"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Capítulo 65: Você não é boa o suficiente para mim.

Capítulo Anterior:
Porém, eu não tinha escolha. Eu precisava preservar a imagem dela e de sua mãe. Eu sei como a mídia é maldosa nesses tipos de caso. Eu sabia que nem Demetria e nem Dianna precisavam ter suas vidas expostas dessa maneira.




Capítulo dividido:
Parte II.
A música deste capítulo é If I Knew, do cantor Bruno Mars. 

Nick's POV 

Ver aquele sorriso no rosto me destruiu completamente. Eu tive que pôr minha máscara mais uma vez. Ser quem eu não era. E o pior de tudo isso era ser quem eu não era com Demetria. Ela não merecia isso. Ela merecia que eu fosse honesto com ela, mas eu não podia. Ela não me entenderia. 

- O que aconteceu, Nicholas? – Ela perguntou, me encarando séria. Fechei os olhos e respirei fundo. – Me responda, Nicholas! – Ela ordenou. Senti minhas pernas fraquejarem. Estava sendo covarde. Abri meus olhos e encarei-a. Seus olhos, sua expressão, tudo nela, transmitia aflição. 
- Não podemos mais ficar juntos, Demetria. – Respondi. Sua expressão se tornou incrédula. Sua boca abriu num formato de 'o', mas nenhum som foi emitido. 
- O qu-que? Do-do que você está falando, Nicholas? – Perguntou enrolada nas próprias palavras. 
- Estou falando que não podemos ficar juntos. É isso. – Repeti sério, desviando meu olhar do seu. Não podia olhá-la enquanto mentia. 
- Não. Nicholas, nós estamos bem. Você... O que você... Por que você está dizendo essas coisas? – Perguntou. Sua voz saía desesperada e ela se enrolava nas palavras. 
- Demetria, entenda. – Respirei fundo. Prossegui: – Não podemos ficar insistindo numa coisa que não vai dar certo. – Tentei parecer convincente. 

(Dê play na música).

Oh, oh, oh I, I was a city boy
(Oh, oh , oh, eu, eu era um garoto da cidade)
Riding to danger’s where I’d always run
(Cavalgando para o perigo onde eu sempre corria)
Above and is hurt
(Acima e é doído)
I wouldn't have done
(Eu não teria feito)
All the things that I've done
(Todas as coisas que eu fiz)
If I knew one day you'd come
(Se eu soubesse que um dia você viria)

Escutei-a fungar e encarei-a. E eu não deveria ter feito isso. Seus olhos estavam marejados. Não queria fazer aquilo com ela, minha menina não merecia sofrer por isso. Mas ao mesmo tempo eu precisava. 
- Nicholas, por favor, não diga isso. Foi alguma coisa que eu fiz? Foi por que eu disse que estava cansada de mentir para minha mãe? – Ela perguntou com a voz embargada, se aproximando de mim. 
- Demetria, eu não gosto ver você mentindo para sua mãe, Dianna não merece isso, e nós dois sabemos. – Expliquei, desviando meu olhar dela mais uma vez. 
- Olha, nós podemos dar um jeito nisso. Aliás, nós estávamos dando um jeito nisso. Estávamos bem. – Falou tocando meu peito. – Vamos esperar até eu completar dezoitos anos para falar a verdade á ela, lembra?
- Não, não estávamos bem. Você acha que estávamos, mas não estávamos. Parei para pensar e cheguei a tal conclusão. E não posso esperar até você completar dezoito anos. – Falei, me afastando dela. Olhei-a rapidamente e a vi enxugando o rosto com suas mãos. Aquilo doeu mais do que a minha cabeça quando sofri um acidente. 
- Eu sei que não é isso. O motivo não pode ser esse. O motivo não é esse. – Ela falou, se aproximando de mim novamente. – Fale a verdade para mim, Nicholas. Eu sei quando você está mentindo. – Completou, agarrando meu paletó. 
- A verdade já foi dita, Demetria. Aceite. – Falei sério, sem encara-la. 

Now baby, Now baby, Now baby, Now baby
(Querida, querida, querida)
Oh, oh, oh, I, I know it breaks your heart
(Oh, oh, oh, eu, eu sei que isso quebra o seu coração)
To picture the only one you wanna love
(Imaginar o único que você quer amar)
In somebody's elses arms
(Nos braços de outro alguém)
But I wouldn't have done
(Mas eu não teria feito)
All the things that I've done
(Todas as coisas que eu fiz)
If I knew one day you would come
(Se eu soubesse que um dia você viria)

Demetria ficava gritando para que eu dissesse a verdade. E, ah, como eu queria dizer a verdade. Contar o real motivo de estar dizendo aquelas besteiras para minha menina. Porém, eu não podia. Eu devo protegê-la de qualquer coisa que fosse a magoar, mesmo que isso a tirasse de mim.

Now baby, Now baby, Now baby, Now baby
(Querida, querida, querida)
Oh, baby, please
(Oh, querida, por favor)
Lets leave the past behind us, behind us
(Vamos deixar o passado para trás)
So that we can go where love will find us
(Para que possamos ir onde o amor vai nos encontrar)
Yeah, will found us
(Sim, vai nos encontrar)

- Me fale a verdade, Nicholas. Seja homem e me diga! – Gritou e estapeou meu peito. 
- Você quer a verdade? Então, eu vou te contar a verdade. – Gritei, segurando seus pulsos certa força. – Você não é boa o suficiente para mim. – Falei a primeira coisa que me veio à cabeça. Empurrei-a com força, o que a fez cair no chão. – Está feliz, agora? É assim que você gosta de ser tratada, não é, Demetria?! Com ignorância. Conversa civilizada não adianta em nada com você, já que é uma criança. – Falei ríspido, sem encara-la. 

