"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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quarta-feira, 8 de abril de 2015

MARATONA TWC [4/4]: Capítulo 64: Quero que você se livre daquela fedelha...

Capítulo Anterior:
Acho que aliança e casamento são coisas que fazem as pessoas acharem eu estão presas em alguém. E não quero me sentir presa a Nicholas. Se quero viver com ele? Sim, por que não? Eu penso em dividirmos o apartamento dele ou qualquer outro. Mas, por enquanto isso é o de menos, apenas penso em estar com ele. Só isso me basta.



Nick's POV 

A minha relação com Demetria, finalmente, estava melhor que nunca. Nós estávamos nos entendendo muito bem e era quase impossível nós não nos vermos nas sextas-feiras e finais de semana. Claro que Demetria ainda tinha aquele sentimento de culpa por estar mentindo para Dianna, mas estávamos conseguindo lidar com isso. Eu não gostava de vê-la mentindo para sua própria mãe, eu não gostava de mim mesmo mentindo para Diana, uma mulher que para mim é era como da minha família. Porém, eu tinha receio que se Demetria e eu resolvêssemos contar a verdade para ela, antes que Demetria fizesse dezoito anos, Diana não nos aceitasse. E eu não suportaria ficar novamente sem a minha menina.

A cada dia, a cada momento, que eu estava ao lado de Demetria eu tinha mais certeza do meu amor por ela, tinha mais certeza que a queria comigo. Talvez até, para sempre. 
Aquela garota de dezessete anos, com a cabeça mais madura do que muito mulherão por aí, me mudou completamente. Para melhor, é claro. 
Demetria me faz querer aproveitar a vida, me faz ter vontade de sair do escritório e aproveitar o que tem fora dele. Desde uma simples pizza até um bom jantar com uma boa companhia. Sua companhia

Quarta-feira, onze-meia da manhã. 

Dianna já havia ido almoçar, como o restante dos funcionários, e como sempre ela veio perguntar se eu gostaria alguma coisa. Pedi o de sempre. 

Estava revisando os últimos croquis dos desenhos que foram feitos por mim para a coleção limita, que será apresentada no mês de Dezembro. A festa da coleção deveria ser no próximo mês (novembro), mas foi adiada por conta dos vários pedidos das joalherias. Eu sabia que a empresa podia dar conta de todos aqueles pedidos, mas não queria ficar com preocupações, então resolvi adiar. 
A festa para apresentar a coleção imitada seria antes da coleção de natal. Os sócios haviam aceitado a proposta e estavam mais que animados. Estava tudo certo. Agora eu só tinha que me preocupar com contratos.

Meu raciocínio foi interrompido quando a porta foi aberta. Dianna não podia ser, pois ela estava em seu horário de almoço e nunca chegava mais cedo, e mesmo que fosse teria batida na porta, como sempre fazia. 
Encarei a porta e não acreditei no que estava vendo. Ou melhor, em quem eu estava vendo. 
O que ela queria aqui depois de tanto tempo?

- O que você quer, Olívia? – Perguntei encarando-a por alguns segundos, mas logo voltei a encarar os papéis em minha mesa, que eram mais importantes. 
- Eu e você precisamos ter uma conversinha, meu amor. – Ela respondeu debochada. Escutei o barulho da porta sendo fechada e trancada. Encarei-a confuso. Ela se aproximou da minha mesa. 
- Vamos logo com isso, eu tenho mais o que fazer. Porque diferente de você, eu trabalho de verdade. – Falei ríspido. Ela riu. 
- Trabalha? – Perguntou sarcástica. Encarei-a confuso novamente. – Eu sei muito bem o que você anda trabalhando... – Completou com o mesmo tom de voz. 
- Diga logo! – Falei impaciente. 
- Ok, calma. – Ela retirou uma pasta da bolsa e retirou papéis dessa mesma pasta. Levantou-se e caminhou em minha direção, ficando ao meu lado. – Acho que você vai gostar de ver isso. – Jogou os papéis que estavam em suas mãos. 

