Capítulo Anterior:
Subi a escada lentamente e caminhei arrastando meus pés até meu quarto, onde entrei. Fechei a porta e me encostei à mesma, por onde deslizei até chegar ao chão. Abracei minhas pernas e comecei a chorar. Eu não aguentava mais essa situação, precisava acabar com isso logo. Não podia continuar mentindo dessa forma.
Subi a escada lentamente e caminhei arrastando meus pés até meu quarto, onde entrei. Fechei a porta e me encostei à mesma, por onde deslizei até chegar ao chão. Abracei minhas pernas e comecei a chorar. Eu não aguentava mais essa situação, precisava acabar com isso logo. Não podia continuar mentindo dessa forma.
Nick's
POV
Não queria me preocupar com Demetria, mas infelizmente
isso era impossível. Eu sentia que ela estava diferente. Sentia que, apesar de
ela estar comigo, ela estava distante. Claro que as minhas sensações quando
estou com ela eram as mesmas, mas eu não podia dizer o mesmo das sensações
dela. Se ela sentia o mesmo quando estava comigo. Milhares de coisas passavam
por minha mente e a principal delas era: Demetria havia conhecido um rapaz da
sua idade, teria se apaixonado por ele e não sabia como me dar um chute na
bunda, já que eu sou o chefe de sua mãe.
Essa insegurança que eu tinha em relação a Demetria
chegava a ser ridícula de tão grande que era. É.
Ontem eu senti que ela queria me contar alguma coisa,
mas não conseguia, algo a prendia. Sem contar que eu me preocupei ainda mais
quando a vi do jeito que chegou ao meu apartamento. Ela estava com aquelas
olheiras de quem havia chorado. Até perguntei se havia acontecido algo, se
tinha algo errado, mas ela disse que estava tudo bem. Porém, eu sabia que nada
estava bem.
Quarta-feira, sete horas da manhã.
Acordei mais cedo, pois queria ir à academia.
Levantei-me lentamente e caminhei até o closet, onde vesti uma bermuda de malha
e uma regata preta. Calcei meu tênis de esporte e sai do closet. Sai do meu
quarto, deixando a porta fechada e desci a escada. Ao passar pela cozinha,
encontrei Edith ali.
- Bom dia! – Falei, pegando uma maçã na
fruteira.
- Bom dia, patrão! – Ela sorriu. – Vai voltar a
malhar? – Perguntou, me encarando.
- Sim. Depois que você pegou aquela licença, eu fiquei
na preguiça. – Respondi divertido. Ela riu baixinho. – Até depois! – Falei,
saindo da cozinha.
Sai de casa, fechando a porta e caminhei até o
elevador. Apertei o botão para chamá-lo e em poucos minutos o mesmo veio.
Entrei no elevador e encontrei alguns vizinhos ali. Apertei o botão do andar da
academia, que era o térreo.
O elevador parou no andar que eu queria, sai do mesmo
e caminhei em direção à área da academia. Entrei no local e havia algumas
pessoas ali. Fiz um breve aquecimento e fui logo para a esteira.
Oito e vinte e cinco da manhã.
Saí do banheiro, com a toalha enrolada em minha cintura,
e caminhei até minha cama, onde havia separado as roupas que usaria hoje.
Meus exercícios na academia hoje foram rápidos, não
fiquei muito tempo, mas logo isso mudaria... Eu espero.
Vesti um terno azul-escuro e uma camisa branca, junto
com uma gravata cinza. Calcei meus sapatos sociais e arrumei meu cabelo do
melhor jeito que pude. Arrumei minha pasta e sai do quarto, deixando a porta
fechada. Fiz o mesmo caminho de hoje mais cedo e fui para cozinha, onde tomei
um café rápido com torradas cobertas de manteiga. Despedi-me de Edith e sai de
casa.
Entrei no elevador, que estava cheio de pessoas, e
apertei o botão da garagem. Em poucos minutos o elevador parou no andar que eu
queria e saí. Caminhei em direção ao meu volvo preto e quando me aproximei do
mesmo, destravei as portas e entrei. Coloquei a chave na ignição e dei partida,
saindo dali de uma vez.
Demorei para chegar à empresa por causa do trânsito,
mas não cheguei atrasado. Estacionei o carro na garagem interna e saí do mesmo,
trancando-o. Entrando na empresa, cumprimentei os funcionários que via pela
frente. Entrei no elevador e ali também havia outros funcionários, que me
cumprimentaram.
O elevador parou e eu e mais alguns funcionários
saímos. Caminhei em direção à minha sala. Antes de entrar na minha sala,
cumprimentei Dianna, que sorriu amigavelmente para mim como todos os
dias.
Entrei em minha sala e fechei a porta. Fui em direção
a minha mesa rapidamente e me sentei na cadeira de couro que ficava atrás da
mesma. Coloquei minha pasta em cima da mesa e retirei da mesma os papéis que
precisavam ser analisados.
As peças de joias da loja shopping, que precisavam ser
refeitas, já estavam prontas e agora só faltavam aprovar a fabricação. As
outras joias, que foram encomendadas pelas joalherias, também já estavam todas
prontas e a única coisa que faltava era mandar para as tais joalherias, e isso
seria feito hoje.
