca, que estava em algum lugar no chão do quarto e quando a encontrei, vesti-a. Saí do quarto e caminhei até à cozinha, onde provavelmente Jenny estava.
Chegando à cozinha a vi em pé apenas de calcinha cor de rosa, em frente ao fogão, mexendo na frigideira. Fui em direção ao armário, pegando dois copos e dois prontos, colocando-os sobre a mesa. Fiz o mesmo com os talheres. Peguei o restante do vinho, que estava na geladeira.
- Já não bebeu demais? – Jenny perguntou, se virando e vendo que eu encher meu copo de vinho.
- Não se preocupe, não sou tão fraco para o álcool. – Respondi e pisquei para ela, que riu. Dei o primeiro gole no copo.
- Só acho que se você vai embora depois, devia beber menos. Ainda mais que você vai dirigir. – Comentou.  – Você podia dormir aqui hoje... – Sugeriu.
- Tenho que terminar os gráficos de semana que vem. – Falei, bebericando. Ela fez uma careta. Levantei-me e caminhei em sua direção. Abracei-a por trás. – Prometo que na próxima eu durmo aqui. – Falei, beijando seu pescoço nu. Ela estremeceu.
- Você disse isso da outra vez... – Retrucou birrenta.
- É, eu disse. Mas dessa vez é pra valer. – Garanti. Ela suspirou.
- Tá, sei... – Ri. – Agora sai, senão vou queimar nossa omelete por causa de você. – Falou, me empurrando com a bunda.
- Nosso jantar de meia-noite e vinte. – Falei divertindo. Ela gargalhou. Voltei a me sentar na cadeira de antes e beber o vinho.

Durante nossa refeição, Jenny e eu rimos mais do que comemos. Ela já estava mais alteradinha, por conta do vinho, então, tudo para ela era motivo de risada. E eu achava isso uma graça. Assim que terminamos de comer, coloquei-a para dormir e arrumei a cozinha, lavando toda a louça que havíamos sujado.
Vesti minhas roupas, que estavam seu quarto, e peguei meus pertences. Escrevi um bilhete e coloquei em seu criado-mudo, como sempre fazia. Lhe dei um beijo e saí de seu quarto.
Deixei seu apartamento, trancando a porta com a cópia da chave que ela havia me dado. Desci a escada e poucos minutos estava no térreo. Despedi-me do porteiro e segui em direção ao outro lado da rua, onde estava estacionado meu Jeep Grand Cherokee. Retirei a chave do bolso de minha calça e destravei a porta, entrando no carro e travando-o novamente. Coloquei a chave na ignição e dei partida, saindo dali.

Eu morava um mais afastado da cidade, diferente de Jenny que morava bem ao centro quarteirões depois de nosso trabalho. Levava quase uma hora para chegar ao trabalho e vice versa. Morava em um apartamento, não muito luxuoso, mas confortável.

Assim que cheguei ao condomínio, cumprimentei pela janela o porteiro, que abriu o portão da garagem para mim e entrei. Estacionei meu carro e sai do mesmo, trancando-o. Caminhei até o elevador e apertei o botão para chama-lo, assim que o mesmo veio entrei e apertei o botão do meu andar.

Em questão de segundos o elevador parou no meu andar e eu saí, caminhei em direção à porta de meu apartamento. Quando cheguei à minha porta tive uma surpresa. Surpresa essa que não era nada agradável aos meus olhos. Na verdade, surpresa estava longe do que se chamava, o nome daquilo era: problema. Ou como muitos gostam de chama-la, Demetria.
Ela estava sentada numa mala de cor cinza e encostada em minha porta. Vestia um vestido preto, de ombro caído e mangas cumpridas. Calçava meias sete quartos e um coturno vermelho igual aos seus cabelos cumpridos. Seu rosto continha uma maquiagem preta pesada.

Aproximei-me lentamente e me agachei, ficando na sua altura. Cutuquei-a e a mesma se remexeu e resmungou algo incompreensível, mas não abriu os olhos. Suspirei, tentando absorver toda a paciência que eu não tinha. Cutuquei-a mais uma vez, só desta vez mais forte. E, com sucesso, ela abriu seus olhos lentamente.
- O que está fazendo aqui? – Perguntei direito. Ela não me respondeu, apenas sorriu abertamente e se jogou para cima de mim, me dando um forte abraço. Caímos no chão.
- Trav, que saudades! – Falou animada, mas ainda sonolenta, me enchendo de beijos no rosto.
- Demetria, para. – Ordenei, mas ela ignorou. Tentei a afastar, mas não consegui. – Demetria, dá pra você parar? Estamos no corredor. – Falei ríspido e ela me obedeceu.