I know most girls would leave me
(Eu sei que a maioria das garotas me deixariam)
But I know that you believe me
(Mas eu sei que você acredita em mim)

Eu podia contar a verdade para ela e dizer que tudo não passa de uma chantagem barata de Olívia, mas Demetria não entenderia. Ela ia querer enfrentar Olívia. Além de tudo, eu não posso confiar em Olívia. Não sei quando está blefando e quando está falando sério. Não gostaria de ver Dianna e Demetria enfrentando paparazzis e revistas de fofocas, inventando coisas sobre elas. Eu sabia que tanto Dianna quanto Demetria podiam passar por algo assim de cabeça erguida, mas se eu tinha uma forma de evitar que isso acontecesse, eu faria. Eu fiz. 

- Não sou boa o suficiente para você? E tudo o que passamos juntos? – Perguntou. Encarei-a rapidamente. Ela continuava no chão, abraçando suas pernas e me encarando, com os olhos escorrendo lágrimas. – E todas aquelas coisas que você me disse á algumas semanas atrás? Foram mentiras?
- Tudo foi um engano. Desde o começo, foi um terrível engano. Não deveríamos ter nos envolvido dessa forma. Não é bom para você e nem para mim. – Retruquei, ignorando suas palavras e encarando fixamente a parede. – Você é uma adolescente de dezessete anos, que ainda mora com a mãe, e eu um empresário. Preciso de uma mulher que me acompanhe a todo tempo, que esteja a minha altura. E você não é ela! – Completei ríspido. Dizer tudo aquilo me doeu, mas era preciso. Talvez um dia Demetria entendesse, talvez um dia ela me perdoasse. Talvez um dia nós fiquemos juntos, sem interrupções e desentendimentos. Vi pelo canto dos olhos Demetria se levantar e enxugar o rosto com as costas das mãos. Ela caminhou lentamente em minha direção. Parou ao meu lado. Tocou meu ombro e rosto. Suspirei. Precisava ser forte. 
- Nicholas, eu amo você e você sabe disso. Então, se você não sente mais nada por mim, diga isso. – Falou, com a voz embargada. 
- Eu não amo você, Demetria. – Falei, mas sem encara-la. 
- Olhe para mim enquanto diz isso. – Falou. Ignorei. – Vamos, Nicholas, olhe para mim! – Repetiu, com a voz mais elevada. – Olhe para mim! – Gritou. Encarei-a. 
- Pare de ser ridícula! – Falei, encarando-a. 

Ela se afastou de mim e caminhou até a porta, abrindo-a e segurando a porta. 
- Se eu sou ridícula, vá embora! – Ordenou, com a voz firme. Minha expressão mudou, ficando perplexa. – Vá embora, Nicholas! – Ordenou mais uma vez. Caminhei até a porta e antes de passar totalmente por ela, Demetria prosseguiu: – E de agora em diante, finja que eu nunca existi para você, porque eu farei isso. – Completou e me entregou a corrente, que eu tinha lhe dado. Suspirei. 

Baby, I, I wish we were seventeen
(Querida, eu, eu queria que tivéssemos 17 anos)
So I could give you all the innocence
 (Para que eu pudesse dar toda inocência)
That you give to me
(Que você me deu)
No, I wouldn't have done
(Não, eu não teria feito)
All the things that I've done
(Todas as coisas que eu fiz)
If I knew one day you would come [2x]
(Se eu soubesse que um dia você viria)

Ao sair da casa de Demetria, escutei a porta bater com força. Senti algo ruim dentro de mim. Eu fui ruim demais com Demetria e ela não merecia isso. Porém, como eu havia dito antes: preciso protegê-la. E essa era a única forma, que eu conhecia pra protegê-la. 


Caminhei até meu carro, retirando a chave do bolso, destravando-o. Entrei e pus a chave na ignição, dando partida e dirigindo em direção ao meu apartamento. Não estava com cabeça para pensar em trabalho e se eu tentasse fazê-lo, era capaz de estragar tudo.

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Segunda e última parte do capítulo 65 postada! Eu adoro pôr músicas nos capítulos, mas não sei se essa música combinou com o capítulo. Coloquei ela, porque estava ouvindo quando estava escrevendo o cap e na hora parecia fazer sentido. Enfim. Espero que vocês gostem e comentem. Beijocas, babies! <3

6 comentários:

  1. Ai meu deus nick seu lixoooo
    Posta mai

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  2. Melhor capitulo. Quando eu vi q a trilha era If I know do Brubs ja me emocionei, essa musica me faz chorar, com esse capitulo então, nem precisei ouvir (só em pensamento), ate porque se ouvisse era tsunami na certa.. super combinou, chorei horrores. Coloca mais musicas do Bruno nos capitulos, my hooligan heart agradece k'. Obrigada por postar segunda :) ate sexta. bjs
    Ass.: Cys

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  3. Posta parte III. "Pliiiiiiis"

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