O que eu precisava fazer hoje era: assinar novos
contratos, analisar os croquis das joias do próximo mês e resolver tudo sobre a
coleção especial e limitada, que eu mesmo desenhei. Deixaria tudo sobre a
coleção especial por último. Ainda tinha tempo e a festa para promover tal
coisa seria apenas mês que vem.
Meio-dia e quinze.
Já estava na hora do almoço e a maioria dos funcionários
já tinham saindo e os que restavam estavam saindo nesse exato momento. Dianna
já veio em minha sala perguntar se eu queria comer algo, mas dessa vez disse
que não e aleguei ter trazido sanduíches feitos por Edith. Ela, Dianna, se
surpreendeu por tal fasanha, o que me rendeu boas e longas risadas.
Apesar de eu ter conseguido terminar boa parte do
trabalho que eu tinha que fazer hoje, preferi ficar na sala e resolver tudo.
Mais tarde iria encontrar Demetria e queria dedicar meu tempo apenas á ela, não
queria pensar em trabalho. Queria poder sentar e conversar com ela. Conversar
de verdade. Saber o que estava acontecendo com ela e o que se passava naquela
cabecinha tão terrível.
Escutei três batidas na porta e permiti que entrasse.
A porta se abriu e Demetria apareceu, vestindo o short da escola, uma regata
preta e um cardigã branco por cima. Surpreendi-me ao vê-la ali, nos
encontraríamos só mais tarde e já havíamos combinada de não nós encontrarmos na
empresa, ela mesma quis que fosse assim. Ela entrou em minha sala e fechou a
porta, trancando-a na chave. Encarei-a fixamente. Seus olhos estavam como
ontem, daquela maneira de quem havia chorado, suas bochechas e a ponta de seu
nariz estavam avermelhados. Ela realmente havia chorado!
Levantei-me e caminhei até Demetria, e quando me
aproximei e tentei abraçá-la, ela me segurou meus braços e me afastou
lentamente, com cuidado.
- Algo errado? – Perguntei sem entender. Tentei
esconder meu nervosismo e insegurança.
- Tudo está errado. – Demetria respondeu, com a voz
fraca. Nos encarávamos fixamente.
- O que você está querendo dizer? – Perguntei
sério.
- Estou querendo dizer que não podemos mais ficar
juntos. – Respondeu, desviando o olhar. Senti minha garganta se fechar,
meu maxilar travou e minhas mãos começaram a suar. Respirei fundo. Ela não
estava dizendo aquilo. Ela não podia
dizer aquilo.
- Po-po-por que? – Gaguejei e me senti um belo idiota
por isso. Ótima hora para dar uma de inseguro, Nicholas. Pensei. Ela me encarou
rapidamente e suspirou. – Por que, Demetria? – Perguntei novamente, com a voz
mais firme. Observei-a andar pela sala para lá e para cá, enquanto mexia nos
fios de cabelos soltos do coque malfeito. – Responda-me! Agora! – Ordenei, com
o tom de voz alterado. Ela suspirou mais uma vez, assim como eu.
- Não está certo, Nicholas. – Respondeu, parando de
andar e me encarando. – Estou mentindo para minha mãe e não gosto disso. Já
perdi as contas de quantas vezes brigamos, porque ela descobriu que eu estava
mentindo e eu não tinha desculpa, ou melhor, mentira boa para dar á ela. Ontem
mesmo brigamos novamente, por eu ter voltado tarde do seu apartamento. –
Explicou, enquanto coçava o nariz. Pude ver seus olhos marejados.
- Nós podemos dar um jeito nisso, você sabe disso. –
Falei, tentando ser convincente.
- Ah, é?! E qual o jeito, Nicholas? Porque até agora o
único jeito que demos, ou melhor, que eu dei só mentir para ela. Mentir o tempo
todo. – Falou séria.
- Não fale como se eu estivesse orgulhoso de mentir
para Dianna. Você sabe que eu adoro sua mãe, tenho um carinho imenso por ela e
não gosto de mentir para e muitos menos de ver você mentindo para a mesma. –
Falei, me aproximando dela. Ela riu sem humor.
- Você não gosta de me ver mentindo para ela, então,
por que insisti para que eu o faça? – Perguntou, me encarando. Estávamos bem
próximos um do outro.
- Demetria, por favor, não fale assim. Sabe que por
enquanto, pelo menos, até você fazer dezoito anos, não podemos nos expor. –
Falei sério, segurando com delicadeza seus braços. Ela estava se segurando para
não chorar.
- Não, Nicholas, por favor, digo eu! Me dê um bom
motivo para que eu continue com isso, para que eu continue mentindo para minha
própria mãe, para que eu continue mentindo por você... Por nós. – Falou, afastando seus braços de mim.
- Eu não tenho. – Falei, desviando o olhar. Mentiroso!
Mentiroso! Era isso que a minha consciência gritava, porque eu tinha sim um bom
motivo para fazê-la ficar.