Ela se levantou e arrumou sua roupa, fiz o mesmo. Retirei a chave do bolso e abri a porta. Indiquei com a cabeça para que ela entrasse e assim ela o fez, levando sua mala consigo. Entrei e fechei a porta, trancando-a na chave. Retirei minha jaqueta de couro e a joguei no sofá. Demetria havia deixado sua mala ao lado do mesmo.
- O que está fazendo aqui? – Perguntei, me encostando ao balcão de mármore da cozinha e colocando minhas mãos dentro do bolso de minha calça. Ela estava bebendo suco direto da caixa. – Dá pra pegar um copo, caralho? Odeio quando você faz isso! – Falei ríspido.
- Aí, desculpa. – Ela falou, abrindo os armários e pegando um copo. Revirei os olhos. Encheu-o de suco e veio em minha direção, sentando na banqueta ao meu lado.
- O que está fazendo aqui? – Perguntei novamente.
- Hm... Briguei com a mamãe de novo. – Respondeu, bebericando o suco.
- Qual o motivo dessa vez? Aquela história de cantar novamente? – Perguntei com desdém.
- Sim. Mas dessa vez é diferente. – Respondeu. – Consegui um emprego aqui. – Explicou.
- Você tá bem de grana? – Perguntei sério. Ela revirou os olhos. Levantou-se e caminhou até a pia, pondo o copo na mesma. Encostou-se na pia, ficando de frente para mim e me encarando. – Demetria, me responda! – Ordenei.
- Estou bem, Trav. Consegui juntar um dinheiro lá em Dallas e vim pra cá. Esse emprego aqui em Los Angeles é temporário, mas eles vão me pagar quinhentos dólares por noite só pra cantar. – Respondeu. – Depois daqui vou pra Nova York. – Completou.
- E vai ficar aqui por quanto tempo? – Perguntei.
- Pouco. A tal companhia onde eu vou cantar vai se mudar para Nova York, por isso vou pra lá. – Respondeu.
- E vai ficar onde? – Perguntei.
- Então, é sobre isso que eu queria falar com você... – Falou, se desencostando da pia e vindo em minha direção. Suspirei alto, já imaginando a resposta. Aproximou-se de mim e envolveu seus braços em meu pescoço, colando seu corpo ao meu. – Posso ficar aqui, Trav? – Perguntou, me encarando com aquela carinha maldita que só ela tinha.
- Não. – Respondi ríspido.
- Por quê? – Perguntou, fazendo beicinho.
- Porque você é muito desorganizada e eu gosto de tudo organizado no meu apartamento. Sem contar que eu sou muito ocupado e também tem a Jenny. – Respondi sério.
- Prometo que vou arrumar tudo o que tirar do lugar. – Falou, mordendo meu queixo. – Não vou atrapalhar você no seu trabalho e nem com a sua namoradinha idiota. – Completou, dando selinhos molhados em meus lábios. – Por favor... – Choromingou.
- Para com isso, Demetria. Somos irmãos. – Falei, tentando afasta-la. E foi em vão, é óbvio.
- Não somos irmãos por quisemos, não tivemos escolha nem culpa... E irmãos não fazem o que já nós fizemos. – Falou e mordeu meus lábios. – Vou poder ficar aqui sim ou não? – Perguntou, me encarando.
- Sim. – Respondi, me dando por vencido. Sabia que não ia conseguir o contrário. – Mas arrume tudo o que você desarrumar. – Completei sério.
- Obrigada, Trav! – Falou animada, pulando em meu colo e entrelaçando suas pernas em minha cintura.
- Odeio quando você me chama assim. – Falei, segurando-a pela bunda.
- E é, exatamente, por isso que eu te chamo assim. – Falou me mostrando a língua. – Agora, seja um irmãozinho legal e me leve até o meu futuro quarto. – Bagunçou meus cabelos, enquanto ria. Revirei os olhos.