Senti meu coração parar de bater por alguns minutos. O ar faltou por segundos em meu pulmão. Desgraçada! Maldita! Vadia! Eu queria xingar Olívia dos piores palavrões possíveis. 
Os tais papéis eram nada mais e nada menos do que fotos minhas e de Demetria. Encarei-a, ela continha um sorriso vitorioso naquele maldito rosto. Voltei a encarar as fotos, pegando-as em minhas mãos. Eram dez fotos ao todo. As fotos eram do dia de meu aniversário. Umas eram dentro da boate de Mikey, mostrando claramente eu e Demetria agarrados aos beijos, e o restante das fotos eram do mesmo dia, mas na porta da casa de Demetria, nos mostrando num momento mais quente.  

Larguei as fotos em cima da mesa e depois de incontáveis minutos em silêncio, encarei Olívia. E aquele maldito sorriso ainda estava em seu maldito rosto. Ela se afastou de mim e se sentou na cadeira, cruzando as pernas e ficando de frente para mim. Precisava manter a calma ou era capaz de estrangular essa mulher. Fechei os olhos e respirei profundamente. 
- Quanto você quer por isso? – Perguntei, abrindo meus olhos e encarando-a. Ela riu debochada.
- Quanto? Nada. Aliás, essa não é a pergunta certa. – Respondeu. – Me pergunte o que eu quero em troca do meu silêncio. – Falou, me encarando. 
- O que você quer? – Refiz a pergunta. Ela sorriu abertamente. Ela se levantou e veio ao meu lado novamente, tocando meu ombro e se agachando. Pude sentir sua respiração. Sua boca ficou na altura de meu ouvido. 
- Primeiro: quero que você se livre daquela fedelha... – Começou a falar e afastou de mim. – E segundo: vamos reatar nosso noivado e casar no começo do ano que vem. – Terminou e sentou-se na cadeira, mais uma vez. 
- Sabe que eu posso te processar por chantagem e perseguição, não sabe? – Perguntei sério, tentando não me mostrar intimidado. – E sabe que eu posso foder ainda mais sua vidinha de merda, não sabe? – Completei. Ela riu. 
- É, eu sei. Mas você não quer se envolver num escândalo, não é? – Perguntou sarcástica. – Imagina só: Empresário multimilionário se envolve com uma garota de dezessete anos, filha de sua secretária. – Falou, gesticulando as mãos. – Como será que Daiana... – Interrompi-a. 
- Dianna. – Corrigi. 
- Não me importo. – Falou séria. – Enfim. Como será que Daiana, Dianna ou sei lá o que, reagiria ao saber que você está envolvido com a filha tão amada dela? – Perguntou sarcástica. Senti meu sangue ferver. Fechei minhas mãos em punho e encarei-a com raiva. Maldita hora em que Mikey nos apresentou. – Eu, sinceramente, nunca esperei isso de você, Nicholas... Se envolver com uma garotinha de dezessete anos? – Ela riu. – Eu olho para essas fotos e penso o quão ridículo você parece nelas. Agarrando a garota, beijando-a, como se ela não fosse uma criança. Isso por acaso é crise de meia idade? – Sua voz soava debochada, superior. Prosseguiu: – Que foi, Nick? O gato comeu sua língua? Cadê aquele homem tão arrogante e estúpido que você costuma ser? – Ergueu uma das sobrancelhas. 
- Dá pra você calar essa boca? Estou pensando. – Falei ríspido. 
- É bom você pensar mesmo, porque quero essa resposta hoje e agora. – Retrucou. 

Por que sempre tem que ter algo pra estragar minha relação com Demetria? Por que eu não podia, simplesmente, ficar em paz com a minha menina? Era só isso que eu queria: ficar com ela, estar com ela. Eu não estava pedindo nada de extraordinário. Muitos homens e mulheres, como eu, tem relações com pessoas mais jovens e são felizes, estão bem. Por que justo eu, que nunca gostei de ninguém e nunca quis tanto estar alguém, tenho que me foder tanto?
Acho que o mundo estava conspirando contra mim, querendo que eu fosse infeliz e me fodesse. 