- Eu sabia. – Falou e sorriu tristemente.
Encarei Demetria caminhar até a porta e ao se aproximar
da mesma, virou-se lentamente e me encarou. Ela estava chorando.
- Eu, sinceramente, nunca esperei nada de você, Nicholas. Nunca achei que seríamos algo
melhor que transas e encontros às escondidas e foi, exatamente, por não esperar
nada de você, que eu aproveitei cada segundo ao teu lado. – Ela abriu a porta,
suspirou e enxugou as lágrimas com a manga do cardigã, porém as lágrimas
continuaram a cair. – Porém, eu não posso negar que tinha esperança que você me
fizesse mudar de ideia sobre a minha decisão, mas o que aconteceu aqui só me
fez mais forte a continuar com a decisão que eu tomei. Meus sentimentos por
você são mais do que gostar, talvez seja amor. Eu digo talvez, pois eu nunca amei
ninguém de verdade e não sei como é essa sensação, como é esse sentimento. Mas
se ele for, o que eu sinto quando estou contigo, então, eu amo você. Só que eu
não quero sofrer por amor e muito menos por você. – E saiu da sala, fechando
delicadamente a porta.
E eu fiquei parado, apensas encarando fixamente a
porta, apenas absorvendo tudo o que eu escutei, tudo o que foi me dito. Ela
havia se declarado para mim, não da forma mais romântica, mas da forma Demetria
de ser. E, eu, sabendo como Demetria é, sei que foi muito difícil para ela
chega a tal conclusão e mais difícil ainda para ela admitir para mim. Ela havia
dito que me ama e o que eu fiz? Nada. Eu a deixei ir, sem nem ao menos tenta
fazê-la ficar. Sentia-me um idiota, porque eu poderia sim tê-la feito ficar,
tê-la feito mudar de ideia, como a própria disse, mas eu não o fiz. Eu fui
covarde e preferi não dizer nada e deixei uma (senão a única) das melhores
pessoas que já conheci ir embora. Eu fiz nada para impedi-la, não fiz nada para
fazê-la voltar, para fazê-la ficar.
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Capítulo 48 postado! Nemi it's OVER! Mais um capítulo tristinho para vocês chorarem. Hahahahahaha. Apesar de ser um capítulo sad, eu gosto dele, porque a Demi admiti que ama o Nick. Bem, admiti do jeito "Demetria de ser", como diz o Nick, mas admiti. Isso que importa. Espero que vocês gostem do capítulo de hoje. Gostaria de agradecer pelos comentários dos últimos capítulos, vocês são demais, sério! Esses comentários me deixam muito feliz e mais animada para escrever. E agora, o que vocês acham que vai rolar nos próximos capítulos? Hahahahaha. Comentem! Até quarta-feira, babies! Beijocas!
Mds garota nao consigo parar de chorar. Voce ta querendo acabar comigo?! E Sr. Nicholas, posso dar um murro no seu belo rosto? Como é que voce deixa ela ir? Nao acredito nisso, ele tem que se declarar pra ela, falar tudo o que sente, mas nao fica la parado vendo ela ir embora. Mereço isso. Por mais que me doa ver eles separados, acho que ela ta certa, pelo menos em relaçao a mentir pra tia Di. É algo errado e que ta machucando muito ela, alem de que, caso a tia Di descubra, ira machucar a todos. Mas nao posso aguentar ver eles dois separados, Nick tem que falar o que sente a ela, mesmo sendo dificil, mas dmse a Demetria assumiu (do jeito dela, mas assumiu) entao ele pode fazer o mesmo. O importante é eles ficarem juntos e falarem a verdade pra tia Di. Enfim, esse capitulo abalou muito os meus feelings, mas nao deixou de ser perfeito. // Ass: Mary
ResponderExcluirAaaaaah morrendo aqui. Não acredito que terminaram :(
ResponderExcluirNick como você deixa ela ir embora sem fazer nada? Tadinha da Demi, sei q estáva difícil ela mentir pra tia Di. Aah espero que eles se resolvam logo. Não vejo a hora de ver os dois assumidos e felizes. Apesar de triste gostei do capitulo, principalmente porque a Demi se declarou. Só falta o Nick agora
Até a próxima, beeijinhos :)
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirSe puder pode divulgar meu blog por favor? eu agradeceria muito
http://jemi-historias.blogspot.com.br/ <3
Muito chateada, não tô acreditando. Nicholas era pra você ter se declarado :(
ResponderExcluirParabéns pela fic, não me canso de ler. Todas do sei blog li sem parar, sempre esperando pelo próximo capítulo.
ResponderExcluirLouca pra saber oq vai acontecer!
Beeijos Milla :)
Muita emoção, deixa de ser covarde Nicholas e vai atras da Demi agora (Nesse caso, sexta kkk) ameei ficou lindo, realmente emocionante, que fofinha a insegurança dele achando q ela conheceu um garoto da idade dela :3 Demi ta sofrendo tanto tadinha.. e esses titulos que sempre me enganam.. aamo. Bjs
ResponderExcluirAss.: Cys