Caminhei com Demetria até o pequeno quarto de hóspedes, que ela ficaria enquanto estivesse em meu apartamento. Chutei levemente a porta, para que ela abrisse e entrei no quarto. O quarto era pequeno, mas confortável. Tinha uma cama de solteiro, uma escrivaninha com cadeira, guarda-roupa com espelho na porta, uma televisão e uma janela, que além de ter uma vista ótima de Los Angeles também tinha um sofá junto em sua estrutura.
Larguei Demetria sem jeito na cama e a mesma resmungou algo que eu não havia entendido. Encostei-me ao guarda-roupa enquanto observava-a encarar o quarto como curiosidade nos olhos.
- Esse quarto é legal! – Falou animada. – Acho que vou ficar aqui pra sempre. – Completou divertida.
- Nem fodendo! – Falei ríspido. Ela riu baixo.
- É tão ruim assim me ter por perto? – Perguntou e me encarou. Preferi me manter em silêncio. – Vou entender isso como um sim, já que quem cala, consente. – Falou esperta. Ela retirou seu coturno e o deixou ao lado da cama.
- Certo, eu já vou dormir. Você já está acomodada e sabe onde fica tudo. – Falei me desencostando do guarda-roupa.
- Mas já? Ainda tá cedo. – Falou, sentando-se na cama e me encarando.
- Sim, já. Caso você não saiba, eu acordo cedo. Trabalho. Trabalho de verdade. – Falei sério. Ela revirou os olhos.
- Ah, Trav, para de ser chato! – Falou, levantando-se. – Vem cá, vou te fazer uma massagem. – Pegou no meu pulso com delicadeza. – Sabe qual é seu verdadeiro problema? – Perguntou, enquanto me fazia sentar na ponta da cama novamente.
- Qual? – Perguntei entediado.
- Você trabalha demais e não relaxa. – Falou, sentando-se atrás de mim.
- Eu acho que meu problema é totalmente ao contrário. – Senti suas mãos macias em meus ombros. – Acho que meu problema é você. Minha dor de cabeça sempre aumenta quando você está por perto. – Falei ríspido. Ela riu.
- Você tem sorte de eu não levar a sério nada do que diz. Porque nós dois sabemos que a última coisa que eu sou para você é um problema. – Retrucou convencida. Suas mãos massageavam meus ombros com delicadeza e eu, realmente, me sentia mais relaxado. – Ou talvez... – Suas mãos pararam em meus ombros. –... Seu verdadeiro problema seja... –Adentrou em minha camisa, pela gola, passando delicadamente suas mãos por meu abdômen. Seu tom de voz era malicioso e eu começava a sentir aquela velha sensação que eu só conseguia sentir com ela. –... Seja sua namorada. – Alcançou meu umbigo. Suspirei. –... Ela não deve dar conta do recado! – Terminou de falar e alcançou o zíper da minha calça, brincando com o mesmo.

Em questão de segundos Demetria estava sentada em meu colo, com suas pernas de cada lado de meu corpo. Minhas mãos foram se apossaram imediatamente de sua cintura, apertando-a com força. Ah, como eu gostava daquilo!
Encarei-a e sem pensar duas vezes avancei em seus lábios, mordendo-os e chupando-os. Eu me odiava. Simplesmente me odiava por não conseguir ficar longe dela, por ceder a todos os seus desejos. Mas me odiava mais ainda por saber que eu só conseguiria ter essas sensações ao lado dela. Maldita seja!

Nossas línguas se entrelaçavam uma a outra e eu fazia questão de morder fortemente seu lábio inferior, enquanto eu puxava mais seu corpo para perto do meu, se possível. Suas mãos ora bagunçavam meus cabelos, ora apertavam delicadamente minha nuca.

Me deitei na cama e levei o corpo de Demetria junto comigo. Desci minhas mãos de sua cintura para sua bunda, apertando-a. Ela grunhiu e forçou sua intimidade contra a minha.
Senti as mãos de Demetria descendo até o zíper de minha calça e brincando o mesmo, novamente. Mas a brincadeira não durou por muito tempo, logo, ela estava descendo o zíper e apertando meu membro, que já estava duro, sobre a box.

Nesse momento lembrei de Jenny e também lembrei que não podia cometer o mesmo erro de anos atrás. Com dificuldade, separei bruscamente meus lábios dos de Demetria e a empurrei com força, fazendo com que ela caísse ao meu lado. Escutei sua respiração compensada. Encarei seu rosto e ela me olhava confusa, enquanto passava as mãos pelo rosto.


- Não podemos fazer isso. Não outra vez. E você sabe isso. – Falei, fechando meu zíper. – Boa noite, Demetria. – Me virei e saí de seu quarto. 

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Primeiro capítulo da short postado! Espero que vocês gostem! Lembrando que a short será postada só nas quartas-feiras. 

7 comentários:

  1. Aaaaaaaah, demais demais demais! *-*
    Amando já. Quarta sua linda, chega logo. Kkkkkkk
    Até a próxima, beeijinhos :)

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  2. Hummmm, já começou com safadeza! Gosto assim! Hahaha até!

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  3. Demetria Ruiva sempre causa, um problema, que o Trav bem gosta não é hmmm...
    Médica Irônica mode on:
    Jenny, Jenny vejo uma leve elevação na sua pele, não posso dar um diagnóstico sem um consulta mais precisa, mas acho que pelo fato de ser no rosto mais especificamente na testa poderia ser uma espinha? Acho que puberdade não é bem o seu problema acho que esta mais para um chifre mesmo ein. Vou ter que pedir uns exames, pode ser ebola mas como estamos no Brasil com certeza é só uma virose, vou te receitar um xarope.
    Médica Irônica mode off
    Ta bom parei de palhaçada kkkk, enfim ótimo capitulo, sempre escrevendo perfeitamente bem. Aguardando ate quarta que vem. Bjs
    Ass.: Cys

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  4. Bom, vou ser sinsera. Eu não apoio esse casal. Mas, li a sinopose, e tals. Então, fiquei muito curiosa para ler, e como eu amo todas as suas fics, não tinha como não ler né? E taí, agora aqui estou eu. Super ansiosa para o próximo capítulo. Amei o primeiro! Está ótimo! É isso que suas fics fazem com as pessoas. Enfim. O fato é que eu vou acompanhar a short fic Dravis, e é isso. Já me viciei. Haha.
    Kisses!

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