- Então, Nicholas, como vai ser? – Escutei a voz de Olívia e minha atenção voltou para ela. 
- Eu faço o que você quer. – Respondi alto e firme. Olívia me encarou surpresa, erguendo a sobrancelha. 
- Assim? Fácil? – Perguntei incrédula. 
- Sim. – Respondi curto, mas grosso. Ela riu. 
- O que um escândalo envolvendo essa empresa e a sua imagem, não fazem, não é? – Perguntou em desdém. Agora quem riu foi eu. E ela quem me encarou confusa. 
- Não seja ridícula, Olívia! – Falei, cessando meu pequeno ataque de riso. – Eu tenho dinheiro o suficiente para viver essa vida e outra muito bem, sem precisar trabalhar, diferente de você que tem que viver de chantagem e atrás de homens, que banque suas mordomias e aquela sua espelunca, que você enche o peito com orgulho para chamar de boutique. Porém, minha preocupação não é comigo. Há pessoas nesta história que eu gosto e não quero que se magoem. – Respirei fundo. – Então, prefiro ceder a essa sua chantagem ridícula. Uma hora ou outra, você irá cansar de estar com alguém que não lhe ama, não lhe deseja e sente nojo de estar ao seu lado. – Levantei, pegando as fotos e caminhando em direção á porta. – Agora se nós já terminamos nosso pequeno assunto, você já pode ir embora, porque, não sei você, mas eu trabalho. E muito. – Abri a porta. Olívia me encarava com ódio e estática, sem acreditar que eu realmente havia dito tudo aquilo. Talvez, ela achasse que por conta da chantagem eu iria tratá-la com champanhe e flores, mas não. Com certeza não seria assim. Ela levantou-se e caminhou até a porta. Estiquei minha mão, para entregar as fotos. Olívia riu. 
- Pode ficar pra você, eu tenho mais dessas em casa. Aceite isso como um presente de recordação, já que você não irá ver a vadiazinha tão cedo. – Falou com desprezo. Segurei seu braço com força. – Você está me machucando! – Avisou, tentando, em vão, soltar seu braço. Aproximei nossos rostos. 
- Nunca mais ouse falar dela dessa sua maneira tão imunda. – Rosnei e apertei mais minha mão em seu braço. 
- Eu não tenho medo de você, Nicholas. – Falou séria. 
– Pois deveria. – Ameacei, largando seu braço. 

Assim que Olívia saiu de minha sala, fechei a porta com toda a minha força. Eu não estava acreditando. Teria que aguentar Olívia na minha vida novamente. Só que o pior nem era isso. O pior de tudo era que eu perderia Demetria. Perderia novamente. E eu não sei se conseguiria aguentar isso. 
Não queria perder minha menina de novo. Não queria fazê-la sofrer novamente, fazê-la chorar. Só Deus sabe como eu amo aquela garota e só Ele sabe também como me doeria ter que tirá-la da minha vida. Porém, eu não tinha escolha. Eu precisava preservar a imagem dela e de sua mãe. Eu sei como a mídia é maldosa nesses tipos de caso. Eu sabia que nem Demetria e nem Dianna precisavam ter suas vidas expostas dessa maneira.

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MARATONA ACABOU AQUI! Espero que vocês tenham gostado. E, sim, eu acabei a maratona na melhor parte, eu sei. Hahahahahahahaha. Comentem o que vocês acharam da maratona, dos capítulos e do que vocês acham que irá acontecer daqui em diante. Dependendo dos comentários eu até posso postar o capítulo 65 sexta-feira ou sábado. Tudo depende de vocês! Beijocas! Até a próxima!


7 comentários:

  1. Aaaaaaah crueldade parar aí. Essa Olivia ê uma filha da mãe. Nicolas tinha que contar pra Demi, assim eles bolaram um plano junto.
    Não quero que eles se separem :(
    Louca pelo próximo, posta please
    Beeijao

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  2. nao deu outra, só foi eu ler a ultima palavra meu celular desligou
    bem que eu estranhei essa Olivia Palito ter sumido assim, que vaca, do jeito que o Nick é, nunca que ele vai falar pra Demi a verdade. nao quero que eles se separem, reviravolta please. ansiiiiiiosa pelos proximos.
    Ass.:Cys

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  3. Não pode ser possível isso! Nemi it's over? :'(
    Que tristeza, gente! Tava tão animada que eles iriam assumir quando a Demi completasse dezoito anos...

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  4. Naaaaaaao isso não pode acontecer, logo agora que eles estavam tão bem :''''''(

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  5. Cadê o próximo?? O que vai aconteceer tô mt curiosa

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